Os
supostos tratados de «comércio livre», quer se chamem CETA, (entre a EU e o
Canadá), ou TTIP (entre a Europa e EUA), etc. são apenas pára-ventos para avanço do programa ou agenda globalista.
Primeiro,
é necessário compreender que esta agenda globalista existe, que não é «teoria»
de conspiração nenhuma, até mesmo as pessoas mais ingénuas não podem deixar de
a reconhecer nos discursos oficiais de chefes de estado e de governo, ou
entidades das grandes organizações. Eles argumentam que se trata dum paradigma essencial
ao mundo contemporâneo. Se não aceitamos a «globalização», somos como «homens
das cavernas»!
Não,
não é assim, pois a globalização que nos vendem como inevitabilidade,
significa simplesmente a forma de garantir os lucros das transnacionais, do
capital financeiro, dos multibilionários, que dominam sectores industriais e
países inteiros.
A
legislação dos países é considerada um obstáculo para os globalistas porque
coloca – explícito ou implícito - o princípio da soberania nacional.
Isso
é intolerável para as entidades transnacionais, que desejam ver assegurados
seus lucros, seja qual for a situação do país em causa. A legislação de muitos
países possui cláusulas que previnem que os interesses materiais sejam
sobrepostos à própria vida das pessoas, seja ela directamente, seja
indirectamente, com legislações que protegem as condições de trabalho, o ambiente,
a saúde pública, etc.
Sob
a capa de modernidade, esta ideologia globalista quer anular o princípio da
soberania nacional. Porém, este é absolutamente vital para a preservação dos
direitos e garantias dos cidadãos nos diversos países. Argumenta-se que, mesmo
assim, os direitos desses cidadãos estão a ser espezinhados, pelos
próprios governos, em muitos casos. Pergunta-se: se essas frágeis garantias que
estão na lei forem retiradas ou anuladas, acham que as coisas melhorarão ou
piorarão?
Acontece
que a esquerda estúpida não percebe. Existe uma esquerda inteligente que percebe,
mas ela é minoritária dentro da própria esquerda. A esquerda estúpida é
capaz de glorificar as «lutas de libertação nacional» e simultaneamente
desprezar, quando não até designar como «extrema-direita», a luta pela preservação
da soberania nacional… Por causa da esquerda estúpida, a extrema-direita tem
tomado conta do assunto e tem arrastado consigo muita gente.
Existem muitos cidadãos que se apercebem das coisas apenas até um certo ponto, porém, eles não são totalmente responsáveis pela sua incultura política. Com efeito, muitos dos
que tinham a obrigação de esclarecê-los ainda os tornam mais confusos.
O
globalismo é uma ideologia perniciosa, que nada tem que ver com o
internacionalismo; é uma ideologia que corresponde ao projecto de uma Nova
Ordem Global, a um Superestado planetário, com um governo único, uma moeda
única, umas forças armadas únicas. Ou seja, é exactamente o «sonho molhado» de
Hitler, Mussolini e todos os nazi e fascistas a eles associados.
O globalismo
não é fruto do liberalismo, mas do fascismo; se querem designar a ideologia da casta
dominante, não a designem como «neoliberal», porque de liberal não tem nada!
Chamem-na antes de neofascista.
O fascismo define-se como a fusão do Estado e das
corporações: isto quer dizer que tudo, toda a sociedade está «dentro» do Estado
e que o Estado tem o direito e mesmo a obrigação de se imiscuir em todos os aspectos da sociedade;
em suma, estamos muito próximos da realização da sociedade do Big Brother, profetizada por
Orwell e outros.
É
triste que uma parte da esquerda tenha sido neutralizada, arregimentada e
manipulada, ao ponto de servir como instrumento do globalismo.
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