Quem aqui vive, em Portugal, está consciente de que a suposta «recuperação económica» feita à custa do turismo (exclusivamente) e total desregulação do mercado habitacional (tanto de aquisição como de arrendamento) tem como consequência uma série de crises: habitacional, demográfica, desemprego, emigração dos jovens e degradação das condições de vida.
A situação dramática da habitação (não existem apartamentos a preços abordáveis para a população) deve-se a decénios de fraco investimento na habitação social e na secundarização das funções sociais do Estado. O «boom» no imobiliário de altos preços é um bónus somente para especuladores imobiliários, mas a população geral do país pouco ou nada ganha com isso.
Esta é a consequência social e económica de Portugal ter ficado cativo de uma classe especuladora, parasitária, vivendo de expedientes. O duopólio PS-PSD e respetivos governos, têm sido os promotores deste festim neoliberal.
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«Gentrificação»: transformação do espaço urbano, com mansões e apartamentos luxuosos para privilegiados, expulsando o povo miúdo das suas formas de vida e dos seus bairros tradicionais. Veja:
https://manuelbaneteleproprio.blogspot.com/2017/02/da-gentrificacao.html
https://www.zerohedge.com/personal-finance/visualizing-expected-growth-working-age-populations-around-world-over-next-10
Nesta notícia estão representadas as forças de trabalho de uma série de países, nos próximos 10 anos. Portugal está a par com o Japão, com -0.8%. Note-se como o declínio é rápido e vai de par com a sangria de jovens para países mais ricos da Europa, principalmente e com o rápido decréscimo da natalidade (as pessoas desejam ter filhos, mas não têm condições para isso)
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