Um grupo de pessoas reunidas durante o evento sobre o anti-militarismo que
aconteceu no passado sábado dia 26 na Fábrica de Alternativas tomou a
iniciativa de criação de um Observatório das guerras e do Militarismo
com o objectivo da promoção da Paz.
Somos
um grupo de cidadãos/ãs, que tem vindo a trabalhar na construção de um
autêntico movimento pela paz.
Não nos
consideramos a nós próprios/as, nem a ninguém, com
um direito especial para falar da paz, ou do pacifismo, ou da
militância contra a guerra e o militarismo.
Sabemos
que existem, na sociedade, diversos conceitos e formas de estar em relação a
estes assuntos. Trata-se de construir forças e não de separar.
O
objectivo imediato do Observatório é o de fornecer – de maneira regular –
informação fidedigna, verificada pelo colectivo, que permita um fácil acesso à
informação sobre estas questões da guerra e da paz.
É nesta perspectiva que
criámos e que estamos sempre melhorando o nosso sítio Internet e todos os
instrumentos de comunicação que usamos ou viermos a usar.
A nossa concepção de um grupo desta natureza é de que as pessoas individuais,
membros do nosso colectivo, têm todo o direito a terem as suas opções próprias,
nos planos político e ideológico, em particular, desde que compatíveis com uma
cultura de paz.
A base
de acordo do nosso colectivo assenta nos pontos seguintes:
– A
convicção profunda de que não há boas «soluções» armadas, ou seja, que estas
não são solução nenhuma para os conflitos, quer entre Estados, ou dentro de um
mesmo Estado (guerra civil)
– A
convicção profunda de que um desarmamento das diversas potências mundiais ou
regionais e alianças respectivas, é importante e urgente; que merece a
mobilização dos povos para pressionar os governos e outros órgãos de soberania
nesse sentido.
–
Desejamos o diálogo com todas as pessoas; também com aquelas cuja opinião é
sensivelmente diferente da nossa, pois a paz constrói-se no respeito de
todos.
– O
Observatório tem como vectores principais de actividades:
a) dar
informação objectiva sobre as guerras em curso (ou passadas),
b) dar
informação sobre questões geo-estratégicas e não somente militares,
c)
acolher opiniões de pessoas ou entidades sobre estas temáticas,
d)
animar e participar em debates em torno destas questões, quer pelo nosso
colectivo, quer por entidades que se proponham fazê-lo.
Os
membros deste colectivo podem participar noutras estruturas e organizações.
Eles/elas só são obrigados/as a respeitar os acordos estabelecidos e
voluntariamente aceites no interior deste colectivo.
A adesão ao colectivo é
inteiramente livre e voluntária. A adesão de novos membros, bem como todas as
outras questões da actividade do colectivo são examinadas e as decisões tomadas
conjuntamente pelos seus membros, segundo os métodos da democracia directa.
Quaisquer pontos que se considerem de futuro, serão acrescentados e
incorporados a esta base de acordo, pelos membros.
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