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terça-feira, 11 de junho de 2024

DEEPFAKE? O QUE É AFINAL?


 Sem dúvida, este grupo de jornalistas dá-nos exemplos convincentes de que já se utilizam tais instrumentos de «AI» que permitem simular os traços, a mímica, a voz e as intonações, de celebridades, incluindo as políticas. Uma pessoa «normal», com os seus afazeres e tarefas profissionais e familiares, não estará sempre prevenida e pode cair no engano.   Porém, a técnica de fabricar simulacros vai muito para além destas falsificações. O que caracteriza estas falsificações é a implausibilidade das posições tomadas, perante o historial dos personagens. 
Muito antes do presente, já o «vira-casacas» ordinário fazia a sua grande exibição, às esquinas das ruas políticas do mundo. São os próprios personagens que -de todos os tempos - se transformam em improvável versão de si próprios! Não é sempre um trabalho de «deepfake»! 
Vivemos numa época em que só ingénuos «acreditam» no que veem nos écrans (TV ou smartphone, ou outros aparelhos) sejam quais forem suas preferências políticas e ideológicas. 
O deepfake pode servir como um artifício para enganar os tolos, mas na realidade, não passa dum exercício para difamar personagens célebres, sejam elas políticas, mediáticas, artísticas, etc. 
O político, desde tempos imemoriais, é um «fake» de si próprio em muitos casos. É ele que «sinceramente» defende um ponto de vista, promete determinadas medidas, anuncia mudanças. Após ser eleito, «esquece» ou deforma suas próprias declarações da véspera, para acorrer às necessidades da política concreta, assegurando os seus doadores, os seus patrocinadores e os seus padrinhos... E esquecendo as grandes frases, as promessas eleitorais, que só são válidas até ao dia das eleições.

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