https://www.zerohedge.com/commodities/europe-drowns-wine-eu-adopts-crisis-measures-rescue-producers
Em vários países europeus, o vinho estava mais ligado ao mercado externo do que ao consumo interno. O agravamento da crise reflete-se nos diversos países, no chamado consumo de luxo. Mesmo o vinho de média qualidade é considerado como luxo em países não tradicionalmente produtores, por exemplo os da Europa do Norte, da América do Norte e muitos países Africanos e Asiáticos. O mercado está saturado porque este produto tem tido uma expansão contínua desde há décadas, ora, apesar de novos países se abrirem ao consumo do vinho, uma expansão do mercado não pode durar sempre. Tem de vir um momento de contração.
No caso do vinho, essa contração coincide com a provocada pela inflação mundial, assim como as piores previsões económicas, relativas a países afluentes e que eram tradicionalmente consumidores de vinho dos países do Sul da União Europeia, como a Alemanha ou o Reino Unido.
Ao nível nacional, os portugueses têm diminuído o consumo de vinho, o que tem causas múltiplas, entre elas o acentuar da inflação (que toca mais os produtos não-essenciais), a diminuição do poder de compra das classes menos favorecidas e da classe média, a evolução do consumo das camadas mais jovens que se têm desviado para o consumo das cervejas (nomeadamente, as «artesanais») e para os álcoois fortes, ingredientes de cocktails ou «shots», muito em voga.
Dá-se a situação de retração simultânea nos mercados interno e internacional, em especial, para os países menos afortunados da UE, mas também em países beneficiando (ainda) de confortável nível de vida.
As marcas de vinho deveriam ter visto esta crise chegar, mas - pelo menos em Portugal - insistiram em subir constantemente o preço dos vinhos nos supermercados, ao ponto de que, vinhos correntes passaram a ser algo que muitos agora consomem apenas em ocasiões especiais. O setor vinícola, além de fundamental economicamente em várias zonas agrícolas do país, era também enorme fonte de divisas, não apenas na exportação, como no consumo dos turistas dentro de Portugal.
As zonas do Sul da Europa já são as principais vítimas económicas do cerco contra a Rússia, mesmo antes do inicio da guerra imposta pelos belicistas da OTAN, assim como pelos globalistas:
- Estes, não se importam com a sobrevivência económica dos mais fracos, preferindo até que haja muito desemprego, para manter as populações debaixo do jugo da necessidade.
Estas populações serão «beneficiárias» do «Rendimento Mínimo Universal», em conjugação com a introdução das «Divisas Digitais dos Bancos Centrais».
Tudo corre às mil maravilhas para os globalistas: Podem fazer «à saúde», erguendo os copos, cheios dos vinhos mais caros do mercado!
https://manuelbaneteleproprio.blogspot.com/2020/07/em-defesa-da-agricultura-e-economia.html
ResponderEliminarA minha análise alargada do setor agrícola em Portugal.