Vejo e beijo estas pedras vetustas,
Talhadas, de fino grão, âmbar sombreado,
Como as areias da minha distante costa
Este fino grão ecoa do murmúrio de um salmo
O também fino raio de luz, equação
Newtoniana cintilação plácida do rio
Gentilmente patrulhado pelos gansos
Monásticos guardas deste lugar
Olho o crepúsculo, por cima dos torreões
Sobrevoando colégios e capelas
Farrapos improváveis de fantasmas
em tons púrpura, bailando e fundindo-se...
Sinto que estás aqui, que me acompanhas...
«Aquele quadro, aquela fonte, aquela esquina, lembras-te?»
Evocarás os breves instantes de Cambridge
Um piscar de olho, uma cotovelada, um puxão de orelha
Abrirão meu rosto, nos meus velhos dias, e sorrirei.
(06-07-2017)