PÁGINAS SOBRE MÚSICA

domingo, 12 de março de 2017

HISTERIA, EM VEZ DE RAZÃO


Vem este título a propósito do mantra «Vêm aí os russos», dum establishment inseguro, acossado, desmascarado por sucessivas revelações de whistleblowers.


O artigo de Gregory Clark no «Japan Times» coloca as coisas no seu devido pé, relatando as suas experiências de diplomata, em ambos os lados da então «Cortina de Ferro».

Parece-me que as pessoas com inteligência e sensatez, em qualquer parte do mundo chamado «Ocidental» ou seja, sob a órbita dos USA, estão a ser submersas por uma onda de «opinadores» que apenas opinam mas não demonstram, apresentam opiniões como se fossem factos, reforçam medos e rancores ancestrais, enfim são instrumentos de propaganda. Mas como lutar contra isso? Será possível fazer programas nas escolas para que as crianças e adolescentes não se deixem seduzir pelas diversas propagandas? Será possível, mas só num tipo de ensino cooperativo, não pilotado por qualquer poder central. A mesma questão se coloca em relação a meios de comunicação de massa: será possível que as redacções tenham uma ética de responsabilidade e não amplifiquem os boatos e os desmascarem, mesmo quando são oriundos do poder?
A onda de histeria tem sido insuflada por ONGs e grupos militantes discretamente subsidiados por pessoas como George Soros,  os Rothchild, os Rockfeller, os quais tentam fazer avançar a sua agenda de uma Ordem Nova Mundial (NWO New World Order). Vendo que seus planos estão a ser postos em causa, pelo que chamam de «populismo», apressam-se a demonizá-lo por todos os meios. Porém, com isso estão tecendo a corda que os irá enforcar a todos.

Os analistas e jornalistas com um mínimo de sensatez e bom senso, nos mais diversos pontos do globo são menos do que os que se entusiasmam e pretendem entusiasmar o público com a hipérbole, o catastrofismo, a retórica oca. No universo das «notícias», a maior parte das mesmas é apenas lixo informativo, servido para saciar o público sempre ávido de «uma olhadela através do buraco da fechadura». É assim que vejo a imprensa de escândalos, de boatos envolvendo celebridades… 
Este lixo informativo é eficaz, como mostra a indiferença com que foram recebidas as revelações de Wikileaks, sobre as actividades ilegais da CIA («Vault 7»): não têm um efeito imediato de indignação e repúdio, junto da opinião pública.  

Estas revelações mostram até que ponto todas as pessoas, em todo o mundo, incluindo dentro dos EUA, estão a ser alvo de espionagem permanente e têm fragilidades embutidas no seu hardware e software que tornam os seus computadores, iphones, televisores,  em instrumentos de vigilância contra eles próprios. 
Igualmente, demonstra a enorme manipulação da informação por uma parte do «Estado Profundo». Agora, fica claro que foi a partir de dentro do próprio aparelho de segurança dos EUA que foi fabricada a suposta piratagem das eleições americanas «pelos russos». 
Ninguém conhecedor das informações tornadas públicas pode ter dúvidas quanto à enorme ampliação do «Estado de vigilância global» que atingiu o seu paroxismo durante a presidência Obama.

Mas a ignorância, o preconceito, o enviesamento são persistentes; tanto mais persistentes quanto as pessoas são «levadas ao curral» pelo medo. 
Este medo é constantemente insuflado e mantido, sempre que necessário, com ataques de falsa bandeira, montando operações supostamente atribuídas a «terroristas», mas - na realidade- originadas e insufladas por serviços secretos, por polícias, por instrumentos ao serviço do poder.




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