Se eu pudesse voar, levantava voo
De cada vez que troassem os céus;
Que reflexos metálicos, meus olhos
Subitamente captassem.
Não deixaria nem pluma
Nos pavimentos de sangue
Mental escorrendo dos carrascos.
Nem hesitaria procurar
Abrigo nas sombras do arvoredo
Certo de que a sombra é aliada
Quando o Sol ilumina
Infâmias, traições e cobardias
Se eu pudesse voar
Estaria numa ilha deserta
Junto dos meus semelhantes.
Com eles, mesmo doutras espécies,
Faria como que uma sociedade,
Mas nunca poderia integrar
As tropas de rapinadores
Só procurando destruição
Só interessados em sangue
Se eu pudesse voar
Não iria nunca descer
Aos antros das hienas
Em que se rasgam as carnes
Pelo prazer da destruição.
Ficaria junto de minhas gentes
Aladas, sobrevoando cidades
Campos, colinas e rios
...
Ah, se eu pudesse voar!
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