Desde há seis meses que os protestos em Hong Kong são noticiados de maneira completamente distorcida pela media ocidental, ao serviço das forças mais obscuras que se possam imaginar.
A mudança de táctica do Império em relação à China, não se traduz apenas pela guerra de sanções e de tarifas, com aqueles que eram - até agora - os maiores exportadores de bens industriais para os EUA.
Eles querem fazer com a China e Hong Kong (e com outras zonas), aquilo que fizeram - com bastante sucesso - com a URSS, desencadeando uma guerra de atrito às suas portas, no Afeganistão, com os djihadistas, que depois se tornaram Al Quaida.
A direcção do partido comunista da China guarda uma viva memória do isolamento internacional resultante da repressão ao movimento de estudantes, que culminou com a tragédia da Praça de Tien An Men em 1989, para avançar com uma ocupação militar da cidade que é - para todos os efeitos - território da China.
Agora, vejo que este atraso, mostrou uma face de hesitação em resolver o problema, que apenas encorajou os gangs de jovens encapuçados e capazes das maiores barbaridades e cobardias.
A violência e cobardia que exibem quotidianamente, mostra que os «democráticos» são totalmente fascistas, nos seus modos de actuar...
Pegar fogo a um idoso indefeso é o método que eles usam para persuadir as pessoas a concordar com as suas interpretações da «democracia»!
O facto é que a população de Hong Kong tem perdido muito nestes confrontos quotidianos: muitos negócios saem - muitos vão para Singapura - para não mais voltar; o turismo está de rastos, o que implica também que as lojas de luxo - objecto de ataques constantes - fechem e vão também para outras paragens.
Sobretudo, enquanto durarem os desacatos e os actos quotidianos de violência, não existe hipótese de negociação entre a Administração Autónoma de Hong Kong e algum grupo de cidadãos que (legitimamente) esteja preocupado com a manutenção do estatuto de Hong Kong, segundo o lema «Um País, Dois Sistemas». Pelos acordos de devolução negociados com os britânicos, até 2047 Hong Kong pode ter propriedade privada, como noutras urbes capitalistas ocidentais, a propriedade privada dos meios de produção está garantida, pelo menos, até ao fim do período de transição.
Ora, acontece que a violência sistemática, por energúmenos mascarados, é dirigida - em especial- aos símbolos do poder da China continental e aos negócios de cidadãos chineses continentais, recém estabelecidos. Isto é causador da maior crise económica e financeira, que todos os sectores de Hong Kong estão a atravessar, neste momento. Note-se, quase toda a população actual de Hong Kong é composta de migrantes da China continental, que vieram para este território, uns antes da devolução da colónia britânica à China (1997), outros depois.
- dificultar a obtenção de capitais para investimento, que se serviam de Hong Kong como porta de entrada na China continental.
- dificultar as Novas Rotas da Seda, levantando dúvidas dos parceiros comerciais da China.
- diminuir o prestígio da China, na arena internacional
- eventualmente, dar pretexto para um agravamento das sanções e tarifas, «justificando» a guerra comercial e económica que o Ocidente, em particular EUA com os seu acólitos britânicos e outros, levam a cabo.
É por demais evidente que, o que escrevi há uns meses atrás, se justifica plenamente.
O povo de Hong Kong é refém dos globalistas, que não se importam nada em levá-lo ao desespero, ao ponto de terem de imigrar. Estes globalistas, o que pretendem é intensificar a guerra suja contra Pequim, nada mais.
A única maneira de fazer com que este macabro processo seja parado, é o próprio poder político de Hong Kong apelar ao auxílio das autoridades da China continental, para - conjuntamente - porem cobro a esta guerra terrorista e contra-revolucionária.