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quinta-feira, 8 de julho de 2021

Descoberta escultura com 51 mil anos, atribuída a neandertais, na Baixa Saxónia

 Uma recente descoberta , na Baixa Saxónia, de um artefacto com cerca de 51 mil anos, faz recuar as possíveis formas de arte e de pensamento abstrato, ao tempo em que os neandertais (Homo neanderthalensis) eram os únicos habitantes dessas paragens.

Na gruta do Unicórnio, os arqueólogos descobriram um pé de cervo gigante extinto (Megaloceros giganteus), cujo osso foi fervido e depois trabalhado, com entalhes claramente intencionais, completamente distintos dos que resultam da atividade de dissecação.

 

                                     Imagem do pé de cervo gigante com entalhes (51 mil anos)

Este achado não deveria surpreender as pessoas que têm acompanhado as descobertas dos últimos anos respeitantes a neandertais. Com efeito, têm-se acumulado evidências de sofisticação destes primos dos Homo sapiens, que com eles conviveram na Europa, pelo menos entre 55 mil anos e 28 mil anos. Há aproximadamente 60 mil anos, que os homens modernos, saídos de África (via Levante), ocuparam territórios onde os neandertais estavam instalados, desde há cerca de 400 mil anos. 

Os neandertais, mais robustos, com um corpo adaptado ao frio intenso da última glaciação, ocuparam uma enorme extensão do continente euroasiático, onde deixaram vários testemunhos das suas capacidades de abstração. Por exemplo, foram atribuídos a neandertais desenhos abstratos a ocre, numa gruta em Espanha, com 65 mil anos, numa altura em que Homo sapiens ainda não tinha alcançado a Península Ibérica. 

De qualquer maneira, o pé de cervo esculpido da gruta do Unicórnio, na Baixa-Saxónia, é o testemunho mais antigo de escultura paleolítica até agora descoberto. Outras esculturas paleolíticas, até agora conhecidas, estatuetas do homem-leão e de divindades femininas, estão datadas de 40 mil anos ou menos, tendo sido produzidas por Homo sapiens.