Espontâneo, instintivo, o que desmascara o sorriso?
Desmascara o ser por detrás da máscara,
Com ou sem ela, tanto faz;
Estou satisfeito pelo contacto humano que revelas
Não te conhecia há instantes
Agora, levo-te comigo
Desconhecido velhote,
Ou desconhecida empregada de balcão,
Desconhecido miúdo de sacola às costas,
Ou senhora anónima passeando o cão.
Afinal, não estou sozinho, no mundo; há pessoas
Que sorriem, que devolvem os meus sorrisos.
São pessoas, não são robots, são pessoas sensíveis
Ao contrário de tecnocratas e sociopatas, embora
Estes também sejam homens e mulheres
Que também foram menino ou menina,
Completamente inocente.
O que lhes terão feito para serem soldados
No exército devorador das nossas vidas?
Assim vai o mundo. Mas só, isolado, eu não estou!
Desafio as pessoas a sorrirem-me, a falarem-me,
Convido-as a não terem medo umas das outras.
Querem um antídoto para o vírus mortífero
Da estupidez?
Aqui têm: Sorrir...
Sentirmos que somos humanos,
Que a simpatia para connosco
E de nós para com os outros
Nos faz viver e ter esperança.
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Dama com arminho, por Leonardo da Vinci
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