Porque razão os bancos centrais asiáticos estão a comprar toneladas de ouro? - Não é ouro em si mesmo que lhes importa neste momento, mas é a forma mais expedita de se livrarem de US dollars!!
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terça-feira, 1 de outubro de 2019

VIRAGEM NA GUERRA DO IÉMENE, NÃO FAVORÁVEL À ARÁBIA SAUDITA

*Notícia de última hora - SAUDITAS CAPITULAM, VEJAM:




Muita gente pode ter sido levada a acreditar que os houthis são uma milícia tribal que não possui qualquer sofisticação.  
No Sábado 28 de Setembro, os houthis cancelaram qualquer especulação nesse sentido, ao confirmar aquilo que as pessoas bem informadas já sabiam desde há meses: as tácticas da guerra assimétrica dos houthis conjugadas com as capacidades convencionais do exército iemenita, eram capazes de colocar de joelhos o reino saudita.
Elementos simpatizantes dos huthis dentro da Arábia Saudita – uma importante minoria xiita – desempenharam um papel de reconhecimento e de fornecimento de informações que permitiram que o exército iemenita levasse a cabo complexos ataques com mísseis e com drones. Os golpes certeiros fizeram com que a produção petrolífera do Reino ficasse reduzida a metade, com a ameaça de continuar, alcançando outros alvos, se os sauditas não parassem com o genocídio de população do Iémen.

                      

No Sábado 28, os houthis e o exército iemenita levaram a cabo uma manobra audaciosa, de ataque terrestre, atravessando a fronteira iemenita- saudita. Esta operação envolveu, certamente, elementos complexos, quer de recolha de informação por espionagem, quer de planeamento operacional. Foi muito mais sofisticada do que o ataque à refinaria da Aramco. As reportagens iniciais indicam que as forças sauditas foram atraídas para uma ratoeira, ficando em posições vulneráveis, sendo depois envolvidas por um movimento rápido dentro do território saudita. Os houthis cercaram a vila de Najran e capturaram a maior parte de três brigadas, com milhares de soldados e dúzias de oficiais superiores, assim como numerosos veículos de combate.
A operação em larga escala foi antecedida por uma barragem de tiros de artilharia pelos iemenitas contra o  Aeroporto de Jizan, onde 10 mísseis paralisaram todos os movimentos de partidas e chegadas. Isto fez com que o apoio aéreo às tropas cercadas em Najran fosse impossível.  Os houthis também atingiram o aeroporto internacional de Riade, numa operação que obrigou os helicópteros Apache aí estacionados a fugir da área. As bases vizinhas também foram atingidas, de forma a cortar a possibilidade de reforços e interrompendo a cadeia de comando. Isto levou a uma fuga desorganizada das forças sauditas.
Imagens captadas e exibidas pelos houthis mostram dúzias de veículos tentando fugir e a serem atacados, de ambos os lados da estrada. Este desastre para as forças sauditas, pode ser confirmado pelo número elevado de baixas e pelo número de prisioneiros que foram feitos.  

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A visão de prisioneiros sauditas escoltados por soldados iemenitas para campos de prisioneiros é qualquer coisa que desafia a imaginação. Porém, isto aconteceu e mostra como é frágil um exército muito bem equipado (os sauditas têm o 3º lugar mundial no que toca a despesas de armamento, com 90 biliões de dólares por ano, de orçamento militar) mas confiando apenas nessa suposta superioridade tecnológica.  Os houthis, além de todos acontecimentos acima relatados, conseguiram manter sob controlo mais de 350 quilómetros de território saudita.
As forças houthis usaram drones, mísseis, sistemas anti-aéreos e dispositivos electrónicos capazes de prevenir que os sauditas apoiassem as suas tropas cercadas com aviação ou por outros meios. Os testemunhos de soldados sauditas dão a entender que as tentativas feitas para os socorrer foram feitas sem grande convicção e tiveram pouco efeito. Os prisioneiros de guerra sauditas acusam as chefias militares de terem-nos deixado à mercê dos seus adversários.
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