Muitas pessoas aceitam a situação de massacres de populações indefesas em Gaza e noutras paragens, porque foram condicionadas durante muito tempo a verem certos povos como "inimigos". Porém, as pessoas de qualquer povo estão sobretudo preocupadas com os seus afazeres quotidianos e , salvo tenham sido também sujeitas a campanhas de ódio pelos seus governos, não nutrem antagonismo por outro povo. Na verdade, os inimigos são as elites governantes e as detentoras das maiores riquezas de qualquer país. São elas que instigam os sentimentos de ódio através da média que controlam.

terça-feira, 7 de agosto de 2018

AMÁLIA LÊ «LIBERTAÇÃO» DE DAVID MOURÃO FERREIRA+ GRAVAÇÃO DE FADO AO VIVO (1952)


           Libertação
David Mourão-Ferreira



Fui à praia, e vi nos limos A nossa vida enredada, Ó meu amor, se fugirmos, Ninguém saberá de nada! Na esquina de cada rua, Uma sombra nos espreita. E nos olhares se insinua, De repente, uma suspeita. Fui ao campo, e vi os ramos Decepados e torcidos. Ó meu amor, se ficamos, Pobres dos nossos sentidos! Em tudo vejo fronteiras, Fronteiras ao nosso amor. Longe daqui, onde queiras, A vida será maior! Nem as esperanças do céu Me conseguem demover. Este amor é teu e meu, Só na Terra o queremos ter.



Estes dois documentos video complementam-se magnificamente.
No vídeo da leitura do poema, David Mourão Ferreira aparece por breves instantes, embora não fale. 
A gravação do fado foi feita ao vivo no café Luso, em 1952. Nesta gravação, pode-se apreciar a qualidade vocal de Amália e sua perfeita adequação ao conteúdo poético.

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