O termo «partita» é intercambiável com o de «suite». Agrupa uma série de danças estilizadas, usando a mesma tonalidade e, por vezes, recorrendo a temas semelhantes nas diversas danças.
Bach escreveu peças introdutórias às partitas, de estilo livre, que nomeou «Preambulum, Sinfonia, Fantasia, Ouverture e Toccata» o que, na minha opinião, são termos praticamente sinónimos, apenas com algumas particularidades de diversas escolas nacionais.
As danças Allemande, Courante e Sarabande estão presentes em todas as seis, sendo o Menuet e a Gigue, muito frequentes também.
Todas estas danças estilizadas têm um número fixo de compassos.
Possuem duas partes, sendo frequente a segunda iniciar-se na dominante do tom principal, para depois terminar na tónica.
O compasso binário, ternário, quaternário ou composto, é também típico de cada dança estilizada.
Além disso, as danças de andamento lento, como a Sarabande, costumam estar presentes no meio da sequência, enquanto as de andamento vivo, como a Gigue, estão no final da suite ou partita.
Estas partitas para tecla fazem parte de um caderno de Clavierübung, um dos raros exemplos de música publicada durante a vida de Bach e sob supervisão do mestre. Os vários cadernos que constituem o «Clavierübung» ilustram os estilos de escrita para clavicórdio, cravo ou órgão e têm claros intuitos pedagógicos.
Conheço bem, porque estudei e executei ao clavicórdio, a partita Nº6. A meu ver, esta é, do conjunto de seis, a que soa melhor neste instrumento.
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