Mostrar mensagens com a etiqueta violência. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta violência. Mostrar todas as mensagens

sábado, 25 de novembro de 2023

ALGUMAS PALAVRAS SOBRE VIOLÊNCIA


- Relações de parentesco e relações "contratuais"

Estas relações existem ambas, em todas as sociedades. A estrutura profunda de qualquer sociedade envolve os dois tipos de relações enunciadas. As figurações simbólicas e discursos de influência, de poder, que emanam de uma dada sociedade irão enfatizar uma modalidade de relações ou outra.
Num contexto de guerra, ou de perigo de confronto generalizado, o apelo à relação de parentesco (pátria, clã, tribo, família) sobressai no discurso público, seja nos líderes ocupando a chefia do Estado, seja nos da oposição.
Politicamente e em termos de retórica é "NÓS contra ELES". Vemos isso constantemente agora. Note-se que o tom de intoxicação sectária foi subindo, desde que se tornou patente a falência geral do Ocidente, causada pelas oligarquias (Março 2020).
Esta falência foi ocultada aos cidadãos dos vários países, utilizando técnicas de propaganda e de condicionamento, com a participação ativa da mídia corporativa. Mas, os dirigentes estavam ao corrente; eles estavam plenamente conscientes dessa falência. Têm conselheiros - pagos generosamente e cuja fidelidade está garantida - que os avisaram. Estes, possuem acesso total a informações e dados que lhes permitem fazer uma avaliação qualitativamente melhor do estado do sistema, do que os seus críticos: Por mais inteligentes que sejam, estes últimos não possuem os dados necessários para "reconstituir o puzzle", obviamente.
Além disso, as pessoas, quer sejam muito ignorantes ou muito cultas, tendem a valorar as opiniões e análises que ouvem ou leem, se o indivíduo que as faz estiver mais próximo da ideologia delas. O discurso político tende a ser apaixonado, excessivo, porque cada uma das partes "precisa" de vincar (tornar claro para a audiência) o seu posicionamento.
Os indivíduos, na sociedade ancestral, estavam inteiramente dependentes da família genética, da família alargada, dos vizinhos e dos habitantes da aldeia, para tudo o que era importante na sua vida. Estavam mergulhados no grupo a que pertenciam; o apoio do grupo era fundamental.
Nos últimos cinquenta anos, com o advento da sociedade industrial avançada, os relacionamentos mais próximos dos indivíduos deixaram de ser, em muitos casos, os tradicionais laços de parentesco e de clã. Os indivíduos passaram a movimentar-se "sem uma rede", sem o apoio (e o constrangimento) do grupo de origem, que tiveram, nas sociedades pré industriais.
As relações contratuais, formais ou informais, passaram a ter cada vez maior peso na vida concreta dos indivíduos. Assim, são ligações contratuais: o emprego, a cidadania, a inscrição na Segurança Social etc. Note-se que são «contratos desiguais», porque os indivíduos não podem negociar os seus termos. Por outro lado, a pertença a uma "tribo imaginária" como um clube desportivo, um partido, uma igreja, etc. , são relações «voluntárias», mas que podem ser vividas com a entrega apaixonada que seria de esperar, em relação à família genética, ou ao meio social de origem.




- As violências individuais e coletivas

A desagregação do tecido social origina indivíduos "desenraizados", além de profundamente infelizes. Em grande parte, as horríveis matanças que ocorrem nas sociedades ocidentais, são devidas a pessoas desequilibradas psiquicamente. Por vezes, aparentam possuir motivações políticas, religiosas, étnicas, etc., mas, de facto, são álibis ou pretextos para descarregar o seu ódio e desespero.
Quanto à violência de grupo (ou gangs), ela exerce-se porque as pessoas envolvidas nos atos de violência sentem-se «justificadas» para as executarem. Também beneficiam da «proteção» do grupo, ou seja, têm menos risco dos seus atos terem uma resposta da(s) vítima(s).
As guerras, atos de violência organizada pelos Estados (ou grupos armados não-estatais), cabem dentro da subcategoria da violência de grupo. É uma violência exercida sobre toda a sociedade. A sociedade ou país sobre a qual se exerce a violência armada pode ser vítima de violência maior, nos termos mais bárbaros, como agora se observa, em relação a Gaza. As vítimas preferenciais são da população civil, desprotegidas e incapazes de se defenderem. Mas, não se deve menosprezar a violência exercida sobre a sociedade, que o Estado e respetivo exército dizem defender.
A violência de Estado, correlaciona-se com a guerra e possui certas particularidades:
- É premeditada de longa data
- O recrutas no exército são condicionados a matar, sem sentimentos humanitários para com o inimigo.
- Um Estado que se declara «vítima de agressão» e com legitimidade a «exercer o seu direito de autodefesa», muitas vezes, vai encenar ataques de falsa bandeira, além de discursos inflamados, de vitimização, etc.
- A economia de guerra implica que as forças produtivas desse país estejam mobilizadas para nutrir a máquina de guerra, mesmo as que não são indústrias de armamento.
- Em caso de guerra, o governo pode impor a ditadura, com a supressão de liberdades fundamentais (supressão ou suspensão de atividades políticas, sindicais, censura dos meios de comunicação, etc.).



- A violência e a «natureza humana»

Os processos que despoletam violência individual ou coletiva (incluindo a guerra) são muito mal abordados, no geral, porque estão quase sempre imbuídos de preconceitos ideológicos, disfarçados de ciência.
Mesmo quando não se trata de argumentos racistas para «justificar» o comportamento dum grupo racial ou étnico sobre outro, verifica-se que é comum o recurso a argumentos apriorísticos sobre o que seria um comportamento «normal» e «anormal» em sociedade, ou os «impulsos genéticos» para a violência sobre os outros, etc.
Todo o discurso assumindo que a «natureza humana» é isto ou aquilo, está a cair no cientismo. Pois a «natureza humana» é uma expressão vazia de sentido, não sendo definível com rigor: Afinal, trata-se duma frase-feita, que não explica nada.
O reducionismo comportamental, nomeadamente quando faz referência aos animais sociais, é uma fraude, tem apenas a aparência de científico. Basta notar que o comportamento desses animais se manteve inalterado no essencial, sem uma evolução observada, ao longo de séculos, pelos humanos:
- Por exemplo: As espécies de formigas do tempo de Aristóteles (384 A.C. - 322 A. C.), tinham exatamente o mesmo comportamento e organização social que suas descendentes de hoje. Mas, o mesmo não se pode dizer dos humanos. Pode haver invariantes físicas, psíquicas e emocionais, mas não se pode negar que houve muita modificação nas sociedades humanas. Estas modificações implicaram mudanças importantes nos modos de vida e nos comportamentos concretos dos indivíduos. Em teoria, não será sempre «falso» falar-se de «natureza humana». Será falso, se esta expressão implicar algo imutável, algo definitivamente fixado pelos genes. É o mantra de materialistas e deterministas, uma versão da ideologia cientista. Têm audiência popular devido à fraca cultura científica de grande parte do público.

quarta-feira, 4 de novembro de 2020

O RESULTADO DAS ELEIÇÕES PRESIDENCIAIS NOS EUA...

 É sempre o pior possível! Quando a máquina poderosa do Estado Profundo dos EUA se põe a manipular tudo e todos, sobretudo os candidatos aos mais altos cargos de poder, muita coisa pode acontecer, mas nunca em favor do povo. 

O povo é que NUNCA ganha, enquanto o «establishment», os grandes e poderosos lobbies que constantemente rondam Washington, sim: com qualquer candidato eleito, ganham eles, porque mantêm o controle... 

Como escreve a excelente jornalista Caitlin Johnstone, «o retrato do Império USA é o de um sorridente assassino em série.»  

                     

Pouco importa a que gang pertença, se ao «Partido Democrático» ou ao «Partido Republicano», as duas alas do Partido Único no poder. 

A violência política é o espelho de uma mentalidade intolerante. Tanto mais intolerante quanto, no fundo, estão de acordo sobre muitas coisas, os activistas que se confrontam, se agridem e se matam. Confrontam-se em torno de etiquetas, de símbolos, de figuras carismáticas ou odiadas. 
Sobre as coisas que realmente interessam, tanto ao povo americano como ao mundo, adoptam «naturalmente» o ponto de vista do poder. Estão - à «esquerda» e à «direita» - sujeitos a uma lavagem ao cérebro constante e em profundeza, desde pequenos. 
Não conseguem realmente raciocinar, os que estão por baixo, só uns poucos escapam a esta situação. Há um fosso, não apenas de riqueza material, entre ricos e pobres, mas também no acesso à cultura e à educação, a uma educação de qualidade onde se possa desenvolver o pensamento crítico. 

Nesta altura é importante que o mundo compreenda que - com Trump ou Biden - o rumo estratégico internacional dos EUA já está definido por pessoas que nunca foram eleitas e que o público, em geral, ignora quem sejam. 

Para caracterizar o poder nos EUA, a melhor analogia é o símbolo da hidra de múltiplas cabeças, da mitologia: de nada servia seccionar algumas dessas cabeças, pois as outras iriam tomar o seu lugar. 


Com efeito, a solução ao problema, não é «cortar algumas cabeças da hidra», mas tirar de cena o monstro (o imperialismo e totalitarismo), que tem devastado o planeta e continua a ameaçá-lo com guerras e todas as desgraças possíveis, para conseguir sobreviver e se manter no poder, durante mais um ou dois decénios (no máximo).


PS1 (08/12/2020): veja a entrevista de Gerald Celente sobre esta eleição e o sistema eleitoral dos EUA.

sexta-feira, 5 de junho de 2020

[DISTÚRBIOS NOS EUA] DESCONEXÃO / ILUSÃO

TÁCTICA GLOBALISTA: SEMEAR O CAOS PARA DOMINAR

Evitarei repetir aqui, aquilo que pode ser visto e lido no «mainstream». Reflicto, utilizando informações às quais poucas pessoas têm tido acesso, embora sejam públicas. 
Tudo o que escrevo aqui tem o cunho de provisório, de hipotético,  mas penso que dentro de algum tempo poderei fazer um balanço mais bem informado, com base no que entretanto aconteceu e se veio a revelar.

                            City curfews going into effect nationwide - ABC News

Há algumas pessoas que ficam muito entusiasmadas com a propagação do caos. Com a resposta violenta à violência do Estado. Porém, se as violências dos manifestantes (de alguns) servem para alguma coisa, é para legitimar (face às massas temerosas) a repressão mais violenta e impiedosa. O que resulta daí, é a criminalização da contestação e a declaração de que determinado conjunto de ideias (por hipótese anarquistas e extrema-esquerda) são - por definição - «violentas» e devem ser automaticamente excluídas, perseguidas, suprimidas. 
Daniel Estulin afirma que os distúrbios se destinam a impedir a reeleição de Trump, mais do que outra coisa. Que são instigados (na sombra) pelos globalistas banqueiros liberais (como George Soros) e manipulados pelo aparelho do Partido Democrático (principalmente, o clã de Obama e Clinton, que deseja uma desforra).
Um facto que deveria chamar a atenção das pessoas é um tweet supostamente atribuído ao «Antifa»: na realidade, era de autoria de um grupo de extrema-direita sediado na Alemanha. O falso tweet apelava para um ataque indiscriminado contra os subúrbios (ou seja, onde está a classe média). 
Tudo o que se vê é a violência contra alvos fáceis; os comércios, a polícia, etc... Não existe qualquer sentido de classe nestes grupos. Não põem em causa o Estado. Passam ao lado do poder oligárquico, como os grandes bancos, a FED, o Pentágono, etc...Não têm nada que ver com «Occupy Wall Street», pese embora a opinião de Pepe Escobar.
O que me parece é que o caos é a resposta para tornar possível e até desejável (por uma parte do povo...) uma Lei Marcial. 
Tenho a impressão que a oligarquia tem tudo a ganhar com isto, com este caos desejado e preparado: há forças muito obscuras que pretendem a guerra civil, com os Estados «azuis» (pró Partido Democrático) a entrarem em secessão, contra a maioria dos Estados «encarnados», que apoiam Trump (maioria dos Estados, mas com menos população no total). 
Quem tiver ideia de que se assiste a um «levantamento revolucionário», deve realmente pensar duas vezes. Muitos dados vêm contradizer esta hipótese. 
Os sentimentos de pessoas envolvidas directamente nos confrontos podem ser genuínos, mas... não será a primeira, nem última vez, que pessoas com espírito revolucionário, são levadas a cometer actos que vão favorecer exactamente os inimigos contra os quais julgavam estar lutando!!!

PS1: Daniel Estulin explica de forma magistral como as oligarquias estão a manobrar as pessoas. Veja:
https://www.youtube.com/watch?v=i7v2kfcF_AI&feature=youtu.be


quinta-feira, 17 de maio de 2018

GAZA, PALESTINA: MASSACRES RODEADOS DE TANTA COBARDIA

                            ONU acusa Israel de manter população de Gaza “presa numa favela tóxica”

O que se está a passar em relação ao genocídio do povo palestiniano é possível graças à conivência activa do Presidente Trump, da enorme força do Lobby pró-Israel nos EUA e - igualmente - graças à enorme subserviência dos aliados (vassalos) europeus, com dois pesos, duas medidas, consoante os massacres sejam perpetrados por regimes que detestam, ou por pela clique sionista que eles (governos da UE) continuam a apoiar de todas as formas: diplomaticamente, militarmente, ideologicamente...
O público europeu está condicionado pela media subserviente aos grandes interesses e completamente controlada pela CIA  ou outras agências. O seu papel é miserável, mas os europeus, ainda assim, estando informados pela media alternativa, deveriam mostrar o seu repúdio: se não o fazem é porque têm uma mentalidade xenófoba, os palestinianos são semitas, maioritariamente muçulmanos; mesquinha, a opressão doutros não parece que os afecte na sua vidinha; têm grande cobardia, sobretudo, pois gostam de mostrar-se «defensores dos direitos humanos», mas apenas quando isso não envolve risco pessoal, de desagradar aos poderes.
Que se desenganem, aqueles que renunciam à dignidade e justiça, em nome de pseudo-justificações hipócritas... Eles apenas merecem o mesmo tratamento, que é dado aos inocentes, que morreram ou ficaram feridos pelas balas do exército sionista!
 Quanto aos outros, os que guardam um sentido de dignidade, que não se inibam em manifestar o seu repúdio, de todas as maneiras, onde quer que vivam, qualquer que seja a vossa religião, filosofia ou ideologia política!