A realidade «judaica do Antigo Testamento» do povo judeu de Israel atual é tão fictícia como a dos germânicos serem «arianos» e terem sido declarados como «a raça superior» pelo regime hitleriano. Na verdade, são os palestinianos os mais próximos geneticamente do povo judeu de há dois mil anos. Isso não lhes confere um estatuto especial, mas apenas mostra o grotesco e a monstruosidade em basear a política em dados étnicos ou «rácicos». A política baseada em elementos raciais é uma clara negação dos Direitos Humanos, inscritos na Carta da ONU e inúmeros documentos oficiais em todos os países (incluindo Israel).

sábado, 5 de julho de 2025

AS SANÇÕES COMO INSTRUMENTO DE MUDANÇA DE REGIME [por The Dissident]

 


Trump Levantou as Sanções Contra a Síria Porque Estas Realizaram o Objectivo da Mudança de Regime


Donald Trump, recentemente, levantou as sanções económicas dos EUA sobre a Síria - um gesto positivo dado que estas sanções tinham um claro objetivo, o de fazer a vida miserável para a população síria, embora não tivessem real impacto nos poderosos.

No entanto, o levantamento destas sanções não se deve a qualquer preocupação com o bem-estar dos sírios, mas porque os EUA conseguiram levar a cabo com sucesso o seu objetivo de mudança de regime.

As sanções mais brutais dos EUA contra a Síria, foram assinadas por decreto de Trump em 2020implementadas sob a justificação de «promover a responsabilização pelas atrocidades do regime de Assad».

O seu nome vem dum conjunto de fotos obtidas, designadas por «Fotos César», as quais documentariam, segundo o governo dos EUA, «torturas nas prisões de Assad».

Embora autênticas, metade das fotos referidas mostravam isso, enquanto a outra metade mostrava os massacres cometidos por «grupos rebeldes» na Síria, que tinham sido armados e treinados pela CIA, a partir de 2012-2017.

Segundo a organização Human Rights Watch, “investigadores analisaram a colecção «César» de 28 707 fotos mostrando detidos que morreram em detenção pelo governo sírio, assim como algumas das 24 568 fotos mostrando soldados governamentais mortos e cenas de crimes violentos (incluindo incidentes de terrorismo, fogos, explosões e bombas em carros).”

Bashar Al-Assad foi certamente brutal com os seus dissidentes políticos, durante o seu governo, mas seria difícil de argumentar que a situação dos direitos humanos tivesse, de algum modo, melhorado sob o novo ditador da Síria, ligado à Al Quaida, Ahmed al-Sharaa.

Uma investigação recente pela Reuters encontrou que, “cerca de 1 500 alauitas sírios [a minoria étnica à qual pertencia a família de Assad] foram mortos”, tendo a agência noticiosa retraçado a “cadeia de comando levando desde os atacantes, diretamente, aos homens que estão ao serviço dos novos líderes em Damasco”.

A agência revelou que "Pelo menos uma dúzia de facções, agora sob comando do governo, incluindo estrangeiros, participou nas Marchas da Morte»".

[Artigo completo no Substack no LINK AQUI]


1 comentário:

Manuel Baptista disse...

Consulte também o artigo de Vanessa Beeley sobre a Síria:
https://manuelbaneteleproprio.blogspot.com/2025/06/siria-hoje-da-queda-do-governo.html