Aqui, uma das músicas que nos encheram o espírito e o coração, nos idos anos sessenta do século passado. Ou foi há vinte séculos???
Elas estão mais esquecidas porque raramente são evocadas ou retomadas, ao contrário das produções do showbiz, a máquina do espetáculo. Não é por acaso que existe - vemos à nossa volta, agora mesmo - uma sociedade sem memória coletiva, sem conhecimento da história, descerebrada.
Infelizmente, eu terei de ser um desertor, se isto continua a ir de mal para pior. Demasiados sinais vão nesse sentido.
Não compreendo bem como as pessoas se deixam tomar pela paixão a favor da guerra, mas penso que esteja relacionado com a manipulação dos instintos profundos de sobrevivência, do medo da morte e de serem ostracizadas. Poucos são os homens e mulheres que têm a coragem (sim, hoje em dia é precisa) de pensarem por si próprios/as e, igualmente, de serem coerentes consigo próprios/as.
Apesar do meu ceticismo, apelo ao bom-senso, à humanidade, ao sentido de responsabilidade de todos/as que me leem:
Não vamos, intencionalmente ou não, assoprar os ventos da guerra. Agora, do lado dos poderes, há um desencadear de furacões e tornados.
Se queres a paz, trabalha pela paz!
Uma paz dentro de ti, com os outros, com aqueles/as com quem te sentes em dissonância, especialmente.
Este Mundo é para ser partilhado por todo o género humano, por todas as culturas e países.
A guerra, seja a que nível for, é sempre uma má solução; ou melhor, não é realmente uma solução.
Tudo o que deixa, é desespero, destruição, amargor e desejo de vingança, nos que a sofrem. Em geral, sofrem muito também os que não têm um mínimo de participação na loucura coletiva.
O meu coração não pode ter sentimentos antagónicos contra os povos, sejam eles quais forem... Os povos ucraniano, russo, da União Europeia, britânico, dos EUA... Não tenho nada contra eles (e os restantes)!
Mas, tenho contra os dirigentes, os líderes que, ao longo de décadas, nos têm coletivamente levado para o abismo, passo ante passo, falhando redondamente na promessa (explícita ou implícita) de criar condições de segurança coletiva, para as nossas sociedades, para o Mundo.
O que parece extremo, de minha parte, não o é, afinal. Sempre foi a mensagem do humanismo, da filosofia, da espiritualidade. Se procurarem, verão que temos exemplos claros disso, no presente e nas tradições dos diversos países, que estão agora tão apartados.
Neste contexto, é preciso evitar o mal que consiste em diabolizar o outro, em colocá-lo (explícita ou implicitamente) num plano de «não humano».
A propaganda apoderou-se da media, sobretudo a media com meios mais poderosos de difusão. Em simultâneo, são censuradas informações e opiniões, que se afastem da ortodoxia ditada pelos poderes, nesta Guerra Global em que nos encontramos mergulhados. Estes mecanismos acabam por anular qualquer réstia de liberdade. Eles tendem a extravasar para aquelas áreas e assuntos que os poderes decidam que são «tabu». Porque, sem liberdade de informação e de opinião, não se pode manter nenhuma liberdade verdadeira.
Será que a humanidade se vai deixar levar - mais uma vez - ao matadouro? Desta vez, seria a vez definitiva; se houver vida, não haverá nada que valha a pena viver, no seguimento duma guerra nuclear. Note-se que é impossível haver uma guerra nuclear limitada. Nas circunstâncias atuais, há a certeza de que um primeiro golpe nuclear, por um dos adversários, não vai impedir que o outro conserve várias possibilidades de contra-ataque nuclear.
Mesmo que não houvesse uma tal riposta, o «inverno nuclear», isto é, o arrefecimento brusco do clima e a diminuição duradoira da fotossíntese, devido às partículas de poeira radiativa em suspensão depois das explosões, causaria o definhar lento, horrível e definitivo da espécie humana.
Querem isso ... Ou preferem acordar da ilusão e do condicionamento e agir responsavelmente, como humanos?
Le Déserteur
Le déserteur
A guerra das sanções económicas e a guerra da propaganda/informação, pelo «Ocidente» intensificaram-se numa espiral paralela ao aumento de controlo do exército russo sobre partes importantes do trritório ucraniano.
ResponderEliminarAs tentativas de desencadear uma guerra de guerrilha, «como se fosse o Afeganistão de Putin» vão apenas causar maior sofrimento, mais baixas civis e nenhuma saída para o povo ucraniano. Mas os americanos não se importam; estão decididos a combater a Rússia, até ao último soldado e civil ucraniano...
A paz é a única saída. Cessar-fogo; diplomacia; retirada das tropas russas do território ucraniano e garantias de não instalação de rampas de mísseis na Ucrânia; a entrada da Ucrânia na NATO deve ser cancelada definitivamente e não meramente adiada.
Pepe Escobar explica como a guerra com bombas está correlacionada com a guerra económica. Um artigo a não perder:
ResponderEliminarhttp://thesaker.is/follow-the-money-how-russia-will-bypass-western-economic-warfare/
https://www.globalresearch.ca/thoughts-endgame-ukraine/5772305
ResponderEliminarTony Kevin é um diplomata australiano reformado, que se encontrava na Rússia em visita, aquando do início da invasão. A imagem que ele dá da situação é muito mais precisa e contrasta com a propaganda enviesada das agências ocidentais de propaganda(de notícias?) que supostamente estariam no terreno.
https://consortiumnews.com/2022/02/27/putins-nuclear-threat/
ResponderEliminarScott Ritter mostra como a propaganda desenfreada, histérica, de demonização de Putin e da Rússia, levada a cabo pela media e governos ocidentias pode ter consequências muito gravas.
Paul Craig Roberts põe em relevo a raiva, a impotência e estupidez dos dirigentes «natistas»: o caso mais gritnte é de Ursula Von der Leyen. Leia: https://www.paulcraigroberts.org/2022/03/01/ukraine-update-3/
ResponderEliminarVeja; um general americano diz a verdade sobre a Ucrânia e Rúsia: https://rumble.com/vw8ds7-col.-macgregor-keeps-it-real-on-fox-news.-china-ready-to-mediate-settlement.html?mref=6zof&mc=dgip3&utm_source=newsletter&utm_medium=email&utm_campaign=The+Duran&ep=2
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