...Quando surgiu como um furacão nos Estados Unidos, este fenómeno não me impactou, porque era um menino e vivia num país afogado em censura, hipocrisia e convencionalismo. Tudo o que fosse ou se assemelhasse a rebelião, mesmo que apenas em canção, era banido da rádio. A rádio era o meu veículo de contacto com a música rock e pop, que estava operando uma «revolução sonora» e também comportamental, nos adolescentes da época.
Mas, o facto é que a fama de Elvis Presley era tão grande, que derrubava muitas barreiras. Eu, por volta dos dez anos, preferia os Beatles e os Rolling Stones, mas não deixava de prestar ouvido atento a Elvis Presley.
Ele era, não apenas idolatrado, como incendiava os corações das moças. O seu reportório de canções românticas, sobretudo, derretia as meninas adolescentes, mais do que as canções de rock endiabrado e irónico, que também eram a sua marca.
No decurso da minha adolescência, Elvis Presley já se transformara, perdendo muito do impacto inicial, mas isso não é surpreendente, é mesmo a norma, nas carreiras da maior parte dos ídolos. No entanto, a memória de Elvis perdurou, muito para além da sua vida.
Não há muitos outros, no rock e pop, que conservam na minha memória a frescura que Elvis transmite.
Hoje, decidi seleccionar algo que é, por definição, subjectivo escolhendo apenas 12 canções de que gosto. Nem todas são grandes sucessos comerciais. Cada pessoa terá a sua lista própria de canções preferidas.
Consulta aqui a playlist Elvis Presley

https://youtu.be/eTaldCMxFAM?si=BHnYDbBwNSt32FQc
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