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sexta-feira, 10 de janeiro de 2025

HISTÓRIA DO CEGO QUE VÊ

 Assim começa esta história: 

O crianço estava realmente assustado, tremia, olhava para todo o lado, como se estivesse encurralado. Por fim, alguém lhe disse umas palavras em voz doce. Estas não queriam dizer mais do que o som produzido: UM SOM NUMA TONALIDADE TRANQUILA. Este tom de voz evocou-lhe reuniões  amistosas, cheias de calor e segurança. Foi ao som das palavras que se fiou, não ao que continham enquanto significado. O significado literal das palavras era-lhe totalmente estranho. 

A língua que primeiro aprendemos é música, só depois é reduzida a significado. Mas este, não passa pelo canal auditivo, nem pelo canal do coração. A construção de significado é longa; constroí-se por longa aprendizagem.




Não vale a pena elaborar mais; certamente poderia, mas estou mais interessado em saber se existe eco verdadeiro no leitor...

Deixo-lhe portanto, a continuação da história*

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(*Os comentários estão abertos a quem queira escrever algo relacionado com esta história)