PÁGINAS SOBRE MÚSICA
sexta-feira, 22 de novembro de 2024
quinta-feira, 21 de novembro de 2024
A Terceira Guerra Mundial [por Fabrizio Mejia]
quarta-feira, 20 de novembro de 2024
Nº6 Espectrografias: ANDRÉ BRETON & a aventura surrealista
terça-feira, 19 de novembro de 2024
ATÉ QUE PONTO CONTROLAMOS AS NOSSAS MENTES? [DOCUMENTÁRIO]
segunda-feira, 18 de novembro de 2024
O ELOGIO DA PREGUIÇA
Gostava de fazer o elogio da preguiça*, mas da verdadeira, da que não corresponde a uma fase de recuperação das forças, para depois continuar o trabalho, para se aguentar a rotina, para aí passar as melhores horas do dia a fazer aquilo que - interesse-nos, ou não - interessa sobretudo ao patrão.
O problema ultrapassa a questão da duração do trabalho. O movimento operário, historicamente, lutava por uma delimitação, uma redução da contribuição do trabalhador em horas de trabalho, sem redução do salário. Não vejo isso como eticamente errado, embora o «tempo de trabalho» seja uma aproximação em relação ao trabalho verdadeiro, sem aspas.
Os economistas ao serviço do patronto inventaram essa coisa infernal da «produtividade», uma falácia** grosseira, pois o trabalhador não controla as condições concretas de sua produção de bens ou serviços. Estas condições dependem, em medida quase exclusiva, dos organizadores do trabalho, os gestores e empresários.
Mas, voltando ao assunto deste escrito, a questão dos períodos de ócio corresponderem a períodos de não-trabalho é mais outra falácia, pois o trabalhador deve atender a «n» coisas fora do horário quotidiano de trabalho e mesmo fora dos meses de trabalho, durante as férias. Ele tem de dedicar-se a múltiplas tarefas, indispensáveis para o seu funcionamento e o da sua família. O ócio não existe na vida das pessoas comuns, obrigadas a ganhar o sustento, seja pelo trabalho assalariado, ou por outra forma (profissão liberal, trabalho informal, etc.).
As pessoas trabalham sobretudo para comprar o que precisam para viver. Alguns, conseguem pôr de lado para adquirir pequenos extras, coisas (ou serviços), que não são realmente indispensáveis para refazer a sua capacidade de trabalho e perpetuar condições mínimas de vida, para si e sua família.
Mas o tempo de ócio verdadeiro, é a parte da vida que pode ser utilizada para um «hobby», uma prática desportiva, ou artística, ou de convívio com amigos... ou nada, só para preguiçar.
A sociedade está doente de muitas maneiras; uma delas, é a percepção do tempo. Trabalhamos, para «ter tempo» e estarmos livres de obrigações; assim pensam as pessoas, em geral. Mas a equação está fundamentalmente falseada, pois o tempo, em si mesmo, não é coisa que se possa comprar, gastar ou consumir. Quanto ao trabalho humano, este sim, está sujeito a mercantilização para a grande maioria das pessoas.
É debatível se o tempo deva ser considerado uma grandeza física, tal como a força, a energia ou o espaço. No entanto, o tempo existe socialmente: No sentido psicológico - Na forma subjetiva como sentimos a passagem do tempo, em função das ações que realizamos num dado intervalo de tempo. Ou, no sentido económico - O tempo devotado a ganhar dinheiro, seja no trabalho assalariado ou noutra modalidade.
Mas o tempo não tem substância, não é uma coisa. Porém, ele é objetivado, medido, dividido, repartido, ganho ou perdido... Note-se que, afinal, todas estas expressões são metáforas. Esta metaforização do tempo tornou-o «real» na vida e consciência das pessoas. As pessoas já não sabem funcionar doutro modo. A "civilização do trabalho" controla o espaço e o tempo das pessoas; controla este tempo, no sentido de determinar o que as pessoas podem fazer, num dado intervalo de tempo.
A sociedade e os indivíduos tendem a considerar o tempo e o espaço de uma forma análoga. O «meu tempo» é assumido como sendo minha propriedade privada, tal como a casa própria é o meu espaço privado. A forma de controlo mais eficaz, é a que não se faz notar. Assim, as pessoas costumam acreditar que dispõem do "seu tempo", tal como dispõem dos seus espaços privados. O tempo de lazer verdadeiro, é aquele em que o indivíduo não se dedica a algo por motivos utilitários, como para obter dinheiro, ou estudar para obtenção dum diploma, etc., é a componente de ação individual que, potencialmente, escapa ao controlo social. Só esta fração de «tempo livre», é realmente livre. Alguém que preencha o seu chamado tempo livre, fazendo algo considerado útil, como cultivar a sua horta (por exemplo), está - na realidade - a reiterar a sua inserção na engrenagem produtiva.
O tempo de preguiça verdadeira é um tempo de prazer para o sujeito, sem necessidade, nem rotina ou dever. Realmente, uma janela de liberdade. Note-se que os ricos e poderosos em todos os tempos da História, eram os que podiam dedicar-se ao ócio. Tinham pessoal que trabalhava nas suas propriedades, que geria sua fortuna, que executava as tarefas domésticas, etc.
Tanto no passado, como no presente, os indivíduos realmente criativos são os que conseguem tirar o melhor partido dos seus ócios. Por isso, se diz que a preguiça é amiga das artes, da criação artística, ou literária.
No século XIX surgiram, como resultado da escravização assalariada industrial, movimentos para limitar o trabalho quotidiano: Nomeadamente, campanhas pelas 8 horas de trabalho. Segundo os sindicalistas da época, o trabalhador precisava de 8 horas para dormir, de 8 horas para as diversas tarefas do quotidiano, além das 8 horas de trabalho. Hoje em dia, este conceito de jornada laboral está a ser posto em causa, com graves consequências na vida de milhões de indivíduos, nas sociedades ditas desenvolvidas.
A maioria dos oprimidos, sejam eles assalariados ou não, tem estado mais motivada pelas reivindicações laborais, quantitativas (mais salário, maior cobertura social, maior cobertura nos gastos de saúde, etc.), do que pelas reivindicações qualitativas, de algum modo relacionadas com o tempo. Exemplos destas últimas: Dispor inteiramente de si próprio fora do horário de trabalho, ter período(s) de férias, usufruir da licença parental, etc.
Somente pela transformação da sociedade, a robotização pode deixar de ser, exclusivamente, para aumento da produtividade e do lucro. Nessa altura, os avanços da robótica servirão para auxiliar na libertação do trabalho, livrando as pessoas dos trabalhos penosos, repetitivos, perigosos e sem criatividade. Se tal não ocorrer, a escravização será ainda mais acentuada do que agora.
Tem vindo a generalizar-se a prática de levar consigo trabalho para casa, literalmente, invadindo a esfera do lar. Assim, em pleno século XXI, muitos trabalhadores tornaram-se escravos a tempo inteiro, 24/24h. A intensificação da exploração não é apenas coisa do Século XIX. Os efeitos sociais e na saúde dos trabalhadores têm sido terríveis, embora ocultados pela media ao serviço do poder. O aumento vertiginoso das neuroses e psicoses, está estreitamente correlacionada com a exploração acrescida a que os indivíduos estão sujeitos.
Não sei durante quanto tempo vai continuar a intensificação da exploração, que se constata atualmente, em especial nas sociedades ditas afluentes: Multiplicam-se os trabalhadores «flexíveis», ou seja, disponíveis para trabalhar a qualquer hora do dia e em qualquer dia da semana, sem limites, ao capricho da entidade patronal. É uma forma de sobre-exploração cada vez mais comum em empresas e setores das sociedades digitalizadas, desreguladas e em declínio, do neoliberalismo.
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* Expressão semelhante ao título do livro de Paul Lafargue, «Le droit à la paresse», mas o que escrevo é substancialmente diferente do conteúdo desta obra.
** Esta produtividade, tomada como critério exclusivo para avaliar todo o trabalho, foi criticada por Bertrand Russell, entre outros.
domingo, 17 de novembro de 2024
sábado, 16 de novembro de 2024
AFRICA: 20 MIL MILHÕES USD EM DÍVIDA, PERDOADOS PELOS BRICS
*PRIMEIRO DIA DA CIMEIRA DOS BRICS EM KAZAN (RÚSSIA)
sexta-feira, 15 de novembro de 2024
DETIDO, COM 20 MILHÕES DO NARCOTRÁFICO, O CHEFE DA UNIDADE DA POLÍCIA ANTI-DROGA
O vídeo acima analisa o modo como o chefe da Unidade de Delitos Económicos, também encarregada de reprimir o narcotráfico, fornecia informações para que a cocaína importada da Colômbia para Espanha, escapasse a controlos alfandegários. Foram capturados sacos de dinheiro, no total vinte milhões, escondidos no interior das paredes de sua residência.
Isto mostra a amplitude das redes criminosas e a sua capacidade em se infiltrarem ao mais alto nível das instituições supostamente vocacionadas para dar combate ao narcotráfico.
NOTA: UM CANAL INDIANO, EM LÍNGUA INGLESA, RELATA TAMBÉM O OCORRIDO, AQUI.
quinta-feira, 14 de novembro de 2024
FUTEBOL EM AMSTERDAM & ENCOBRIMENTO DO GENOCÍDIO DE GAZA
PROPAGANDA 21 (nº23)
https://www.jonathan-cook.net/2024-11-11/genocide-victims-israel-football-thugs/
NOTA: ESTE VÍDEO DESMASCARA O FACTO DAS NOTÍCIAS DA MEDIA CORPORATIVA ASSUMIREM QUE OS AGRESSORES ERAM MUÇULMANOS, E OS ADEPTOS DA EQUIPA MAKABI FORAM OS AGREDIDOS. FOI EXATAMENTE O CONTRÁRIO. CONFIRMA A FOTÓGRAFA E JORNALISTA QUE FILMOU AS CENAS. OS AGRESSORES TINHAM AS CORES DA EQUIPA ISRAELITA (AMARELO, AZUL CLARO E AZUL ESCURO). VEJAM:
What REALLY Happened in Amsterdam
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https://manuelbaneteleproprio.blogspot.com/2024/11/apelo-internacional-de-1100-escritores.html
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segunda-feira, 11 de novembro de 2024
PLANO DRAGHI: SUPER ESTADO EUROPEU
Esta ideia de que, face a dificuldades, se deva acentuar o caráter centralista, irá favorecer o domínio - a todos os níveis - das partes mais fortes, as principais economias. A Alemanha, a França, a Itália e a Holanda ficarão ao leme, com as restantes nações ainda mais dependentes.
No fundo, trata-se de um modelo neocolonial e não federal ou confederal.
Macron e Van der Leyen têm pressionado fortemente para que tal plano seja implementado após "discussão" no parlamento europeu. Esta fuga para a frente foi justificada, como era de esperar, com "ameaças " externas: A eleição de Trump, a Rússia de Putin e os BRICS+ .
Parece loucura querer reformar profundamente a estrutura económica, financeira e política da UE, no momento presente; mas tem sido este o comportamento das forças dominantes, ao longo da história da UE: Veja-se o lamentável caso da constituição europeia, rejeitada em referendo pela França e a Holanda, reintroduzida - com outro nome - enquanto «Tratado de Lisboa».
Porém, as condições para realizar esta centralização, já seriam difíceis, mesmo num contexto bem menos tenso. A subida contínua de correntes do euro-cepticismo, relaciona-se de perto com a profunda crise económica associada à destruição do Estado Social durante mais de três décadas, com a imposição aos países mais fracos da moeda única e favorecendo as economias do Norte (Alemanha, Holanda e Escandinávia), o sobre-endividamento, a manutenção da política de "austeridade", mas só para as classes trabalhadoras.
Esta tentativa de consolidar o "barco" da UE, através de mais centralização, mais burocracia e maiores assimetrias sociais e regionais, vai ter um dos dois desfechos seguintes:
- Ou falha, logo à partida, porque não obtem apoio suficiente para ser implementada;
- Ou, caso seja implementada, vai ser mais um fator de discórdia, precipitando a saída de vários países e a explosão social nos outros.
Até agora, as populações dos países mais poderosos não sofriam, de forma acentuada, com as crises económicas. Mas, já se vê que estes povos estão a ser fortemente atingidos pela crise mundial económica e financeira que já começou.
As pessoas mais revoltadas são - em geral - as que possuíam algum bem-estar, que perdem o seu emprego. São as classes trabalhadora e média, reduzidas à pobreza, que irão revoltar-se contra os governos que elas apoiaram, ativa ou passivamente.
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domingo, 10 de novembro de 2024
sábado, 9 de novembro de 2024
TRÊS RAGAS POR RAVI SHANKAR (PARA O AMANHECER)
sexta-feira, 8 de novembro de 2024
OPUS VOL.III Nº29: DESALMADA
Caminha pela rua, bamboleia-se
Ao ritmo da música dos auscultadores
Imagina-se a deslizar numa onda,
Surfando sobre a música, quase voando
Voando pelos ares irradiando energia
Não vê nada além do sonho
O sonho sem os limites do mundo
Tudo o que tem de fazer
É mover o corpo, esse avatar
Obedecendo ao ritmo
Que se desprende incessante
Obsessivo, hipnótico
E, muito mais que isso,
Um espesso vidro, inquebrável
Vive no simulacro do corpo
Mas habitado pelo som
Em todas as moléculas
Vibra e ondeia no espaço
No interior/exterior
Da sua fantasia
Evolui em espirais
Pelo espaço-tempo
Ao ponto muito elevado
De onde observa a rua
Com a sua banalidade
E as pessoas cansadas
Ou vagarosas, distraídas
Ou pensativas, raivosas
Ou sorridentes, enfim
Se elas soubessem
Se elas acordassem
Se elas escapassem
Coitadas...
Só que nunca o fazem!
Um vulto no passeio
Avança com passos
Cadenciados gestos
Nos dedos e nas mãos
Trejeitos na boca
Oscilando a cabeça
Possuído pela música
Indiferente ao resto
Apelo internacional de 1100 escritores para boicote das editoras de Israel
Notícia de 28 de Outubro 2024, de que praticamente não se fala em Portugal e na União Europeia. Quem quiser estar informado, tem de obter informações de fontes estrangeiras, não censuradas.
Denúncia internacional do genocídio em Gaza
Apelo de mais de 1100 autores de todo o mundo.
Muitos dos signatários do apelo são autores bem conhecidos nos países ocidentais.
Eles recusam ser cúmplices pelo silêncio com as atrocidades cometidas pelo regime de Natanyahou, o contínuo genocídio da população de Gaza, a limpeza étnica dos palestinianos da Cisjordânia com vista à anexação de seus territórios, a guerra de agressão contra o Líbano.
quarta-feira, 6 de novembro de 2024
terça-feira, 5 de novembro de 2024
ESTAMOS NUMA SITUAÇÃO MUNDIAL INÉDITA; O QUE DEVEMOS SABER.
A hipótese do ouro, junto com outros metais e matérias primas associados, participar numa divisa sintética, destinada ao comércio entre os BRICS foi excluída, por enquanto.
Porém, a visão de que o ouro é realmente dinheiro, pois conserva o seu valor, mantém-se e reforça-se. A capacidade duma certa quantidade de ouro ser trocada por mercadorias, sejam alqueires de trigo ou barris de petróleo, etc. mantém-se e reforça-se.
SIGNIFICADO DA ACUMULAÇÃO DE OURO EM BANCOS CENTRAIS
Portanto, indiretamente, os países que possuírem muito ouro nos seus bancos centrais estão mais precavidos aquando de crises financeiras, que os que têm exclusivamente ou sobretudo, uma ou várias divisas de reserva (o dólar, o yen, a libra, o euro, o yuan...).
Entretanto, grandes quantidades de ouro vão sendo compradas pelos bancos centrais no mundo inteiro. Este movimento não é exclusivo de países dos BRICS, que olham com desconfiança o dólar, visto que este tem servido para fazer chantagem, permitindo que as sanções (ilegais, todas elas, face à lei internacional) decretadas pelos EUA acabam por ser adotadas por países terceiros, sob pena de retaliações e multas. Muitos bancos centrais de países do Ocidente, ou de aliados do Ocidente, têm comprado muito ouro, ultimamente.
Evidentemente, o reino do dólar está a chegar ao fim. A sua ascensão a moeda de reserva mundial deu-se no rescaldo da IIª Guerra Mundial, em que os EUA eram a única potência que tinha ficado intacta, na sua estrutura e na sua capacidade industrial. Todas as potências europeias beligerantes estavam de rastos, quer fossem do campo dos vencedores, quer fossem dos vencidos.
HAVERÁ NECESSIDADE DE DIVISA MUNDIAL DE RESERVA?
Na realidade, com o desenvolvimento da digitalização do dinheiro, as trocas entre países podem muito facilmente ser feitas usando as respetivas divisas nacionais. Isto não coloca problema a nível de trocas comerciais ou financeiras de grande volume. Também a nível de retalho, ou para viajantes ou turistas, não deveria ser problema trocar em divisas do país visitado, as divisas que transportasse o visitante.
A necessidade de «inventar» um «repositório de valor», universalmente reconhecido (é este o papel de uma divisa de reserva mundial - o dólar), não existe na verdade. Aliás, o ouro preenche muito bem essa função, caso se considere que tem de haver algo que funcione como uma reserva de valor no mundo financeiro e que seja um ativo tangível, com valor reconhecido em todos os cantos do Globo. O desenvolvimento das tecnologias informáticas e de telecomunicações veio tornar supérflua a existência de uma moeda de reserva mundial. Aliás, está claro para todos que as divisas que usamos no dia-a-dia já estão largamente digitalizadas. O papel moeda é ainda usado, mesmo nas economias mais desenvolvidas, mas em percentagem cada vez mais modesta nas atividades comerciais. Não há razão prática nenhuma para forçar a digitalização a 100% das nossas economias. Esta tentativa mascara o desejo do controlo totalitário sobre os cidadãos: Uma divisa assim, torna toda a troca envolvendo esta divisa digital completamente transparente para o banco central respetivo. Este poderá monitorizar as transações, manipular as pessoas a consumirem mais disto e menos daquilo ou mesmo, interditar certas pessoas de usarem a divisa digital.
O RESULTADO DA CRISE SERÁ IMPREVISÍVEL & IRREVERSÍVEL
Nesta época de transição para um mundo muito mais incerto, com guerras acesas que poderão alastrar, com crises económicas e financeiras que atingem o coração do sistema capitalista internacional, temos de saber como nos comportar, em relação às poupanças e aos investimentos.
O mundo capitalista está na véspera de um colapso muito maior do que o de 2008, pois desta vez, nem os governos, nem os bancos centrais, poderão salvar da bancarrota inúmeras empresas. Os próprios Estados estão sobre endividados num ponto jamais visto no passado. A guerras híbridas multiplicam-se, sendo as armas económicas e financeiras parte importante da panóplia: sanções económicas, bloqueios, tarifas alfandegárias, embargos, exclusões. Nisto, os cidadãos dos países são envolvidos contra a sua vontade: somos os danos colaterais das guerras económicas, assim como os mortos e feridos civis, o são de conflitos bélicos com mísseis e canhões.
Não dou conselhos de investimento ou outros, mas penso que há duas coisas que temos de saber:
- Triar a informação, separando-a da propaganda. Saber analisar os factos, tentando ver como se movem os grandes atores; não como eles falam, mas como agem.
- Garantir a satisfação das necessidades imediatas, mas tendo em conta a possibilidade de cenários catastróficos. Portanto, dar preferência à resiliência sobre os ganhos, por mais apetecíveis que pareçam.
O futuro coletivo depende de haver suficientes indivíduos que consigam superar a grande crise e reconstruir aquilo que foi destruído.
Por isso, estou interessado em salvaguardar a minha família e eu próprio, mas também, que o mesmo aconteça a muitas pessoas da classe trabalhadora e da classe média.
ESTRATÉGIA DE GUERRA DOS EUA CONTRA A EUROPA [Jean-Loup Izambert]
Etat profond US : une stratégie guerrière contre l'Europe - Politique & Eco avec Jean-Loup Izambert
segunda-feira, 4 de novembro de 2024
domingo, 3 de novembro de 2024
A FACE ESCONDIDA DA DÍVIDA (DOCUMENTÁRIO)
Um excelente documentário sobre o mecanismo da dívida e como acabou por capturar a economia dos Estados, empresas e pessoais.
(Falado em francês, com legendas em francês)
sábado, 2 de novembro de 2024
Nº0 «ESPECTROGRAFIAS» (APRESENTAÇÃO)
NA IDADE DOS ENTES ESPECTRAIS
Estamos na idade em que se sobrepõe, na consciência de biliões de indivíduos, a imagem, o espectro, o ícone, o símbolo, à realidade.
Assim, as pessoas estão, cada vez mais, sujeitas a uma dupla ditadura:
- A ditadura da necessidade, da dura lei da escravidão assalariada, ou da falsa liberdade do trabalhador «por conta própria». A ausência da consciência deste facto elementar, é (em si mesma) uma alienação que torna possíveis todas a outras.
- A ditadura dos espectros, ídolos reinantes no subconsciente, no nosso cérebro, que nos puxam para a conformidade ao paradigma dominante e que acabam por determinar os afetos e a vivência social.
Muitos filósofos e pensadores do século XX e do século XXI, analisaram esta mudança. Ela corresponde, na sua essência, à transformação da sociedade capitalista industrial clássica, na sociedade de consumo, ou seja, como eu prefiro chamar-lhe, na sociedade da mercantilização de tudo. Não apenas mercantilização dos objetos em mercadorias; também do tempo, do espaço, da natureza, dos corpos humanos e das mentes. Através da grelha de leitura acima e tendo em conta os factos da mutação do sistema capitalista, as ideologias revelam-se como projeções, conscientes ou inconscientes, da mercantilização universal.
Irei apresentar alguns materiais, nos próximos tempos, de pensadores que estabeleceram as bases para uma crítica radical da sociedade capitalista contemporânea, a sociedade da mercantilização generalizada.
Com a sua especial capacidade crítica, eles puderam escalpelizar o funcionamento dos media: Qual o seu papel na sociedade do espetáculo, a sua relação com a fabricação da ilusão de democracia, como se desenvolveram as formas atuais e perversas de censura, de controlo da informação e das ideias, em suma o novo totalitarismo.
Serão evocadas obras de nomes célebres, como Marshall Mcluhan, Guy Debord, Noam Chomsky, e outros.
Espero, seja uma descoberta , tanto para mim como para vós, de importantes autores e dos seus contributos, que nos poderão ajudar a «sair da matrix».
Por outras palavras: Espero que nos ajudem a nos emancipar da sociedade formatadora na qual estamos enredados.
PS: Alguns artigos sobre o tema, neste blog.
[PROPAGANDA 21] (DO Nº1 AO 22. ARTIGOS EM QUE FACTOS DE PROPAGANDA, NO SÉC. 21, SÃO POSTOS EM EVIDÊNCIA)
FALSIFICAÇÃO DO REAL ENQUANTO ESTRATÉGIA
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OS RESTANTES NÚMEROS DE «ESPECTROGRAFIAS» PODEM SER CONSULTADOS AQUI
sexta-feira, 1 de novembro de 2024
HÁ DEMASIADAS EVIDÊNCIAS DE GENOCÍDIO DOS PALESTINOS POR ISRAEL
Holocausto palestiniano, na indiferença cúmplice do «Ocidente»
Excertos de artigo de Caitlin Johnstone:
A equipa legal da África do Sul apresentou ao tribunal de Haia centenas de documentos contendo o que designa por "provas irrecusáveis" enquanto parte do processo contra o Estado de Israel sobre o genocídio em curso, com o representante em Haia da África do Sul dizendo a Al Jazeera que «o problema que temos é de que possuímos demasiadas provas»
....
O jornal Haaretz tem sido muito mais crítico das ações de Israel, que a media ocidental.
Recentemente publicou um editorial intitulado: “If It Looks Like Ethnic Cleansing, It Probably Is”. O diretor de Haaretz, Amos Schocken defende agora, publicamente, sanções internacionais contra o Estado de Israel pelo seu apartheid e sua oposição a um Estado palestino, desencadeando uma resposta irada do regime de Netanyahu.
[Ler o artigo na íntegra AQUI]
LEIA A NEWSLETTER DE CAITLIN JOHNSTONE