A IIIª Guerra Mundial tem sido, desde o início, guerra híbrida e assimétrica, com componentes económicas, de subversão, desestabilização e lavagens ao cérebro, além das operações propriamente militares. Este cenário era bem visível, desde a guerra na Síria para derrubar Assad, ou mesmo, antes disso.
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quarta-feira, 26 de abril de 2017

APELO DE EMERGÊNCIA PELA PAZ NA PENÍNSULA DA COREIA

 Considero urgente, tal como este colectivo de mulheres, que decidiu atravessar a zona desmilitarizada que divide as duas Coreias, que seja ouvido o APELO DE EMERGÊNCIA PELA PAZ NA PENÍNSULA DA COREIA.

Os riscos de guerra têm subido exponencialmente em consequência, principalmente, de uma viragem belicista do poder de Washington, acompanhada por uma salva de elogios dos media belicosos e dos políticos e dos lóbis, que de uma ou outra forma se preparam para extrair lucros de mais uma guerra do Império...

Os que empurram para a guerra argumentam com a natureza totalitária do regime notre coreano, porém estes mesmos esquecem duas simples coisas:
1- A população civil norte coreana, se houver ataques, será duramente atingida. Além disso, o regime Norte coreano, em desespero, poderá retaliar contra a população civil do Sul, visto que - no caso de haver um acto bélico - a República da Coreia (do Sul) como aliado dos EUA, estará automaticamente envolvida.

2 - O simples acto de iniciar ações bélicas, quando na realidade não existe nenhuma ação bélica oposta, por parte do Estado agredido é considerado crime de guerra. Aliás, o maior dos crimes, segundo as sentenças do tribunal de Nuremberga, que fizeram juridisção e pelos quais se reje a ONU e o Direito Internacional. 
É o maior dos crimes, pois inicia uma guerra, com todos os horrores e o espezinhar de todos os direitos humanos. 
Iniciar uma guerra, com o pretexto de «defender» os direitos humanos, é desprezar e escarnecer da humanidade. 



domingo, 25 de dezembro de 2016

TESTEMUNHOS DE UM PASSADO LONGÍNQUO

Sonhei, há alguns anos, que visitava povos da civilização megalítica. Este sonho fez-me pensar intensamente. 

Cheguei à conclusão de que a civilização mundial de hoje, que se constroí pacientemente, apesar dos brutais recuos episódicos ... resulta afinal da gesta dos nossos antepassados, da distante civilização megalítica, que ergueram os dolmens, menhirs e outros monumentos, que cobrem uma vasta extensão de território, desde os brumosos recantos da Irlanda e da Escócia até aos territórios do Extremo-oriente. 

Tive consciência clara desta realidade ao deparar-me, alguns anos depois, com os monumentos da civilização megalítica na Coreia


Esta península mágica preserva ciosamente os vestígios dum tesouro de sabedoria. 


                                          
                                                  Círculo de Menhires em Portugal, Évora

                                           
                                                        Dólmen numa ilha da Coreia

                                       
                              Monumento funerário, Normandia, França

A ciência megalítica dos povos euroasiáticos é igualmente a ciência dos astros, da verdadeira comunhão universal. 
Sabiam alinhar as pedras pelos solstícios, conheciam técnicas para transportar imensos blocos a grandes distâncias. 
Tinham uma devoção profunda, como se pode inferir pelo trabalho árduo, oferecido à Divindade, para erguer seus templos e outros locais de culto...

Pensei que, estudando e divulgando esta civilização megalítica, verdadeiramente transcontinental, iria abrir a compreensão de que, sem anular as variadas culturas, existe uma grande unidade na imensidão do espaço continental Euro-Ásia. A tomada de consciência destes factos poderia facilitar um horizonte de paz, de abundância e de trocas frutíferas entre povos. Se isso ocorreu há 3000 ou mais anos atrás, por que não agora?

A civilização megalítica partilhava as mesmas tecnologias da pedra e do metal em toda a extensão do Continente Euro-Asiático. Os mesmos processos técnicos resultaram em formas notavelmente semelhantes. 

Existem diferenças culturais nas decorações, mas são pouco relevantes para o nosso olhar de hoje. Não existem diferenças notáveis entre muitos artefactos da mesma época, recolhidos nas margens do Atlântico ou do Pacífico

Trata-se de um contínuo étnico, cultural: tal é o sentido da existência de obvias semelhanças nos monumentos ou utensílios produzidos na mesma época e separados por dezenas de milhares de quilómetros!

- Então, como foi possível, na ausência de meios seguros e rápidos de comunicação, estabelecer-se tal unidade? 

A transmissão cultural é muito rápida e vários fatores podem ter sido propícios: Houve grandes migrações dentro do continente Euroasiático.  Nota-se a existência de um corpo de mitologias comuns, ou interconectadas. Verifica-se uma transmissão célere tanto dos saberes técnicos, como de crenças religiosas. 
Os mitos e as narrativas heroicas, as tradições orais, as línguas, os Deuses e seus atributos, são muito semelhantes e não podem ser fruto do acaso. Têm de resultar de tradições comuns ou afins, que se foram cristalizando em cultos, ciclos épicos, lendas, em práticas e ritos... Estas diversas manifestações de cultura dos povos têm tal ar de parentesco que não podem ser devidas a uma «convergência evolutiva». 
É muito mais sensato postular uma origem comum, pois não se trata de escassas coincidências pontuais; as culturas que brotaram nos espaços euro-asiáticos foram realmente todas descendentes do mesmo substrato, da civilização megalítica.
  
As sociedades desse tempo tinham uma densidade populacional fraca; quaisquer humanos que surgissem no seu território, se tivessem intenções pacíficas, como o comércio, eram bem-vindos.

Penso que o Continente Euroasiático é uno, não apenas em termos físicos, mas também de geografia humana. As montanhas dos Urais não constituem um verdadeiro obstáculo às migrações. Na Eurásia existem povos muito diversos, mas um elo ténue une os seus povos, de um extremo ao outro; ele existiu no passado e continua no presente, nunca se quebrou. 
A emergência de Estados e de impérios, impostos pela violência, veio ofuscar - transitoriamente- esta profunda unidade cultural.  

Porém, agora podemos viajar pelo vasto mundo, podemos nos maravilhar e nos reencontrar, numa escala nunca antes sonhada. 

Devemos celebrar este feito, mas não atribuí-lo ao «globalismo», que é uma ideologia. O respeito pela diversidade cultural é o contrário dele. O globalismo é destruidor da diversidade dos povos e das culturas, é a imposição dum modelo cultural único.

O meu voto para 2017 é que a luz do espírito e da fraternidade dos povos seja capaz de superar as forças da destruição e obscurantismo.

quinta-feira, 9 de junho de 2016

Música do País das Manhãs Calmas

O país das manhãs calmas, assim se chamava a Coreia, nos tempos longínquos em que irradiava a cultura mais requintada no extremo oriente, sob a égide de monarcas ilustres. 

Foi na Coreia que se criaram as condições para uma expansão do budismo para o Japão.

Este espírito beneficiou do antiquíssimo humus do chamanismo, que subsistiu como prática mágica e como parte integrante do Taoismo também, uma corrente filosófica que se fundiu com o budismo, em particular com a corrente Mahayana, dando a corrente Chan ou Zen.  

A filosofia do extremo oriente é orientada para o domínio prático. Tem como objectivo levar o individúo a fazer as melhores escolhas possíveis na sua vida. Os ensinamentos dos grandes mestres explicitam esta escolha deliberada pelo concreto.