A realidade «judaica do Antigo Testamento» do povo judeu de Israel atual é tão fictícia como a dos germânicos serem «arianos» e terem sido declarados como «a raça superior» pelo regime de hitleriano. Na verdade, são os palestinianos muito mais próximos geneticamente do povo judeu de há dois mil anos,. Isso não lhes confere um estatuto especial, mas apenas mostra o grotesco e a monstruosidade de basear uma política em dados étnicos ou «rácicos». Toda a política baseada em elementos raciais é uma clara negação dos Direitos Humanos, inscritos na Carta da ONU e em inúmeros documentos oficiais de todos os países (incluindo Israel).
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quarta-feira, 28 de fevereiro de 2024

ANOUSHKA SHANKAR - «ANCIENT LOVE», do álbum RISE


 A faixa - Ancient Love - é a última do álbum «Rise» de Anoushka Shankar, de 2005.

Este álbum RISE é ocasião para uma descoberta de sons subtis, dinâmicos e surpreendentes. 

Espero que fiques seduzido/a por ele, tal como eu fiquei! 

quinta-feira, 30 de junho de 2016

ANOUSHKA SHANKAR - «MONSOON»





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PS. :  Outras notícias neste blog sobre Anoushka Shankar


manuelbaneteleproprio.blogspot.com/2016/07/dialogo-musical-india-iberia-anoushka.html

https://manuelbaneteleproprio.blogspot.com/2016/07/anoushka-shankar-auditorio-gulbenkian.html



domingo, 8 de maio de 2016

[NO PAÍS DOS SONHOS] RAGAS INDIANAS PARA FLAUTA





Fecha os olhos e deixa-te ir.

Assim que estiveres a vogar no oceano dos sons, verás as paisagens interiores. As tuas visões são intransmissíveis, mas o som que emana desta flauta é profundamente inspirador. As defesas do Eu consciente são abaixadas, suavemente, não violentamente, com pleno consentimento e adesão do nosso espírito.

Estamos em cima do dorso de um elefante, que se desloca num pantanal, com aquele passo paciente, tão embalador.

O pantanal é em si mesmo um lugar mágico; as estruturas sólidas dissolvem-se, como um amplo palácio que se dissolve no nevoeiro. As estruturas sólidas desaparecem e dão lugar a fluidos mais ou menos viscosos, escoando, lentos pelos interstícios da nossa memória.

Os sons, líquidos, esgueiram-se e jogam com os nossos sentidos; porém, estão sendo produzidos numa redoma de realidade superior. Os avatares de toda a minha orquestra interior estão atentos a cada pulsação, a cada movimento, a cada intenção de gesto. Estão em sintonia com a paisagem sempre em mutação do pantanal, visto do dorso de um paciente elefante.

O leopardo está atento, à escuta entre os troncos de mangais. Os leopardos estão no seu território. Eu é que sou o invasor. Mas eles também sabem que não têm nada a temer, porque o invasor está bem visível, não se esconde, não é outro predador que procura, numa emboscada, caçar  a presa.

Algumas aves pernilongas, com bico recurvo, estão nas margens, dançando uma estranha ronda. Suas asas batem na superfície aquática e espalham colares  de pingos cristais em torno. Creio que estão fazendo uma dança nupcial. Ou um ritual antigo da água. Estão a celebrar o deus das aves: afirmam seu território, sua geração, sua divindade. 

Tenho em frente de meus olhos um poente, que nunca mais se transforma em noite. As muitas cores estão cambiando as nuvens e as superfícies de água numa sinfonia. Imagino-me dentro duma concha, contemplando o nacre, as paredes da concha, o irisado, as flutuações de cores e as cintilações, que brincam nos nossos olhos.