Porém, não era um canto diretamente incitando a uma qualquer ação política ou a uma determinada mobilização cívica. Apesar de preservar as suas letras do imediatismo, Bob Dylan esteve engajado na luta pelos direitos cívicos, nos anos 60.
Nunca tive dúvida, quando ouvia uma canção de Bob Dylan, de que estava escutando um grande poeta, uma pessoa de corpo inteiro, com a sua própria posição que não impunha mas que não escondia.
Quanto a mim, isso é o mais subversivo que se possa imaginar: não se impõe um padrão de comportamento ou de opinião, deixa-se os outros se posicionarem, mas não se abdica de dizer o que nos vai na alma!
Seja como for, parabéns Bob! os teus inúmeros auditores e leitores, não precisam de qualquer validação «nobélica» para apreciar a tua arte forte e verdadeira. Mas sabe bem termos «o nosso» Nobel...