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terça-feira, 21 de outubro de 2025

COMO VIVERMOS NUM TEMPO DE CRISE



"Contra a estupidez, até os Deuses lutam em vão "

( frase atribuída a Goethe)




Este escrito não é contra uma pessoa ou partido, é somente um aviso em relação à ficção da realidade: Como algo envolvido em papel decorativo, como uma caixa de chocolates. Com a diferença de que o envólucro de que eu falo, não encerra nada.

A estupidez tornou-se traje de rigor. A imbecilidade, a marca obrigatória. As pessoas que apenas cultivaram as aparências, como sendo algo de «valor», são as que triunfam.

Quanto à «turba mediática»: Essa nunca se assume como ignorante. Está sempre disposta a servir-nos o «prato» das notícias, com a última moda, o último pseudo-pensamento, acompanhados da eterna salada da ignorância...

Só que virá um tempo em que as pessoas acima mencionadas já não triunfarão em coisa nenhuma. E esse tempo está para breve, a meu ver, porque a maré mudou.

Mas não esperem reconhecimento, meus caros leitores, se porventura pertenceis aos poucos que ainda têm curiosidade em procurar entender e alcançar as raízes dos fenómenos.

O reconhecimento será o de vós próprios, de saberdes ver a realidade e, com isso, saberdes navegar nestes tempos conturbados. Esta propriedade, que já é tão rara, vai tornar-se preciosa nos tempos mais próximos.

O mais importante, nesta época, é saber distinguir a realidade profunda, de toda a espécie de epifenómenos, que até poderão ser reais, poderão corresponder a factos ocorridos. Porém, na nossa visão, há que distinguir entre as realidades que podem vir a configurar mudanças estratégicas, das que serão somente o borbulhar, a espuma dos dias...





Sei que estas palavras, no fundo e antes de mais, a mim próprio respeitam. É certo que não pretendo conquistar discípulos, adeptos ou seguidores.

No entanto, o que deve determinar a minha ação, ou seja, os fins, são coisas que me parecem, afinal, comuns a todos: a preservação da sua pessoa, o procurar o equilíbrio, o não se deixar arrastar nas ondas de fanatismo e de intolerância que se observam, o proporcionar para a família e os amigos um porto de abrigo no sentido próprio e figurado, o esclarecimento das pessoas que comigo convivam, não para as convencer, mas para aumento do grau de lucidez e consciência no meu entorno... E, sobretudo, imponho a mim próprio a disciplina de não ceder perante meus gostos, preferências, ou afinidades ideológicas, e exercer sobre os meus pontos de vista uma rigorosa crítica e autocrítica. Assim, poderei continuar a errar, como é evidente, mas será menos provável que persista no erro.

Só gostava que as pessoas que eu estimo, não se equivoquem sobre as minhas intenções, os meus desejos: Não pretendo convencer ninguém, nem afirmar que tenha razão sobre um dado assunto, seja ele qual for. Simplesmente, se emitir uma opinião, faço-o com um máximo de dados sólidos e não de subjectivismo.

...

Quanto ao resto, julgo adequado parafrasear o escritor do início do século XX, Pierre Louÿs e o seu romance «Les Aventures du Roi Pausole».

No reino de Pausole, havia somente duas leis:

-1° Não faças nada que possa ferir, magoar, ou prejudicar alguém.

-2° Uma vez bem assimilado o significado da frase acima, faz o que quiseres.