A realidade «judaica do Antigo Testamento» do povo judeu de Israel atual é tão fictícia como a dos germânicos serem «arianos» e terem sido declarados como «a raça superior» pelo regime de hitleriano. Na verdade, são os palestinianos muito mais próximos geneticamente do povo judeu de há dois mil anos,. Isso não lhes confere um estatuto especial, mas apenas mostra o grotesco e a monstruosidade de basear uma política em dados étnicos ou «rácicos». Toda a política baseada em elementos raciais é uma clara negação dos Direitos Humanos, inscritos na Carta da ONU e em inúmeros documentos oficiais de todos os países (incluindo Israel).
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quarta-feira, 9 de setembro de 2020

[Manlio Dinucci] O LADO NEGRO DA 5G: O USO MILITAR



A manifestação de 12 de Setembro, em Roma, “Stop 5G” concentra-se, com razão, nas possíveis consequências das emissões electromagnéticas para a saúde e para o meio ambiente, em particular sobre o decreto que impede os prefeitos de regulamentar a instalação de antenas 5G, na área municipal.
No entanto, continua a ignorar-se um aspecto fundamental desta tecnologia: o seu uso militar. Já fálamos disso no Il Manifesto (10 de Dezembro de 2019), mas com resultados escassos. Os programas sucessivos lançados pelo Pentágono, documentados oficialmente, confirmam o que escrevemos há nove meses.
A “Estratégia 5G”, aprovada em 2 de Maio de 2020, estabelece que “o Departamento de Defesa deve desenvolver e empregar novos conceitos operacionais que utilizem a conectividade ubíqua oferecida pela tecnologia 5G para aumentar a eficácia, resiliência, velocidade e letalidade das nossas forças armadas”.
O Pentágono já está a experimentar aplicações militares desta tecnologia em cinco bases aéreas, navais e terrestres: Hill (Utah), Nellis (Nevada), San Diego (Califórnia), Albany (Geórgia), Lewis-McChord (Washington). Confirmou, em conferência de imprensa, em 3 de Junho, o Dr. Joseph Evans, Director Técnico da 5G, do Departamento de Defesa.
Ele então anunciou que as aplicações militares da 5G em breve serão testadas noutras sete bases: Norfolk (Virginia), Pearl Harbor-Hickam (Hawaii), San Antonio (Texas), Fort Irwin (Califórnia), Fort Hood (Texas), Camp Pendleton (Califórnia), Tinker (Oklahoma).
Os especialistas prevêem que a 5G terá um papel decisivo no desenvolvimento de armas hipersónicas, inclusive as que têm ogivas nucleares: para guiá-las em trajectórias variáveis, a fim de evitar mísseis interceptores, tem de recolher, processar e transmitir muito rapidamente, enormes quantidades de dados. É necessário o mesmo para activar as defesas em caso de ataque com tais armas, confiando nos sistemas automáticos.
A nova tecnologia também terá um papel fundamental na battle network (rede de batalha), sendo capaz de conectar milhões de equipamentos de rádio bidirecionais numa área circunscrita.
O 5G também será extremamente importante para os serviços secretos e para as forças especiais: tornará possível sistemas de espionagem muito mais eficazes e aumentará a letalidade dos drones assassinos.
Essas e outras aplicações militares dessa tecnologia estão, certamente, também a ser estudadas na China e noutros países. O portanto, o que está em curso sobre a 5G não é só uma guerra comercial.
Confirma-o o documento estratégico do Pentágono: “As tecnologias 5G representam capacidades estratégicas determinantes para a segurança nacional dos Estados Unidos e a dos nossos aliados”. É necessário, portanto, "protegê-las dos adversários" e convencer os aliados a fazerem o mesmo para garantir a "interoperabilidade" das aplicações militares da 5G no âmbito da NATO.
Isto explica por que é que a Itália e os outros aliados europeus dos EUA excluíram a Huawei e outras empresas chinesas das licitações para o fornecimento de equipamentos de telecomunicações 5G.
“A tecnologia 5G - explica o Dr. Joseph Evans numa conferência de imprensa, no Pentágono - é vital para manter as vantagens militares e económicas dos Estados Unidos”, não só contra os seus adversários, principalmente a China e a Rússia, mas também contra os próprios aliados.
Por esta razão "o Departamento de Defesa está a trabalhar estreitamente com parceiros industriais, que investem centenas de biliões de dólares em tecnologia 5G, a fim de explorar esses investimentos maciços para aplicações militares de 5G", incluindo "aplicações de dupla utilização" militares e civis.
Por outras palavras, a rede comercial 5G, construída por empresas privadas, é usada pelo Pentágono com uma despesa cujo custo é menor do que seria necessário se a rede fosse construída apenas para fins militares.
Serão os utentes comuns - a quem as multinacionais 5G venderão seus serviços - a pagar pela tecnologia que, como prometem, deve "mudar as nossas vidas", mas que ao mesmo tempo será utilizada para criar armas de nova geração para uma guerra que significará o fim das gerações humanas.

Manlio Dinucci
Il Manifesto, 8 de Setembro de 2020

FRANÇAIS ITALIANO PORTUGUÊS
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APPEAL TO THE LEADERS OF THE NINE NUCLEAR WEAPONS' STATES

(China, France, India, Israel, North Korea, Pakistan, Russia, the United Kingdom and the United States)



Tradutora: Maria Luísa de Vasconcellos
Email: luisavasconcellos2012@gmail.com