A articulação clara é uma das qualidades desta interpretação, embora o órgão fosse o instrumento «natural» para esta peça.
No entanto, no Séc. XVIII justificava-se que compositores (entre eles, Bach) possuíssem em casa um clavicórdio, ou um cravo, com pedaleira.
Assim, poderiam compor e estudar o reportório de orgão, sem necessidade de praticarem no órgão da igreja, cuja afinação era morosa e sobretudo exigia a presença de um auxiliar para dar ao fole.
Gosto particularmente desta interpretação da Passacaille de Bach, pelo seu rigor.
Outra gravação no cravo com pedaleira, por Lionel Rogg, a dos prelúdios e fugas de Buxtehude, é digna de ser ouvida e apreciada.
É particularmente instrutivo ouvir a passacaille de Buxtehude (2ª faixa) e compará-la com a passacaille de Bach.
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