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quarta-feira, 11 de março de 2020

O PÂNICO DO CORONAVÍRUS ATINGE UM PAROXISMO

                              Image result for Vittorio-Emanuele

                            (galeria Vittorio-Emanuele de Milão, completamente deserta)

É verdade que esta crise é devida a um perigo bem real. 
O coronavírus, contrariamente ao que certos irresponsáveis nos querem fazer crer, não tem uma taxa de mortalidade semelhante à gripe (0.2% nas nossas sociedades) mas muito maior, pelo menos, dez vezes mais: o coronavírus é mortal para 3.6% dos pacientes contaminados, na população chinesa. 
Mas, também é verdade que as «elites» querem aproveitar o medo do coronavírus, para fazerem passar - sem contestação - as suas medidas de reforço da mundialização.
Enganam-se os que pensam (ainda!) que a mundialização é um processo globalmente positivo para a humanidade. 
O facto é que a fragilidade das nossas sociedades fica completamente aparente com esta epidemia, com a ruptura de cadeias de produção internacionais que - desde há alguns decénios - sustentavam o nosso consumo e nosso modo de vida. 
O exemplo pior é o dos medicamentos, fabricados na China numa percentagem tal, que é impossível relocalizar a produção, no curto prazo, na Europa e América do Norte. 
É socialmente mais grave essa dependência em medicamentos, que a paragem de produção dos telefones móveis (celulares), ou dos automóveis das marcas  europeias e americanas, montados a partir de peças fabricadas em quatro continentes.

Mas, prestem atenção ao que vem aí: não sabemos ao certo o que os «think-tanks» da mundialização estão cozinhando discretamente, em reuniões não publicitadas... mas podemos ter uma certeza; o que planearem será em proveito das oligarquias, dos multimilionários e bilionários. 

Tal como o 11 de Setembro de 2001 (que foi pretexto para o governo dos EUA lançar a sua «Guerra ao Terror», com guerras de agressão contra países frágeis, que não eram realmente a causa do terrorismo), também esta epidemia servirá de álibi para intensificar a guerra comercial e de sanções contra todos os que não aceitam a hegemonia USA
- A China, a Rússia, o Irão e outros, estarão sob pressão ainda maior e os países ocidentais estarão sob chantagem permanente, não podendo ter relações normais (diplomáticas e comerciais) com estes países unilateralmente sancionados pelos EUA ansiosos, ao perder a hegemonia no continente europeu e além dele. 

Oxalá me engane, mas devemos estar preparados para situações de arbitrária privação de liberdade, de controlo draconiano da informação e de perda completa de autonomia financeira, com a digitalização forçada e total do dinheiro.   

PS1: Brandon Smith escreve...«A finalidade disto é provocar o máximo de caos. 
Esta é a razão porque a media corporativa, a  Casa Branca, o CDC  e a OMS, têm sistematicamente minorado a ameaça de pandemia, até à semana passada. 
Por este motivo, as pessoas que se preparam para a situação de escassez são acusadas por eles de açambarcadoras»
PS2: o vídeo de Jeff Berwick (Dollar Vigilante), vem reforçar o que tenho afirmado neste blog: https://www.youtube.com/watch?time_continue=1&v=reHUDk0dTjg&feature=emb_logo
PS3: Charles Gave explica o «Krach»  https://www.youtube.com/watch?v=nc2vu4QfrZI

domingo, 24 de março de 2019

OLHANDO O MUNDO DA MINHA JANELA (PARTE ii)


[ver parte 1 aqui

As situações complexas e contraditórias que se nos deparam são completamente indecifráveis se nos mantivermos pela imprensa «mainstream». Isto porque a dita imprensa apenas relata acontecimentos pontuais, dando relevo aos aspectos imediatos, ignorando os aspectos de longo prazo ou de contexto.

Um caso interessante é aquilo em que se tornou a contenda política nos EUA, em que vêm à superfície os elementos que contradizem a narrativa dominante. Trump, não sendo nenhum anjo, não era aquele «agente dos russos» que os porta-vozes democratas pintavam. Os CNN, NYT, WP, e outros da imprensa e televisões «mainstream», transformaram os americanos nos alvos duma gigantesca operação do tipo «psy-op». Antes da eleição de Trump em 2016, este tipo de campanhas (de guerra psicológica, afinal) eram reservadas, pela CIA e outras agências dos EUA, ao exterior. Destinavam-se a desestabilizar regimes que não lhes agradavam. Isso agora mudou, pois os alvos de tais operações TAMBÉM se tornaram o poder político e o povo americanos: um extenso artigo de Matt Taibbi sobre o «Russiagate»  esclarece-nos sobre a importância deste caso.

Outra situação, bastante desprezada pela imprensa «mainstream» e muito significativa para os países da Europa meridional, é a impossibilidade do sistema da UE e, especialmente da Moeda Única, instituída em Maastricht (1992), jamais ter correspondido aos fins apregoados pelos políticos da época: a propalada convergência das economias, dos níveis de vida e bem-estar dos diversos povos, a solidariedade dentro da UE, blá, bla, blá!
 O artigo de Eric Toussaint, embora não partilhe todos os pormenores da sua análise, ajuda à compreensão de qualquer pessoa que, realmente, queira saber o que está em jogo, na economia mundial e, em particular, na UE. 
Um posicionamento dos cidadãos da UE, seja ele qual for, não pode ser esclarecido, se não dispuserem destas informações!

A terceira fonte informativa debruça-se sobre a mudança tectónica, que está ocorrendo «por detrás da cortina», ao nível dos Bancos Centrais, das Organizações como FMI, Banco Mundial, BIS, e muitas outras. Esta mudança vai implicar a reorganização do sistema monetário, porque o reino hegemónico do dólar (e do petro-dólar) está mesmo no fim. Jim Willie, o editor de «Hat Trick Letter», tem acertado em muitas previsões do que vem acontecendo. Tenho seguido este autor, pela qualidade intrínseca das informações e análises que fornece. Os seus interesses estão mais centrados no seu país, os EUA, o que é natural; porém, ele tem uma vasta rede de contactos internacionais, em posições que lhes permitem compreender o que se passa. 
Infelizmente, os supostos «analistas» económicos da imprensa «mainstream» fazem como se nunca tivessem conhecimento de tais factos. Para um leitor que apenas consulte esta imprensa, a crise mundial - cujos sinais precursores já despontam - irá cair como uma «trovoada em céu azul». A entrevista de Jim Willie, dada a X22 Spotlight recentemente, é muito esclarecedora.

Se as pessoas pensam que sou um seguidor acrítico dos três autores supra-citados, desenganem-se. 
Eu tenho em elevada estima uma pessoa, mesmo quando discordo dela em pontos significativos, se ela nos traz algo de novo, algo que nós não sabíamos. Quando nos dá evidências, apoiando as informações. Com o tempo aprendi a separar «o trigo do joio», a saber quais os autores são para se tomar a sério, mesmo quando não podem revelar as suas fontes. 
Como é que se sabe que determinado autor é de confiança? 
- Quando ele/ela tem a humildade de reconhecer que errou, que se enganou neste ou naquele aspecto. Ninguém é infalível.

No caos do mundo contemporâneo, é absurdo pensar-se que alguém ou alguma organização possam ter uma clarividência absoluta. 
Assim, também é insensato confiar na «solução» de um mundo globalizado, com um governo mundial, um banco central mundial,  forças armadas mundiais, etc, etc. É este, porém, o caminho perigoso e totalitário para o qual nos querem arrastar, políticos, empresários, banqueiros e outras pessoas em altos cargos.
 A informação real sobre uma série de fenómenos ocultados ou distorcidos pela media mainstream deve ser lida atentamente por pessoas mais esclarecidas - sejam elas jornalistas, académicos, ou doutras áreas -, que devem usar os seus talentos para divulgar as informações que obtiveram. 
De outro modo, é impossível ao cidadão comum tomar conhecimento dessas realidades.