A
economia mundial está em estado muito mais grave agora do que há 8 anos.
A crise financeira foi «curada» graças a
uma impressão monetária, sem
contrapartida de quaisquer acréscimos de riqueza real. Os que tiveram o privilégio
(os grandes bancos, essencialmente) de obterem dinheiro grátis, fornecido pelos bancos centrais, ou colocaram
esses excessos de liquidez a render nas contas dos próprios bancos centrais, obtendo
assim um juro, pequeno, mas sem qualquer risco, ou fizeram apostas muito
arriscadas, nomeadamente em derivativos,
seguros de que tinham as costas quentes graças ao estúpido princípio de que há
«bancos demasiado grandes para falirem».
Este
princípio é afinal uma distorção monstruosa do capitalismo, pois permite que os
maus investimentos, as más apostas, sejam protegidas de falência, com prejuízo
de toda a sociedade, que é obrigada, sem qualquer contrapartida, a suportar os
erros dos «cavaleiros de indústria», dos «senhores da finança».
Ao
contrário do que autoproclama (de ser um «estímulo à economia») esta política
tem o lastimoso resultado de destruir capital
acumulado. Que acontece quando se joga uma determinada quantia de capital, um
dado investimento e não se permite que falhe? O sinal para os investidores é a
«impunidade» de tal investimento, a possibilidade de ganhar, sem o
inconveniente de perder. Assim, a quantidade de capital desperdiçado, aplicado
em maus projetos, que normalmente
não deveriam estar a ser financiados, vai crescendo.
As
sucessivas bolhas, nos setores imobiliário,
nos empréstimos aos estudantes, na aquisição de carro e nos créditos diversos
ao consumo em geral, vão crescendo, e aumenta o número e volume de créditos malparados,
sendo que quando existe um crédito que não é honrado, do outro lado está alguém
que perde o seu investimento.
Infelizmente,
o mais vulgar, no contexto presente, é o perdedor ser o Estado! Nós, os
contribuintes, somos realmente os
emprestadores de último recurso.
Enquanto
isto acontece, a dívida soberana dos
Estados vai crescendo, sem quaisquer sinais de inversão de tendência, nem mesmo
de abrandamento.
A
maior bolha de todas é a bolha das
obrigações soberanas (dívida pública) dos diversos Estados. Apesar de pesados, os
juros da dívida são suportáveis, porque os bancos centrais (nomeadamente, o
BCE) compram uma parte da dívida soberana, fazendo assim baixar os juros da
mesma.
No
Japão, há mais tempo que é seguida tal política pelo Banco Central, a cada
emissão de dívida: o Banco Central japonês é comprador na ordem de 90% dos
títulos...
Quanto
à percentagem de dívidas emitidas pelos
Estados membros do Euro, que são compradas
pelo BCE, é da ordem de 50%.
Tal
comportamento dos bancos centrais é totalmente anátema em termos de ortodoxia neoliberal, visto que é uma
intervenção intempestiva, distorcendo o mercado. Mas o desplante não se fica
por aqui, pois o BCE e bancos centrais de vários países decidiram adquirir obrigações de empresas e estuda-se a
hipótese de intervir nas Bolsas de ações…
O
termo «Capitalismo de Estado» foi utilizado noutros contextos, mas não para
designar a ação dos bancos centrais
dos países capitalistas; porém, o referido termo aplica-se muito bem agora!
Quem são as vítimas? São as pessoas comuns dos diversos países, que vêm a
qualidade e disponibilidade dos serviços
públicos a descer porque não têm financiamento adequado.
Por
outro lado, os governos e poderes públicos não
efetuam os investimentos em infraestruturas que poderiam arrancar a
economia do marasmo, desde a crise financeira de 2008, que nunca foi superada.
Além
disso, quando as pessoas põem de lado algum dinheiro, são castigadas, não apenas com uma taxa de juro muito inferior à taxa
de inflação, mas já com taxas de juro
negativas, ou seja, são obrigadas a pagar para terem o dinheiro no banco.
Paralelamente
a este cenário, que desincentiva a formação de capital, pelo desincentivo constante à poupança, querem
banir as transações em numerário («justificada» com o falso pretexto do branqueamento do dinheiro de
negócios criminosos…). Todas as transações
seriam eletrónicas.
Assim,
o Estado e o banco têm toda a possibilidade de saber - até ao pormenor- da vida
de cada um, sem possibilidade de
qualquer privacidade, como também e sobretudo viabilizam os juros negativos; de outro modo, ninguém
quereria ter o dinheiro no banco… No fundo, trata-se da política de «bail in» permanente só para as pessoas comuns, que não
podem parquear os seus capitais em paraísos fiscais …
Quando
os juros das obrigações do tesouro
subirem, quando retomarem valores mais próximos do normal, o que vai
acontecer?
- Muitas
falências vão ocorrer, cortarão de
maneira mais impiedosa ainda as verbas para gastos sociais, para poder pagar-se os juros da dívida. Uma enorme quantidade (estima-se em múltiplos do PIB global!) de derivativos vão ser acionados, agravando a espiral recessiva.
Ou
seja, está a construir-se o cenário para uma falha catastrófica no sistema financeiro e económico, sabendo-se
muito bem que existe esse risco, mas ocultado do público.
Conclusão:
em desespero, o que eles temem, os responsáveis globalistas de todas estas
loucuras, é que as pessoas compreendam quem
levou a economia mundial a esta situação.
Para
eles, é uma «saída» desencadear uma 3ª
guerra mundial, para ocultar as causas do enorme colapso financeiro que vem
aí.
O
colapso é inevitável, porém, se houver uma guerra mundial, as oligarquias
globalistas poderão «culpar» a guerra como causa
do colapso e não recairá sobre eles o odioso da situação.
Além
disso, esperam «desbastar» de humanos um planeta «sobrepovoado» e assim,
refazer o Mundo à sua medida, quando
saírem dos seus bunkers.
Pode
o leitor estranhar que esta seja a visão dos elitistas, porém, em várias
ocasiões, aquando de encontros, como de Davos ou do Clube de Bilderberg, ou até
através da média ao serviço, é este o cenário que tem transparecido.
Eles
decidiram que a «Nova Ordem Mundial» será a deles. Para construir algo de novo
é necessário destruir o antigo. É nisso que estão apostadas as «elites».
Tal
mudança não poderá ter lugar sem «algo» que mude a face do Mundo. Esse «algo» é
a guerra, com todos os seus horrores. Isso não importa para eles. A loucura
deles, dos sociopatas que nos governam, é para ser levada a sério, pois são demasiado poderosos e são destituídos que
qualquer compaixão.
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