Veja o que o mais conceituado oncologista japonês diz sobre vacina anti- COVID e os "turbo cancros": https://www.globalresearch.ca/video-oncologist-condemns-mrna-vaccines-evil-practices-science/5856356
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domingo, 19 de dezembro de 2021

ÚLTIMAS GUERRAS DO IMPÉRIO

Costuma-se dizer que os generais são competentes em emitir opiniões sobre como as forças armadas sob seu comando deveriam ter atuado na última guerra. Mas, incompetentes em relação à guerra seguinte, pois a vêem pelo prisma  da última guerra  passada. Evidentemente, isto aplica-se com particular acuidade ao Pentágono e ao seu chefe nominal, na Casa Branca.
Estranhamente, a «húbris», ou «embriaguez da vitória», não se dissipou nos estrategas de gabinete, apesar dos desaires contínuos destes últimos anos. Eles são somente peritos em pressionar para aumentos nas rubricas da «Defesa» dos orçamentos;  não  esperem que eles vejam com realismo o que vai pelo mundo. O orçamento de «Defesa» dos EUA, para o próximo ano, subiu mais uma vez, apesar deles terem uma guerra a menos que custear.
Todo o mundo olha - com um misto de receio e descrédito - a figura que faz o maior superpoder nuclear, com a maior concentração de armamento e capacidade destruidora que jamais existiu, ao comportar-se de forma totalmente irresponsável, não apenas na retirada vergonhosa do Afeganistão, como na cruel e contraproducente utilização de sanções, embargos e capturando os ativos financeiros e o ouro pertencentes ao Estado do Afeganistão. Esta punição coletiva afeta, não o governo dos Taliban, mas a população paupérrima, após duas décadas de ocupação, pelos EUA e NATO.
Não nos deve surpreender que estas coisas aconteçam com o Partido Democrata ao comando. Historicamente, ele tem sido mais belicoso que o partido republicano. Tem iniciado mais guerras, ou tem agravado as existentes, tem promovido golpes e feito alianças contranatura com regimes reacionários. Claro que o desempenho do Partido Republicano, ao longo da história, também não lhe fica longe. Na verdade, com ambos os partidos nas mãos dos grandes fabricantes de armas, dos contratistas mercenários, dos diversos fornecedores dos militares, e ainda da «sopa de letras», DIA, NSA, CIA, das 17 agências de «inteligência», não se pode esperar grande diferença, a este nível, entre os dois partidos que se alternam no poder.
É realmente insólito que um estado-maior duma nação poderosa, dispondo de todos os meios sofisticados para avaliar a situação, não se aperceba que tudo o que tem feito vai piorar a situação estratégica dos EUA e seus aliados.
Se a coordenação entre os outros dois superpoderes militares (a Rússia e a China) está cada vez mais aperfeiçoada, isso deve-se - em grande parte - às constantes provocações e ao desrespeito pelos compromissos assumidos pela NATO e pelos EUA, ao longo dos últimos decénios em relação a estas duas nações.
Por outro lado, a postura agressiva, o «bullying» contra governos e povos muito mais fracos, em vez de mostrar a força do Império, mostra a sua fraqueza. Eles deixaram-se enredar duas vezes em guerras de desgaste mas, nestas, o desgaste maior foi das forças americanas e seus aliados. O Iraque e o Afeganistão foram dois completos fiascos, no que respeita aos objetivos proclamados: A implantação de democracias de tipo ocidental e a consolidação da presença dos EUA e NATO nestas regiões. Quanto ao aspeto de catástrofe humana, eles pensam que, ao não contabilizarem os mortos resultantes das suas invasões e ocupações, se livram da etiqueta de genocidas. Talvez se livrem dela, junto de uma faixa do público americano, anestesiada pela propaganda. Nos restantes países, mesmo os vassalos dos EUA, a imagem das guerras imperiais dos últimos vinte anos é desastrosa. É impossível censurar e deturpar tudo, em todo o lado. Wikileaks e Julian Assange tiveram um papel de relevo. Esta, foi a razão de fundo da bárbara vingança anglo-americana, o «processo de extradição» sobre o jornalista e editor australiano.
Querem nos manter no medo, com relatos sobre os sofisticados armamentos russos e chineses. Compreendo que os russos e os chineses não desejem ser aniquilados militarmente, invadidos, subjugados, repartidos, etc. Recentemente, aconteceu isso na ex-Jugoslávia ou ainda na Líbia, país em guerra civil permanente, na miséria total e onde existem mercados de escravos. Era o país com maior nível de vida e maior índice de bem-estar humano, em África, antes de ser «libertado» pelas forças euro-americanas.
Na realidade, os falcões nostálgicos da Guerra Fria nº1 gostariam que a Rússia invadisse a Ucrânia, e/ou a China invadisse Taiwan. Como eles ficariam felizes se os russos e chineses fossem cometer esses erros!
Mas, na verdade, estes generais de secretária e peritos em geoestratégia com mentalidade do século passado, seguem o modelo ultrapassado de Mac Kinder, um geógrafo que teve muita influência e aconselhou o poderoso Império Britânico no auge do seu poderio.
É preciso serem imbecis completos para achar que ambos os seus rivais serão suscetíveis de cair em tais armadilhas. Sim, eles podem tentar ataques de «falsa bandeira», provocações. Mas, felizmente para TODAS as nações (incluindo EUA!), em face deles não têm dirigentes e equipas do poder completamente autoiludidas, fracas, corruptas, cheias de arrogância. Esse estado de espírito é o típico dos círculos neoconservadores americanos e da media ocidental que difunde a histeria anti- China e anti- Rússia. Tomam as próprias fraquezas e perversidades, como sendo as dos seus adversários. Estão a projetar sua mente patológica nos outros. Na verdade, estão a ver-se ao espelho!
Há pessoas que acham que ter uma posição coerente pela paz é igual a copiar a Rússia, ou a China. Mas essas pessoas estão iludidas. Não preciso de ter qualquer entusiasmo pelos regimes desses países. Seria absurdo eu pretender imitar a maneira como os meus vizinhos gerem as suas respetivas casas. Mas, não é nada absurdo querer manter relações cordiais com eles. Pelo contrário, que cada qual tenha o seu espaço próprio, o seu modo de viver e pensar. Cada um que viva, sem interferir com a vida do próximo. Não é isto uma atitude adequada? - Muito precisamente, o que Rússia e China querem que os EUA e seus aliados respeitem.


Não há dúvida; uma guerra longa e desgastante abateu-se sobre os nossos povos, outrora portadores dos valores de liberdade, do respeito pelos direitos, a igualdade de tratamento, a não-discriminação, tudo isto aplicado tanto na esfera pessoal, no interior das sociedades, como entre países, na esfera internacional.
Enquanto os povos do Ocidente não se livrarem dos grandes oligopólios e das classes políticas corruptas, vai continuar a pairar a ameaça de guerras, com nações e povos que não queiram submeter-se.
Mas, isto só acontece porque existe internamente uma guerra surda, contínua. Uma guerra das classes opressoras sobre seus povos respetivos. Como diz Warren Buffett: É a classe capitalista que está a ganhar, neste momento, essa guerra.
Embora não tenha ilusões sobre os «nossos» dirigentes, espero que os generais tenham bom senso. Que não precipitem uma guerra. Uma 3ª Guerra Mundial, além de desastrosa em si mesma, será, no mínimo, o precipitar definitivo dos orgulhosos ocidentais para uma nova idade das trevas, uma nova era obscura.
Talvez os povos acordem antes disso e percebam os perigos. Hoje em dia, uma guerra nuclear pode ser desencadeada, sem haver real vontade política, por acidente.

PS1: Através da perseguição e desrespeito continuado e deliberado dos direitos fundamentais de Julian Assange querem intimidar todas as pessoas, jornalistas ou outros, que sejam testemunhas e queiram denunciar os crimes do Império. 
Veja Nils Melzer, sobre a tortura feita a Julian:

PS2: A «Húbris» dos que ditam, por trás da ribalta, o comportamento dos políticos, não tem limites: Estão decididos a provocar uma guerra com a Rússia, utilizando provocações das forças nazis ucranianas, em relação às duas repúblicas separatistas do Don. Esperam assim atrair a Rússia para outro lodaçal, semelhante ao do Afeganistão: 

domingo, 18 de abril de 2021

NOVA ETAPA DA GUERRA FRIA QUE, DE FACTO, NUNCA DEIXOU DE EXISTIR.


Tradução de artigo de Rick Rozoff
em Pesquisa Global, 16 de abril de 2021


                             

Os trinta membros do Conselho do Atlântico Norte, o órgão de tomada de decisões políticas da NATO consistindo de embaixadores de todos os estados membros, publicou uma declaração apoiando a declaração da administração de Joe Biden de uma emergência nacional atribuída a acções russas, reais ou imaginárias.



"De acordo com a Lei de Poderes Económicos de Emergência Internacional (50 USC 1701 et seq.) (IEEPA), eu informo que emiti uma Ordem Executiva declarando uma emergência nacional com relação à ameaça incomum e extraordinária à segurança nacional, política externa, e à economia dos Estados Unidos representada por actividades estrangeiras prejudiciais especificadas, do Governo da Federação Russa.”

Num rol de acusações, que incluem nada menos que sete graves - nalguns casos, as mais graves - acusações, a carta continuou:

“Eu determinei que actividades estrangeiras prejudiciais específicas do Governo da Federação Russa - em particular, esforços para minar a realização de eleições democráticas livres e justas e instituições democráticas nos Estados Unidos e seus aliados e parceiros; participar e facilitar actividades cibernéticas maliciosas contra os Estados Unidos e seus aliados e parceiros; promover e usar a corrupção transnacional para influenciar governos estrangeiros; para exercer actividades extra-territoriais visando dissidentes ou jornalistas; minar a segurança em países e regiões importantes para a segurança nacional dos Estados Unidos; e violar princípios bem estabelecidos do direito internacional, incluindo o respeito pela integridade territorial dos Estados - constituem uma ameaça incomum e extraordinária à segurança nacional, política externa e economia dos Estados Unidos."

A última vez que esta linguagem quase apocalíptica foi usada em relação à Rússia, foi depois das tropas soviéticas terem entrado no Afeganistão, em Dezembro de 1979. No seu discurso sobre o Estado da União em Janeiro de 1980, o presidente Jimmy Carter pronunciou estas palavras (dando origem à Doutrina Carter de mesmo nome), escritas por seu Conselheiro de Segurança Nacional Zbigniew Brzezinski e modeladas sobre a Doutrina Truman de 1947, que marcou o início da Guerra Fria:

“Que nossa posição seja absolutamente clara: uma tentativa de qualquer força externa de obter o controle da região do Golfo Pérsico será considerada um ataque aos interesses vitais dos Estados Unidos da América, e tal ataque será repelido por todos os meios necessários, incluindo força militar. ”

As preocupações de Truman relacionavam-se com actividades comunistas na Grécia e na Turquia. As de Carter, com a influência potencial da Rússia no Golfo Pérsico. As de Biden, são globais na sua natureza: tudo, desde interferência nas eleições doutras nações (algo que a sua nação, os EUA, claro, nunca fez) até usar "luvas" para influenciar agentes do governo (este artigo foi escrito em Chicago); até perseguir dissidentes e jornalistas com actividades «extra-territoriais» (a opinião de Julian Assange sobre esta matéria seria interessante) até mostrar falta de respeito pela integridade territorial de Estados (foram os EUA e não a Rússia que apoiaram a secessão do Kosovo, do Sudão do Sul e da Eritreia, na era pós-Guerra Fria).
Mesmo o ataque de 1941 a Pearl Harbor, não representou uma ameaça de vida ou morte para os Estados Unidos e seus "aliados e parceiros" em todas as partes do mundo, como Biden gostaria que acreditássemos que a Rússia representa, ao "constituir um país incomum e uma extraordinária ameaça à segurança nacional, à política externa e à economia dos Estados Unidos.” Washington declarou guerra à pressa contra o Japão, há oitenta anos. O que Biden fez hoje, pode muito bem ser o equivalente a essa acção.


Russia continues to demonstrate a sustained pattern of destabilising behaviour, including its violations of Ukraine’s and Georgia’s sovereignty and territorial integrity, and continued violation, non-implementation, and circumvention of numerous international obligations and commitments, including the Budapest Memorandum. Examples include attempted interference in Allied elections, including the U.S. presidential election; widespread disinformation campaigns; and malicious cyber activities. The United States and other Allies assess that all available evidence points to the responsibility of the Russian Federation for the SolarWinds hack. We stand in solidarity with the United States. We condemn the attack on Alexei Navalny, a Russian opposition figure, with the use of a nerve agent from the banned Novichok group. Any use of chemical weapons, under any circumstances, is a clear breach of international law and contrary to the Chemical Weapons Convention. Reports that Russia encouraged attacks against U.S. and NATO forces in Afghanistan are also of concern.

A declaração da NATO, com sua ladainha de acusações, prossegue com a resolução dos Estados membros consultarem-se entre si regularmente, para "abordar as acções da Rússia, que constituem uma ameaça à segurança euro-atlântica." Exige que a Rússia cesse o que a NATO caracteriza como seu comportamento desestabilizador. Também exorta a Rússia - e apenas a Rússia - a interromper as alegadas provocações perto e diminuir as tensões na fronteira do Donbass e "na Crimeia, anexada ilegalmente."

A observação de que a guerra é a continuação da política por outros meios foi atribuída a Carl von Clausewitz. É igualmente verdade, que o tipo de denúncia política e ditame detalhado acima, pode constituir a condução da guerra por outros meios. Talvez apenas até que a coisa real chegue.