A quebra do dólar não é equacionada naquilo que realmente é; pois as pessoas em geral, não sabem que o dólar US teve uma quebra de 78% do seu poder aquisitivo desde 2016. As estatísticas da inflação, em dólares ou noutra divisa, não dão conta, nem de longe, da perda do poder aquisitivo das divisas. A desvalorização constante e silenciosa do dinheiro está entre as causas do empobrecimento da imensa maioria e do enriquecimento dos políticos e dos muito ricos. Eles escondem-nos a realidade, para seu proveito próprio! https://substack.com/home/post/p-161522355?source=queue

quinta-feira, 13 de março de 2025

UM PORTUGAL DESCONHECIDO, NO CENTRO E NORTE



 Esta reportagem descreve a vida simples e plena de uma súbdita britânica, que escolheu viver na autonomia e na verdade duma vida mergulhada na natureza. Mas não pensem que ela «romantiza» as suas condições concretas de sobrevivência. Com efeito, vêem-se painéis fotovoltaícos para gerar eletricidade; a casa está bem reconstruída e deve ser confortável no inverno e nas outras estações. Ela sabe tirar proveito da natureza e da ciência agrícola e doutras, que lhe traz a nossa época. 
Esta Senhora, como outras pessoas, nem sempre «eremitas», veio desenvolver o seu projeto de vida natural, autossustentada, em distritos do interior Centro e Norte de Portugal. 
Algumas «neo-colonizações» agrupam várias famílias em aldeias, que foram habitadas durante séculos e que acabaram por morrer com o desaparecimento dos seus últimos habitantes autóctones. 
Assim seja: é bem melhor que estas aldeias renasçam, graças à inteligente e ecológica escolha de estrangeiros (holandeses, alemães, britânicos, etc), do que serem abandonadas ao deserto «verde» (de eucalíptos) ou acaparadas para projetos de agricultura comercial, usando as técnicas agressivas do agronegócio. 

Desde há muito tempo que tenho chamado a atenção para a existência dum enorme potencial nas zonas rurais portuguesas, incluindo as despovoadas pela emigração massiva e continuada. Muitas zonas são óptimas para cultivo (com as técnicas adequadas) de produtos de elevada qualidade, sem haver recurso a técnicas agressoras do ambiente (adubos sintéticos, herbicidas, inseticidas  e fungicidas, a culturas exóticas ou de alto rendimento, etc). 

Os produtos obtidos, não apenas podem satisfazer as necessidades das comunidades recém-instaladas, como podem ser exportados para outros países, nomeadamente, para o Norte da Europa, onde a sua qualidade é devidamente apreciada. 

A juventude portuguesa, salvo raras e honrosas exceções, prefere ainda manter-se na órbita dos empregos urbanos, agarrada ao paradigma de «promoção social» que tem vigorado desde há duas ou mais gerações atrás. 

Talvez um dia descubram o enorme potencial que lhes deixaram os seus avós; assim o espero!

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