Comento algumas tabelas e gráficos, abaixo, que ilustram o artigo de Egon Von Greyerz
A tabela abaixo faz o historial dos balanços entre as colectas de impostos e os défices federais, desde 1981. Note-se o comportamento exponencial dos défices, enquanto as receitas têm um crescimento linear modesto, no melhor dos casos.
A dívida federal vai-se acumulando de maneira insustentável. Tenha-se em conta o facto de que a dívida tem sido colmatada com empréstimos obrigacionistas, as «treasuries», sendo que estas obrigações soberanas recebem juros, os quais são inscritos no orçamento federal. Em pouco tempo, o montante dos juros será superior às receitas dos impostos.
Von Greyerz vê como provável que a dívida atinja o valor de 40 triliões de dólares, em 2025.
Costuma-se apontar as mazelas europeias, mas a imposição dos programas de austeridade da União Europeia e a política do Banco Central Europeu estão a anular os défices, estão a conseguir controlar as contas públicas (apesar da Grécia, de Espanha, de Itália)
... Por contraste, o défice dos EUA vai-se acentuando, sendo notória, no gráfico seguinte, a divergência entre os EUA e a UE.
Claro, existe o Deutsche Bank, um banco privado alemão, com uma internacionalização tal que faz dele o maior banco europeu e um dos maiores bancos mundiais: tudo indica que, ao mínimo abanão no sistema, o DB irá dar um grande trambolhão.
Abaixo, a evolução do valor das acções do DB, em sobreposição com a evolução do Lehman.
Não existe nenhum pedaço «saudável» na economia de casino ocidental... O colapso do DB será ressentido em todo o mundo como o de um «novo Lehman Brothers», com efeitos em todo o sistema financeiro mundial.
É impossível fazer o «bail in» ou «bail out» («resgate interno» ou «resgate externo») de um monstro deste tamanho. Tem activos com dimensão equivalente a 50% do PIB alemão e uma carteira de derivados de 14 vezes o mesmo PIB!
Leiam os detalhes no artigo de von Greyerz aqui. Ele pensa que estamos posicionados para uma híperinflação do tipo da República de Weimar (1923)
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