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quinta-feira, 23 de janeiro de 2020

A EPIDEMIA NA CHINA, POR CORONAVÍRUS, PODE TORNAR-SE UMA PANDEMIA

corona vírus que está a espalhar-se pela China e pelos países fronteiriços pertence à mesma família que o vírus SARS

              RT
Primeira imagem divulgada do coronavírus de Wuhan. Já há pessoas infectadas em muitos países limítrofes de China, e nos EUA.

A transmissão inicial do vírus, que se pensa foi originada no mercado de Wuhan, onde são mantidos animais vivos, muitos dos quais, animais selvagens capturados, considerados iguarias por alguns. Pensa-se que os portadores do coronavirus sejam civetas capturadas e vendidas no mercado.

              

Os animais selvagens estão infectados frequentemente com vírus, cujo efeito no seu corpo é nulo ou muito benigno, designam-se por «portadores sãos». Os gansos selvagens, que migram do círculo ártico, até zonas temperadas no inverno, são responsáveis pela disseminação de sucessivas gripes. Considera-se que as novas ondas anuais de epidemia de gripe, têm a ver com essa disseminação durante o seu voo migratório.
Na realidade, o organismo humano está em permanente contacto com um certo número de vírus, mas o seu reportório de anti-corpos permite-lhe manter o seu corpo saudável, na maior parte dos casos. Os vírus com os quais os humanos nunca contactaram, esses, têm uma eficácia muito grande, se conseguirem infiltrar-se no corpo, muito frequentemente pelas vias respiratórias, sobretudo se conseguem alojar-se nas nossas células. Aí, colocam a máquina celular do hospedeiro ao serviço de reproduzir novas partículas virais, que depois se espalham pelo organismo do paciente. 
Dá-se uma corrida de velocidade, entre a taxa de reprodução e propagação do vírus e a rapidez com que o sistema imunitário do corpo infectado está a produzir anti-corpos, primeiro fracamente eficazes contra esse vírus, mas progressivamente mais, até conseguir anti-corpos perfeitamente adequados. 
Quando o vírus é derrotado, a pessoa fica com um stock de anti-corpos contra o mesmo, além de que o seu sistema imunitário todo ele, passa a resistir à infecção pelo mesmo vírus, pela mesma estirpe viral. 
Mas, o vírus ganha se for mais rápido ou se a pessoa tem um sistema imunitário deficiente: não é apenas o caso das doenças imuno-supressoras como a SIDA, mas também em pessoas idosas, com alimentação deficiente, com desnutrição proteica, ou ainda, alguém ter sido sujeito a tratamento imuno-supressor, para uma operação.     
A eficácia da transmissão é um factor muito importante para a difusão duma epidemia; se a capacidade de difusão do vírus, de um humano para outro humano, é fraca, pode ser relativamente fácil controlar a sua difusão e limitar a epidemia com medidas preventivas.
Infelizmente, a constante deslocação das pessoas de um lado para o outro do Globo, hoje em dia, tornam muito difícil a contenção de um vírus deste tipo. 
Muitas pessoas -sem saberem - podem ser transportadoras de um vírus: ou porque o seu organismo está imune naturalmente à estirpe em causa (portadores sãos) ou porque estão num estado pré-sintomático de evolução da doença, ou seja, estarão francamente doentes dentro de dias ou semanas, mas - por enquanto - não têm sintomas.
Apesar das técnicas de construção de vacinas contra determinado vírus terem progredido imenso, os ensaios (obrigatórios para poderem ser colocadas no mercado) e a produção em larga escala levam meses. 
Neste espaço de tempo, um vírus que tenha uma virulência grande pode ter-se disseminado, a epidemia irá progredir de modo exponencial

                 
                                       https://www.zerohedge.com/geopolitical/uk-researcher-predicts-over-250000-people-china-will-have-coronavirus-ten-days

Nesta fase inicial, antes de se ter uma vacina, recorre-se a métodos com uma eficácia comprovada: máscaras para as pessoas não-afectadas; confinamento das pessoas infectadas em áreas específicas de hospitais. Pode-se chegar, em caso extremo, ao isolamento da população que seja reconhecida como centro de foco infeccioso. Estas, são as medidas eficazes possíveis.
A OMS tem uma reunião hoje para determinar se declara esta epidemia com coronavirus uma epidemia planetária, ou não.

Pelo que tenho visto dos números de pessoas infectadas e os mapas correspondentes da difusão da infecção, parece-me que se deveria proceder como estando a humanidade perante o perigo de uma nova pandemia. Isso obrigaria a tomada de medidas preventivas e ajudaria a acelerar a  confecção de vacina adequada.