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retrato de jovem mulher polaca
Encontrei numa coletânea on line este magnífico retrato de uma jovem polaca, por Jean-Baptiste Greuze [1725 – 1805], cuja vida e obra mereciam ser melhor divulgadas.
Além de ter retratado célebres personagens, como Mozart em criança, Benjamin Franklin e Napoleão Bonaparte, ele é o mais conhecido cultor de pintura de cunho moralista, que tinha como objectivo a elevação do senso moral, o aperfeiçoamento dos que contemplavam tais pinturas, sendo estas de cenas colhidas no quotidiano, nos meios de camponeses ou de pequenos artesãos.
Tais escolhas, claramente influenciadas pela escola holandesa, foram incentivadas e objecto de preferência estético-ideológica do enciclopedista Denis Diderot.
quadro moralizante (os ovos partidos)
Para Diderot, as telas de Greuze eram o modelo a seguir na arte, pois inspiravam o bem através do belo... Penso que esta parte da obra, justamente, envelheceu bastante, embora ela seja interessante para se compreender o «espírito da época».
Pessoalmente, maravilha-me a qualidade de muitos dos seus retratos. O retrato de jovem polaca, da qual não se sabe sequer o nome, tem uma beleza intemporal pela expressão do rosto e do olhar, não somente pelas feições [ver imagem a encimar este artigo].
Greuze, como artista, tinha de ganhar o sustento a retratar aristocratas ou alta burguesia.
O jovem marquês de Saint-Paul
Estas encomendas parecem-me menos cheias de vida, que os estudos com vista aos tais quadros moralizantes, ou os retratos de pessoas amigas.
estudo de camponesa retrato de Sohie Arnould
Não sou crítico de arte, mas parece-me que Greuze desempenha o papel de elo importante na escola realista francesa ...
Ele liga o retratista Quentin de La Tour (1704 – 1788) a Camille Corot (1796 -1875), o qual, embora conhecido como paisagista, também produziu excelentes retratos.