Charlot,
por
todo o tempo
que
o Homem for capaz de contar
“ Não queremos odiar,
Não queremos o desprezo de uns pelos outros”.
O teu discurso ouvi-o até me entranhar.
Ficou meu.
E se não sei dizê-lo como tu,
Posso ouvi-lo por ti gravado
E lê-lo, está em papel publicado.
É meu, é de todos os que o percebem,
E também dos que o desentendem,
Todos o precisam,
Os que vivem e hão-de viver,
Enquanto houver Mundos
Capazes de nos acolher.
Meu Charlot de calças lassas,
Artista maior do século que viveste,
Para ficares por todo o tempo
Que o Homem for capaz de contar !
Crente absoluto no Homem !
“ Vamos lutar por um mundo de razão,
Um mundo onde a ciência e o progresso
Dêem a todos a felicidade”,
Disseste-nos em “O Grande Ditador”,
Quando o Nazi-Fascismo
Começava brutal guerra total,
A pregar ódio novo e vária dor.
Assim soubeste, assim denunciaste,
E ninguém, capaz de ouvir e ver “O Grande Ditador”,
Ia esquecer o teu modo de o fazer.
Se o pensámos morto ou dominado,
Aí está ele, a falar de novo, o Nazi-Fascismo,
Por vozes diferentes das anteriores, tonitruantes.
Agora, as disponíveis são de outros timbres,
Conforme o local, os ouvintes e demais farsantes,
De doutrina não autoras (pois já está escrita).
De novo,
“Em nome da democracia, unamo-nos todos”.
Como pediste, meu Charlot eterno,
O rosto explícito,
A palavra dita ou sugerida,
Os gestos justos, as calças lassas,
O chapéu a saudar todos e cada um,
Por o Mundo ser de todos e de cada um.
(MaximianoGonçalves)
A notícia seguinte, mostra a «banalidade do mal» e esta banalidade é tornada possível pela indiferença. É a indiferença que permite que o mal continue a exercer-se sobre vítimas inocentes como o rapazinho de dois anos... Leia o artigo:
ResponderEliminarhttps://www.unz.com/pgiraldi/israeli-soldiers-shoot-dead -palestinian-two-year-old/