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quarta-feira, 10 de dezembro de 2025

GREVE GERAL A 11 DE DEZ. EM PORTUGAL CONTRA POLÍTICA LABORAL

 

Manifestações e concentrações estão previstas em vários pontos do país


[DO JORNAL MUDAR DE VIDA:]

Perante uma plateia de empresários da banca e do sector exportador (Millennium Portugal Exportador), o primeiro-ministro proferiu, no início de dezembro, uma discursata, tão cínica como patética, com o propósito de enaltecer as virtudes do novo pacote laboral, demonstrar a visão política do Governo e desmerecer as razões da greve geral convocada justamente contra esse mesmo pacote. Para ilustrar a bondade da sua política, lançou para o ar promessas de subida vertiginosa dos salários e de progresso económico que ninguém de bom senso (a começar pelos representantes patronais) leva a sério – como ninguém levou a sério as proverbiais promessas de bacalhau a pataco dos políticos da Primeira República.

A greve geral tem motivações políticas, como acusou Montenegro?

É claro que sim. A natureza das alterações à legislação laboral está bem identificada: um ataque às já escassas defesas dos trabalhadores e das organizações sindicais contra a arbitrariedade patronal. Se Montenegro tem toda a razão em ver na greve geral uma resposta política contra a conduta do Governo, mais razão têm os trabalhadores em ver nas propostas do Governo uma motivação política, da parte do poder e do patronato, para os reduzir a uma massa de gente sem capacidade de reacção. O sentido da greve geral é político por ser uma resposta de classe da parte dos trabalhadores a uma ofensiva igualmente de classe da parte do patronato e do governo que o serve.


CONTINUAÇÃO DO ARTIGO DO JORNAL MUDAR DE VIDA: 

https://www.jornalmudardevida.net/2025/12/09/nao-o-governo-nao-vive-numa-bolha/


ATUALIZAÇÃO: 

UMA DAS GREVES GERAIS MAIS PARTICIPADAS, MAIS DE 3 MILHÕES DE TRABALHADORES PARALIZARAM NO DIA 11.

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