Martin Armstrong* destrói mitos que nos obscurecem a visão da realidade.
Na entrevista, aborda assuntos tão importantes como a perda da fé cega no governo, a incompreensão dos ciclos da economia, a loucura do «Great Reset», a híper-inflação, a impossibilidade de indexar a moeda ao ouro (ou outro) etc.
Armstrong baseia a sua análise na previsão não-enviesada das realidades políticas e económicas pelo sistema computorizado «Sócrates».
Para quem compreenda o inglês americano de Armstrong, estes 53 minutos de entrevista valem bem a pena...
*Nota de Manuel Banet:
Estou de acordo - em geral - com a visão de Martin Armstrong sobre como funciona o mercado, na era da globalização. Não concordo com ele quando diz que um padrão ouro ou outro metal, não será viável. Ele argumenta que o padrão ouro não consegue dar conta dos ciclos de crédito (business cycles), mas estes não são inerentes, nem positivos sequer, para o capitalismo. São produzidos em grande escala e amplitude pelos bancos centrais. São eles - os bancos centrais - os factores mais determinantes na existência de tais ciclos, através do crédito (aumentando ou diminuindo as taxas de juro de referência), entre outros instrumentos que usam para «pilotar» a economia.
Portanto, Marin Armstrong comete o erro de tomar o efeito pela causa.
Num sistema com o padrão ouro, nem os governos, nem os bancos centrais, poderiam fazer isso, causar oscilações dos mercados com a expansão/contracção do crédito. Aliás a especulação financeira «vive» quase exclusivamente disso.
Um sistema monetário sem grandes oscilações, em «mercado livre» (capitalismo), não significa um qualquer impedimento de negócios, mas antes uma ausência dum factor fortemente perturbador dos mesmos como, por exemplo, as oscilações das taxas de câmbio (que podem inviabilizar investimentos ou transacções), que seriam mínimas num sistema mundial indexado ao ouro.