A IIIª Guerra Mundial tem sido, desde o início, guerra híbrida e assimétrica, com componentes económicas, de subversão, desestabilização e lavagens ao cérebro, além das operações propriamente militares. Este cenário era bem visível, desde a guerra na Síria para derrubar Assad, ou mesmo, antes disso.
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terça-feira, 5 de dezembro de 2017

DOCUMENTÁRIO - O MUNDO DOS MICRÓBIOS



                                         https://www.youtube.com/watch?v=Jk0-uJbVgsY

Documentário da DW, o canal de rádio e televisão estatal da Alemanha
(falado em Inglês; legendas do texto falado)

Quem estudou microbiologia sabe que este mundo é absolutamente fundamental para a construção do mundo vivo visível; sabe que o modo de vida simbiótico é muito mais habitual, em todos os Reinos, do que jamais foi suspeitado.

Mas, para quem não estudou microbiologia, este maravilhoso universo do invisível a olho nu, surge como uma revelação e como um choque, pois contrasta com a ideia-feita de que micróbios são transmissores de doenças. Claro que alguns o são, mas é tão absurda tal generalização!  É como pensar-se que a sociedade humana é essencialmente composta por assassinos, porque alguns humanos o são.

Delicio-me com este documentário, pois foi feito a pensar no público em geral, mas é totalmente sério e rigoroso, do ponto de vista da ciência biológica. 

domingo, 11 de junho de 2017

FÓSSEIS HUMANOS DE 300 MIL ANOS DESCOBERTOS EM MARROCOS

A fantástica descoberta de Jebel Irhoud (Marrocos), não apenas recua de 100 mil anos o aparecimento de Homo sapiens, passando a 300 mil anos antes do presente, como também vai abrir uma nova perspectiva  sobre a evolução precoce da humanidade. 
Esta conferência, no College de France, é efectuada por Jean-Jacques Hublin, professor nesta instituição e um dos investigadores da equipa que realizou a descoberta.


domingo, 19 de junho de 2016

domingo, 12 de junho de 2016

Sobre Homo floresiensis - reflexão sobre descobertas em paleoantropologia


 As descobertas recentes de fósseis em Mata Menge indicam que Homo floresiensis já existia há cerca de 700 mil anos.

Nos inícios do novo milénio, uma viva polémica eclodiu no mundo da paleoantropologia. Com efeito, a descoberta do «Hobbit», assim alcunhado pois era um hominídeo de dimensões anãs, dividiu a comunidade científica em dois campos antagónicos:
- os que pensavam ser um Homo moderno (o fóssil único encontrado foi datado com a idade de 17 mil anos, portanto contemporâneo dos Homo sapiens modernos) mas sofrendo de uma patologia. Eles viam neste fóssil «deformações» semelhantes a vários casos conhecidos de nanismo;
- os que pensavam estar-se perante uma nova espécie do género Homo, aparentada com Homo erectus. Os traços que alguns atribuíram a uma forma  nanismo, eram simplesmente características ancestrais. O «Hobbit» teria sobrevivido durante muito tempo, pelas condições de isolamento especiais que a Ilha de Flores (na Indonésia) possui.

Agora está definitivamente demonstrado que H. floresiensis é uma espécie verdadeira. Não é um caso de patologia isolado e que teria sido fortuitamente fossilizado. As escavações recentes datam os fósseis H. floriensis recentemente encontrados de mais de 700 mil anos. 

O «Hobbit» teria derivado de H. erectus, presente na região. O primeiro fóssil de H. erectus foi descoberto em Java no séc. XIX e está datado de cerca de 800 mil anos. Existem outros fósseis destes hominídeos, noutras regiões do Extremo Oriente, ainda mais antigos. Pensa-se que esta espécie de hominídeos saiu de Africa há cerca de 1,5 milhões de anos, colonizando muitas partes do continente asiático.

A importância genérica da redefinição do que se entende por «ser humano» nunca poderá ser demasiado enfatizada.
Somos muito influenciados por estereótipos sociais e a nossa imagem dos outros e das sociedades é - muitas vezes - uma projeção dos nossos mitos.

Aos mitos da origem, presentes nas narrativas religiosas, em todos os povos, substituiu-se, a partir do século XIX, uma narrativa dita científica das origens da humanidade.
Sem dúvida, a revolução epistemológica do darwinismo contribuiu muito para isso. Porém, acontece que certas ideias têm imenso sucesso e logo são apropriadas, distorcidas, adulteradas, etc. ... para satisfazer as agendas particulares de políticos demagogos. O que o público «sabe» do darwinismo, não é mais do que uma série de clichés, ou seja, de ideias muito genéricas e falsas. São formulações de tal modo simplistas, que se pode seguramente afirmar que não correpondem - de  facto-  ao pensamento do próprio Darwin.
Pegar numa frase, distorcê-la, isolá-la do contexto em que foi pronunciada ou escrita, é ideologizar, não é fazer «divulgação científica». Muitas vezes deparo-me com um chorrilho de ideias-feitas a propósito da evolução, em particular da evolução humana.

Considero muito desejável e indispensável uma divulgação de qualidade no campo da paleoantropologia: que as pessoas saibam algo sobre os novos dados e conceitos, que vêm subverter e renovar todas as perspetivas sobre a evolução humana.