Johann Jacob Froberger foi um compositor, organista e cravista, originário do sul da Alemanha (Stuttgard), muito famoso no seu tempo - século XVII - tendo exercido o seu talento na corte de Viena, assim como na da Duquesa Sibila de Wurtemberg, a qual guardou os manuscritos de seu músico após sua morte.
Pode dizer-se que Froberger foi um músico cosmopolita, tendo visitado não apenas regiões de língua alemã, mas também Roma e Paris.
Nesta cidade, Froberger relacionou-se com os grandes mestres do cravo da escola francesa, assim como dos alaúdistas. Nota-se que o estilo de Froberger influenciou músicos como Louis Couperin.
A peça aqui seleccionada foi composta como uma reflexão filosófica sobre a transitoriedade da vida «memento mori».
Compôs também um célebre «tombeau» em honra do alaudista seu amigo Monsieur de Blanrocher, que morreu nos seus braços.
Compôs também um célebre «tombeau» em honra do alaudista seu amigo Monsieur de Blanrocher, que morreu nos seus braços.
Outros compositores franceses seus contemporâneos também compuseram «Tombeaux», em memória do mesmo músico.
A música de cravo de Froberger e de outros seus contemporâneos integra o estilo de execução comum no alaúde, o «style brisé».
Pode dizer-se que as suas composições para cravo são um cume da música escrita para este instrumento. Ele obtém uma grande variedade expressiva graças às diversas figurações, idiossincrasias próprias do instrumento, nas suas composições.
Nota-se na sua obra um gosto pronunciado pela música descritiva. Sabemos que a literatura das décadas seguintes para cravo, nomeadamente, está cheia de peças descritivas.
Froberger, sendo um precursor do estilo cravístico dos finais do século XVII e primeira metade do XVIII, é também um músico de primeira grandeza pela originalidade e perfeição das suas composições para cravo.