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sábado, 22 de novembro de 2025

CRAIG MURRAY: SOBRE NAVIOS RUSSOS PERTO DE ÁGUAS TERRITORIAIS BRITÂNICAS



Leia aqui o artigo de Craig Murray: THE BEAT OF THE WAR DRUMS


Craig Murray, embaixador reformado do Reino Unido, esclarece-nos sobre o Direito do Mar, o que realmente é muito útil para sabermos ao certo o que se passa quando vemos notícias (alarmistas, em geral) sobre navios russos ao largo das costas de um país da OTAN. Neste caso é o Reino Unido, mas o mesmo se tem passado com outros, incluindo Portugal. É uma técnica clássica de manipulação, fazer passar uma atividade perfeitamente legal, prevista no Direito do Mar, como sendo um ato de «violação da soberania» dum país. Acresce que estas passagens, próximo das águas costeiras, mas ainda no Mar Alto, são rotineiramente efetuadas pelos navios de guerra da OTAN, em especial, ao largo das costas da Rússia. Claro que não nos dizem nada sobre isso, dando a entender (mentindo por omissão) que são os russos os culpados de violações da soberania dos Estados. Temos aqui um exemplo de manipulação - consciente - pois os profissionais de informação têm de verificar se o que se diz e escreve corresponde a factos reais. Mas, não, eles nunca fariam isso, pois são eles os autores, ou veículadores conscientes, da desinformação.



A Royal Navy enviou navios, incluindo o RFA Proteus (à direita em segundo plano) para monitorizar o «navio-espião» russo Yantar (primeiro plano) ao largo das costas da Cornualha, em Novembro 2024. Foto da Royal Navy


 Craig Murray: «In armed forces media the UK boasted it was an assertion of freedom of navigation. Yet we harass the Russian vessel equally on the High Seas for exercising its freedom of navigation. That was also perfectly legal. The idea that the same activity is worthy when we do it, but a pretext for war if the Russians do it, is so childish as to be beyond ridicule. But there is not one single mainstream journalist willing to call it out.»

(tradução: Nos media militares, o Reino Unido gaba-se de que é um exercício de liberdade de navegação. Porém, nós perseguimos um navio russo que estava igualmente no Mar Alto, para exercer a sua liberdade de navegação. Isto era perfeitamente legal. A ideia de que a mesma actividade é válida quando nós a fazemos, mas um pretexto para uma guerra, quando os russos a fazem, vai para além do ridículo, é infantil. Mas não existe um único jornalista mainstream que faça notar tal situação.)