http://science.sciencemag.org/content/360/6389/621.full
Aqui há alguns anos, começou a constatar-se um declínio brusco e inexplicável dos batráquios (rãs, sapos, salamandras...), pondo em risco mesmo aquelas espécies dos ambientes pouco ou nada poluídos.
Isto alimentou muita especulação de que estariam a ser vítimas de efeitos globais, como a perda de espessura na camada do ozono, protectora da penetração dos raios ultra-violeta na alta atmosfera. Havendo uma maior penetração de raios ultra-violetas, alguns organismos - especulava-se - eram mais susceptíveis a mutações nefastas e acabavam por entrar em declínio e mesmo em extinção.
Assim nos foi apresentada a «explicação» para o fenómeno. Não se inibiram de dar outras causas: o «aquecimento global» nomeadamente, entre outras causas, era peremptoriamente afirmado, mais para satisfazer uma agenda política (globalista) do que para defesa dos ecossistemas.
Desde muito cedo, os biólogos e ecologistas (científicos) avaliavam os efeitos devastadores do comércio a longa distância de animais vivos, ou de plantas vivas, verificando que muitas catástrofes ecológicas tinham sido desencadeadas pela introdução das espécies em habitats completamente diferentes dos de sua origem.
Também sabiam que as espécies introduzidas eram frequentes portadoras de parasitas (protozoários, fungos, bactérias ou vírus), capazes de exterminar populações inteiras doutras espécies aparentadas e, por vezes até, bastante distantes do ponto de vista genético.
Algumas doenças com origem em animais selvagens são transmissíveis aos humanos, mas estas são raras, pois acabam por ser sujeitas a um controlo mais apertado.
As doenças infecciosas globalizadas estão na raiz do declínio populacional em várias espécies, ao nível mundial, mas a sua origem permanece frequentes vezes ignorada.
Os autores de um artigo agora publicado usaram uma sequenciação de todo o genoma de um fungo (Batrachochytrium dendrobatidis), considerado o provável causador do declínio das populações de batráquios ao nível mundial.
Conseguiram localizar a origem da pan-infecção na variedade da península coreana, BdASIA-1. Com efeito, esta exibe os marcadores genéticos de uma população ancestral, a partir da qual se disseminaram as variedades aparentadas, causando a pan-zoonose. Segundo os mesmos autores, a emergência deste fungo patogénico ocorreu no início do século XX, coincidindo com a expansão global do comércio de batráquios e tal transmissão intercontinental continua a ocorrer.
Conseguiram localizar a origem da pan-infecção na variedade da península coreana, BdASIA-1. Com efeito, esta exibe os marcadores genéticos de uma população ancestral, a partir da qual se disseminaram as variedades aparentadas, causando a pan-zoonose. Segundo os mesmos autores, a emergência deste fungo patogénico ocorreu no início do século XX, coincidindo com a expansão global do comércio de batráquios e tal transmissão intercontinental continua a ocorrer.
Estas variedades de fungos, patogénicos de anfíbios, têm origem no Leste da Ásia, que é a zona onde esta espécie apresenta maior biodiversidade, sendo daí que provêm as variedades parasitas ao nível mundial.
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