O interessante site «Off-Guardian» contém um artigo recente, que nos esclarece sobre o que tem sido a atribuição dos prémios Nobel, em espacial os Nobel da Paz.
Ver aqui, em inglês: The Nobel Peace Prize is a Sick Joke
Não irei aqui referir em pormenor tudo o que o artigo contém, mas assinalo que ele mostra, com exemplos, até que ponto as escolhas são função de elementos de popularidade mediática, na época em que foram atribuídos e não propriamente pela coragem e rectidão dos personagens quanto à defesa da paz e dos direitos humanos.
Se existem ilustres casos de valentes combatentes pela paz, como Martin Luther King Jr., que pagou com a vida pela sua coragem, também existe o reverso... como Barack Obama, a quem foi concedido um Nobel, apenas com base num discurso (do Cairo) cheio de boas intenções, que depois, na prática, se traduziram pela maior escalada belicista dos EUA.
Com efeito, o super-imperialismo dos EUA atingiu novo patamar com a presidência de Obama:
- lembrem-se dos assassinatos com drones (muitas pessoas inocentes foram vítimas desses drones assassinos);
- da promessa não cumprida de fechar Guantamano;
- da dissidência de Al Quaida, que veio a designar-se por «Califato do Levante» ou ISIS, uma criação da CIA e das monarquias do Quatar, Arábia Saudita e outros, destinada a derrotar o regime Sírio, etc.
Tudo isto são alguns dos actos pela paz (sic!) de Obama, durante a sua presidência.
Outro receptor americano do prémio Nobel da Paz, foi Henry Kissinger, o autor da política de genocídio em relação às populações flageladas pela guerra do Vietname, que também atingiu o Laos e o Cambodja... e que ainda mexe muitos cordelinhos.
Mais recentemente, foi atribuído o Nobel da Paz a Aun Suu Kyi que deu plena cobertura à perseguição impiedosa/genocídio, pelos militares e pelos budistas de Myanmar, contra a etnia muçulmana Rohingya, acusada colectivamente de pertencer à «Al Quaida».
Para terminar, lembro que Julian Assange tem sido proposto ao prémio Nobel, em vão.
Não conheço muitos casos de coragem e sacrifício em prol da paz e dos direitos humanos, que se possam colocar em pé de igualdade com o iniciador de Wikileaks.
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