A euforia apoderou-se da bolsa de Frankfurt, quando a economia alemã atravessa o segundo ano de recessão. Os investidores estão a jogar no momento político da (re) eleição de Trump. As taxas de juro das obrigações soberanas dos principais países ocidentais irão aumentar, desencadeando nova vaga de inflação. Estas euforias especulativas são sinal típico, antecendo grandes crises, como a de 1929, a do ano 2000 (bolha das dotcom) ou a de 2008 (bolha do crédito hipotecário).
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sábado, 26 de novembro de 2016

EPITÁFIO MERECIDO

Eu não preciso da História (com H grande) para me absolver!

Realmente, tenho a certeza, não ter causado desgraças como a morte por assassínio  - sem julgamento ou por julgamento «revolucionário» - de tantos que eu cismei serem meus inimigos.

Nem estive mais de meio-século aos comandos de um regime que era nº1 na perseguição da dissidência, aperfeiçoando o conceito de gulag, um país transformado em ilha-prisão tropical, mas «paraíso» para turistas.

Nem fui sequer um que elogiei a prostituição de algumas das minhas concidadãs, considerando que elas eram universitárias e portanto merecedoras de uma «alta nota» na sua profissão.

Eu também não estive envolvido em apoios de forças militares a outras ditaduras, "dando" generosamente aquilo que faltava ao meu povo, já para não falar de médicos e pessoal de saúde e outros «voluntários».

Não preciso da absolvição da História, sou uma pessoa com defeitos e qualidades, sem querer impor a minha ideia aos outros, nem as minhas visões do mundo e da história, tão pouco... 

De qualquer maneira, repousa em paz, não venhas inquietar com a tua loucura fria os corações que se dedicam a amar a revolução e não a morte.  

Não venham mais epígonos teus fazer fuzilamentos sumários de patriotas e de libertários, operários que tiveram a ingenuídade de apoiar a tua guerrilha, para logo serem declarados «inimigos da revolução» no dia seguinte ao seu triunfo.... 

Os Maquiaveís deste tempo chamam a isto «estar do lado da História». 

Eu prefiro não ir com esse vento e estar sinceramente ao lado das pessoas que não vergaram nem perante a morte, pobres, operários, que foram tragados na tua «revolução», nessa assucareira ilha «socialista paradisíaca».