PÁGINAS SOBRE MÚSICA

quarta-feira, 4 de março de 2020

CONSEQUÊNCIAS ECONÓMICAS DA PRESENTE SITUAÇÃO



Como referido noutros artigos deste blog, as causas profundas da crise têm sido ocultadas pela media, que se compraz em chamar a epidemia do coronavírus à responsabilidade pelo colapso de todo o sistema financeiro. Sabemos que o coronavírus foi o alfinete que perfurou a bolha monstruosa de todos os activos, que foi crescendo ao longo de uma década. 

Em termos económicos, o ponto crítico é de que as pessoas são convidadas a ficar em casa, a trabalhar a partir de casa, etc, o que significa a paralisia: isto passa-se nos EUA com o maior banco mundial JP Morgan; há vários Estados que convidam os funcionários públicos a ficar em casa, as escolas apenas leccionarem os cursos on-line, etc. A redução das actividades, a um nível generalizado, origina um colapso simultâneo da oferta e da procura de bens e serviços.

No plano dos activos financeiros, o colapso das obrigações soberanas já atingiu ou ultrapassou o nível de 2008, segundo Mike Maloney
Vai haver uma série de «bail out» e «bail in» na banca. O «bail in» é um resgate «interno», feito com a «cooperação» forçada dos depositantes, o que significa que estes vão perder uma parte do dinheiro que têm depositado nas suas contas.  
A moeda vai ser desvalorizada pela impressão frenética de divisas, em todos os países: isto vai propulsionar a hiper-inflação. 
Os Estados estão já numa situação de défice*, mas o PIB vai (está a) descer bruscamente, simultaneamente com o aumento da dívida dos Estados. 
Vai haver uma explosão do défice dos Estados.
[*Já é bem mais grave que os números oficiais, pois maquilham  o PIB com falsas estimativas da inflação]

            
 Gráfico da evolução do índice de preços (a roxo) e receitas de impostos dos EUA (a verde)

O gráfico acima é assustador, porque esta tendência de divergência, entre índices de preços e receitas estatais, vai acentuar-se e não só nos EUA, como em todos os países.
O único instrumento que o FED e os outros bancos centrais possuem, neste contexto, é a redução da taxa de juro. Supostamente, esta redução estimularia a economia. 
Esta redução foi de 0.5%, a 3 de Março, mas a reacção dos mercados (por exemplo, o índice DJ Dow Jones da bolsa de Nova Iorque) mostra que este «estímulo» já não tem praticamente nenhum efeito. 
O Dow Jones subiu momentaneamente um pouco, aquando do anúncio da redução dos juros, mas logo inverteu a tendência e continuou a descida.
As pessoas, entidades, media que têm menorizado, ao nível do seu discurso, a gravidade da presente crise (simultaneamente de natureza monetária, económica e financeira), ou são inconscientes ou são cúmplices da oligarquia. Com efeito, a «ratoeira» está a fechar-se para os assalariados, os pensionistas, os pequenos e médios empresários...

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PS1 : Actualização
A conversa aqui em baixo publicada (06/03/2020) confirma e reforça os pontos principais do artigo
https://www.youtube.com/watch?v=QJ6emj4C8lE

PS2: Actualização: deflação + inflação
O colapso dos activos financeiros de toda a espécie (acções, obrigações, derivados) corresponde a um choque deflacionário. Entretanto, nos mercados de produtos «tangíveis», assiste-se a uma progressiva paralisia nas cadeias de fornecimento, quer de produtos acabados, quer intermédios. Na eventualidade provável de rupturas de abastecimento de produtos essenciais, vamos assistir a uma corrida para os armazenar, antes que desapareçam das prateleiras dos supermercados. Vai haver inflação causada pela escassez de produtos, real ou fabricada.

PS3: Actualização: militarização da economia
Sob pretexto de proteger a sociedade de um vírus, impõe-se uma espécie de estado de sítio. Impõe-se uma paralisia praticamente total da economia, obrigando as pessoas a depender a 100% do Estado e do governo. As coisas não irão reverter ao «status quo ante», mas evoluir para um globalismo totalitário «light». Nem as liberdades, nem o exercício dos direitos cívicos existem, neste momento, por vontade da casta dirigente. Durante quanto tempo?

5 comentários:

  1. Peter Schiff também exprime o que eu já dissera (no artigo, acima):
    https://www.silverdoctors.com/headlines/world-news/peter-schiff-people-dont-understand-how-high-the-gold-price-will-go-or-the-box-the-fed-is-in/

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  2. Em consequência do corte da taxa de juro, a crise do «repo» (mercado do muito curto prazo) continua, não tem cura!
    https://www.youtube.com/watch?v=HkFcaxm_AFo

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  3. Tyler Durden, de Zero Hedge, faz o relato dos dias alucinantes na bolsa de Nova Iorque, nestas últimas semanas.
    https://www.zerohedge.com/markets/we-have-never-seen-last-time-market-did-fdr-confiscated-all-gold

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  4. veja este vídeo muito esclarecedor!
    https://www.youtube.com/watch?v=xE6aKTziunE

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  5. Lynette Zang analisa o «grande reset» e explica tudo de maneira pedagógica: https://www.youtube.com/watch?v=9U6YerIKffo

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Todos os comentários são bem vindos que vierem por bem