Mostrar mensagens com a etiqueta Tattoos. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Tattoos. Mostrar todas as mensagens

segunda-feira, 22 de julho de 2024

MARCHAS MILITARES & TATTOOS (Segundas-f. musicais N. 10)

                            https://www.youtube.com/watch?v=LE8koZD-3pM


 A marcha das moças de Helsingor (Dinamarca) é cativante. Tem a perfeição dum mecanismo bem oleado e, em simultâneo, a graça feminina e jovem, de que é composta.

Porém, não sou apreciador da música militar, que se destina a pôr toda a gente a marchar e a marcar passo, ao ritmo dos tambores e das cornetas. Prefiro canções irónicas, como «Cachorro Vira-Lata» de Carmen Miranda, ou «Caporal Casse-Pompon» de Jacques Brel.

Podemos ouvir - neste vídeo - uma rapsódia de várias marchas militares. As melodias são bem distintas; por vezes, no intervalo entre as peças, ouve-se o rolar dos tambores. 

Compreendo que este espetáculo encha de orgulho pessoas dos países de origem das bandas musicais. As evoluções da banda no estádio, quanto melhor coordenadas forem, mais impressionantes serão. Por isso, a coreografia foi cuidadosamente escolhida, em função das músicas.

Enquanto se trata apenas de fazer evoluir  a banda num estádio, mostrando impecável coordenação dos seus movimentos com os ritmos musicais, tudo pode parecer inócuo, inocente

Porém, as coisas não se ficam por aqui. Trata-se de public relations (PR) junto do povo a que pertence a banda e junto de outros povos, também. A perfeição da execução, tanto musical como coreográfica, destina-se a inspirar admiração e apoio à instituição militar.

O que está tão bem coordenado no "Tattoo", também o será, aquando de manobras militares a sério. É um raciocínio ilógico, mas funciona ao nível subliminar. É a mensagem implícita dos Tattoos e marchas militares, em todas as nações. 

Antigamente, as bandas militares acompanhavam os regimentos até ao campo de batalha, a pouca distância do inimigo. 
Hoje não é assim, claro, mas suas atuações continuam a infundir sentimentos patrióticos.
Neste século, em que a guerra se tornou num mero negócio de chacina, sobretudo de populações civis indefesas, em que a ameaça de guerra nuclear paira sobre todas as cabeças, ainda há público entusiasta nestas manifestações de militarismo. Muitas pessoas reagem de modo infantil perante estas exibições: Com as marchas e paradas militares, ficam empolgadas, querem logo seguir a banda e o cortejo militar atrás dela!