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quarta-feira, 21 de setembro de 2022

TERESA TENG, «DIVA» DA FORMOSA, CEDO DESAPARECIDA



 Teresa Teng (1953  1995), foi na sua curta vida idolatrada por vários povos do Oriente, não apenas da Formosa (onde nasceu), na China continental ou em Hong Kong, mas também em Singapura, Malásia, Indonésia e Japão. 

A sua extraordinária voz expressiva, assim como a sua capacidade de comunicar facilmente com o público nos espetáculos, explicam em parte o seu sucesso. Mas, creio que a qualidade dos arranjos e inteligentes orquestrações de canções tradicionais e canções pop, foram também responsáveis pelo seu sucesso. Gravou canções em mandarim, cantonês, vietnamita, indonésio, japonês e inglês

Embora o seu talento a tenha projetado desde muito cedo para a celebridade, a sua carreira foi interrompida pela morte aos 42 de idade, devido a ataque de asma quando em férias na Tailândia, em 1995. Mas, nunca deixou de estar presente no povo chinês, que continua a cultivar a sua memória - geração após geração.

Nesta pequena seleção incluí canções em inglês, mandarim, cantonês e indonésio. Escolhi doze vídeos, dos mais de 200, gravados ao vivo ou em disco, que se podem ouvir/ver no Youtube. 

CLICA NO TÍTULO ABAIXO, PARA OUVIRES:

 TERESA TENG, FORMOSA




sábado, 7 de maio de 2022

ARETHA FRANKLIN - BEST HITS (uma «play list» muito pessoal)


Selecionei as melhores canções, no meu critério altamente subjetivo. 

Mas, de qualquer maneira, não é difícil apreciar a extraordinária capacidade expressiva, a musicalidade e paixão desta mulher-vulcão. 

Estou sempre desejoso de voltar a ouvir esta Diva do Soul, também como forma de revisitar a minha adolescência feliz. 

Muitos, que não conheceram os gloriosos anos 60 (na música), também se entusiasmam com as suas formas musicais e seus artistas. 

A música "pop-rock" que se faz hoje soa-me, em 90% dos casos, como chata, banal, ou pretensiosa, como um veículo que já não tem combustível e só se desloca pelo efeito da impulsão passada. 

Por isso, atrevo-me a decretar os anos 60 (e parte dos 70), a idade de ouro da música popular. 

Uma boa audição!

Clique aqui para ouvir: ARETHA FRANKLIN Best Hits

quinta-feira, 24 de junho de 2021

FREE AS A BIRD [The Beatles]

Esta homenagem em memória de John Lennon contou com os Beatles sobreviventes, na altura (Paul, Ringo e George) e com a voz de John, gravada numa cassete de demonstração.

É muito claro - para mim - que se trata duma canção testemunho, emblemática da ideologia* dos Beatles e de John Lennon. Se pensarmos na onda de entusiasmo que a sua música produziu e deu voz a uma juventude, protagonizando as causas da Paz, da libertação sexual, etc., não admira que Lennon e os Beatles tenham desencadeado amor e ódio. Mas apesar do ódio, o amor vence sempre.
Esta canção é uma demonstração disso.
Somos aves livres de voar, pelo espaço, pelas cidades e pelos campos, sobre as águas e os desertos. Quem nos quer aprisionar, na jaula da pobreza, do medo, ou da desigualdade, não sabe que as aves que somos, sempre encontramos maneira de voar pela janela fora, de sair das prisões onde nos querem encerrar. 
É este o simbolismo que encontro nesta canção. 

Escrevam-me dizendo qual a vossa impressão perante a audição, quais as reflexões de vos ocorrem, o que é para vocês a liberdade, etc.

Manuel Banet

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Free as a bird
It's the next best thing to be
Free as a bird
Home, home and dry
Like a homing bird I'll fly
As a bird on wings
Whatever happened to
The life that we once knew?
Can we really live without each other?
Where did we lose the touch
That seemed to mean so much?
It always made me feel so
Free as a bird
Like the next best thing to be
Free as a bird
Home, (home) home and dry
Like a homing bird I'll fly
As a bird on wings
Whatever happened to
The life that we once knew?
Always made me feel so free
Free as a bird
Is the next best thing to be
Free as a bird
Free as a bird
Free as a bird
Oo-oo-oo
Made for John Lennon
Fonte: Musixmatch
Compositores: Harrison George / Lennon John Winston / Mccartney Paul James / Starkey Richard

(*) Ver a letra de Mind Games:

Mind Games

We're playin' those mind games together
Pushin' the barriers, plantin' seeds
Playin' the mind guerrilla
Chantin' the mantra, peace on earth
We all been playin' those mind games forever
Some kinda druid dude liftin' the veil
Doin' the mind guerrilla
Some call it magic, the search for the grail
Love is the answer
And you know that for sure
Love is a flower
You gotta let it, you gotta let it grow
So keep on playin' those mind games together
Faith in the future, outta the now
You just can't beat on those mind guerrillas
Absolute elsewhere in the stones of your mind
Yeah, we're playin' those mind games forever
Projectin' our images in space and in time
Yes is the answer
And you know that for sure
Yes is surrender
You gotta let it,

sábado, 6 de fevereiro de 2021

A GERAÇÃO DE MÚSICA ROCK E POP DOS ANOS SESSENTA

                           

Muitas pessoas, incluindo as que não conheceram «ao vivo», apreciam a música dos anos sessenta. É preciso ser-se musicalmente surdo ou não ter qualquer réstia de energia, para não se apreciar os «furacões» musicais que surgiram - no mundo anglo-saxónico, principalmente - nos anos sessenta.

Mas, estes momentos mágicos não surgiram do nada. O rock-and-roll surgiu nos EUA do boom, da época doirada em que a classe operária sentia que - mesmo que não tivesse o mundo a seus pés - tinha, pelo menos, um enorme potencial de prosperidade: acreditava que qualquer um podia alcançar um bem-estar real. Nestes anos houve realmente «um sonho americano».                                           https://www.youtube.com/watch?v=IRF6nmqcbxo

                       
Do lado de cá do Atlântico, os jovens tinham também aspirações de se emanciparem dum conjunto de constrangimentos sociais, incluindo na vida amorosa, que implicavam uma ruptura, não apenas com os costumes tradicionais ainda largamente vigentes, como também passava por terem uma forma de se exprimir por uma música que era só deles, que eles foram buscar, além-Atlântico à geração rock do imediato pós-guerra: Chuck Berry, Little Richard, Elvis Presley e muitos outros, foram copiados e plagiados pelos grupos (ainda obscuros) que se estreavam nos clubes. Alguns desses clubes proporcionaram a estreia ou rampa de lançamento de grupos celebérrimos. O Marquee Club de Londres (Rolling Stones) ou a Cavern de Liverpool (Beatles), são os mais conhecidos.

                            

                       https://www.youtube.com/watch?v=SfLa2tFAqa4

Os Rolling Stones foram buscar o próprio nome do grupo a um título de canção («Rollin' Stone») do célebre cantor de blues, Muddy Waters
Mas, os grupos tinham uma enorme «escola»: Actuavam - noite após noite - em clubes, onde jovens vinham dançar, conviver e ouvir música. Tornou-se imperioso para eles construírem um reportório, tendo que pegar nos sucessos rock de além-Atlântico, ou mesmo nos blues dos cantores negros, sobretudo do Sul dos EUA.  Estes foram inspiração para grupos como o de John Mayall e muitos outros, o que não deixa de ser paradoxal, visto que a música tradicional dos campos de algodão do Sul dos EUA estava ligada a um modo de vida marcado pela passada escravatura e pela situação de discriminação racial e marginalidade das comunidades negras. 

                          
De qualquer maneira, estes grupos dos anos sessenta e seus sucessores nos anos setenta, criaram algo que é muito particular, fundindo música de várias tradições, apropriando-se de êxitos alheios ou de músicas pouco conhecidas, para lhes darem um toque pessoal. 
Claro que também houve a exploração deste filão pelas marcas de discos, o que foi também perfeitamente adequado para a divulgação ampla desta música «jovem». 
Tenho recordação de ouvir o programa de rádio «Em Órbita», realizado por jovens que conseguiam fazer chegar aos nossos ouvidos as últimas produções dos nossos ídolos, muito antes destas estarem à venda nas lojas de discos portuguesas. Com efeito, nessa altura, por uma questão de estreiteza do mercado discográfico em Portugal, o número de lojas de discos que vendia música pop e rock era reduzido e havia poucos discos de importação directa dos EUA ou do Reino Unido.   

De qualquer modo, as transformações ocorridas na sociedade não podem ser compreendidas, sem se ter em conta a participação da cultura, em particular da música pop. 

Teve porém aspectos negativos, nas expressões musicais doutros países, nomeadamente, em França, Espanha, Itália, etc., onde cantores e grupos se puseram a cantar versões nas suas línguas nacionais, dos êxitos dos EUA e britânicos. Depois, alguns começaram a compor directamente em inglês, apesar de não terem verdadeiras raízes culturais anglo-saxónicas. Mas, a música era também um negócio.

Os anos que se seguiram, ainda tiveram alguma pujança e viram surgir algumas novas estrelas de música pop e rock. Diga-se que, muitas destas, começaram a ser conhecidas nos finais dos anos sessenta. A geração do festival de Woodstock (1969), foi uma espécie de florescimento de tudo o que tinha sido incubado ao longo da década. 

Depois, houve algo interessante, de um ponto de vista sociológico, o revivalismo dos anos 60. 

Este revivalismo começou logo a uma década ou duas de distância. Ou seja, houve um retomar dos êxitos e sobretudo das fórmulas de sucesso. Ainda aqui, o dinheiro soou mais forte. O sucesso, com retomas de êxitos dos grupos e artistas dos anos sessenta, estava razoavelmente garantido, pois havia sempre um público que vivera os tais anos e aderia ao que tinha sido tão significativo na sua adolescência.

Não digo que o veio de criatividade da música pop e rock se tenha esgotado, mas é sempre difícil ser-se original num contexto em que tudo o que se possa fazer remete, de uma forma ou de outra, para estilos caldeados 60 anos atrás: Como aguentar a confrontação com a primeira geração, com aquela frescura, espontaneidade, adesão entusiástica da juventude que (correcta ou incorrectamente) via na música o veículo para sua própria emancipação?



quarta-feira, 18 de novembro de 2020

[THE BEATLES] MEDLEY (ABBEY ROAD)


 [ver letras / lyrics no final deste artigo]
Esta rapsódia (medley) é um belo colar de pedras preciosas, onde cada pequeno fragmento tem vida própria. Estamos habituados a ouvir uma determinada sequência; porém, este vídeo reconstitui a sequência inicialmente planeada, mas que acabou por ser abandonada. 

O LP «Abbey Road» é um poderoso veículo para nos projectarmos no passado, quando nos extasiávamos, a cada novo LP, com a audaciosa e fresca novidade dos Beatles.


1: You Never Give Me Your Money (0:00 - 3:51) 2: Sun King (3:52 - 6:17) 3: Mean Mr. Mustard (6:18 - 7:25) 4: Her Majesty (7:26 - 7:46) 5: Polythene Pam (7:47 - 9:05) 6: She Came In Through The Bathroom Window (9:06 - 10:55) 7: Golden Slumbers (10:58 - 12:30) 8: Carry That Weight (12:31 - 14:05) 9: The End (14:06 - 16:13)

Lyrics
You Never Give Me Your Money
You only give me your paper
And in the middle of negotiations you break down
I never give you my number
I only give my situation
And in the middle of investigation I break down

Out of college, money spent
See no future, pay no rent
All the money's gone, nowhere to go
Any jobber got the sack
Monday morning, turning back
Yellow lorry slow, nowhere to go
But, oh, that magic feeling
Nowhere to go
Oh, that magic feeling
Nowhere to go

One sweet dream
Pick up the bags and get in the limousine
Soon we'll be away from here
Step on the gas and wipe that tear away
One sweet dream came true today
Came true today
Yes it did (na, na)

One, two, three, four, five, six, seven
All good children go to heaven
One, two, three, four, five, six, seven
All good children go to heaven
One, two, three, four, five, six, seven
All good children go to heaven
One, two, three, four, five, six, seven
All good children go to heaven
One, two, three, four, five, six, seven
All good children go to heaven

Ah
Here come the Sun King
Here come the Sun King
Everybody's laughing
Everybody's happy
Here come the Sun King

Quando para mucho mi amore de felice corazon
Mundo pararazzi mi amore chicka ferdy parasol
Cuesto obrigado tanta mucho que can eat it carousel

Mean Mr. Mustard sleeps in the park
Shaves in the dark, trying to save paper
Sleeps in a hole in the road
Saving up to buy him some clothes
Keeps a ten bob note up his nose
Such a dirty old man

His sister Pam works in the shop
She doesn't stop; she's a go-getter
Takes him out to look at the queen
Only place that he's ever been
Always shouts out something obscene
Such a dirty old man
Dirty old man

Her Majesty's a pretty nice girl
But she doesn't have a lot to say
Her majesty's a pretty nice girl
But she changes from day to day
I want to tell her that I love her a lot
But I got to get a bellyful of wine
Her majesty's a real nice girl
Someday I'm going to make her mine
Oh yeah, someday I'm going to make her mine

Well, you should see Polythene Pam
She's so good-looking, but she looks like a man
Well, you should see her in drag
Dressed in her polythene bag
Yes, you should see Polythene Pam
Yeah, yeah, yeah

Get a dose of her in jackboots and kilt
She's killer-diller when she's dressed to the hilt
She's the kind of a girl
Who makes the News Of The World
Yes, you could say that she's attractively built
Yeah, yeah, yeah
Yeah, yeah, yeah

(John) She's coming in the house
(Paul) Oh, look out!
She Came In Through The Bathroom Window

Protected by a silver spoon
But now she sucks her thumb and wonders
By the banks of her own lagoon
Didn't anybody tell her?
Didn't anybody see?
Sunday's on the phone to Monday
Tuesday's on the phone to me

She said she'd always been a dancer
She worked at fifteen clubs a day
And though I thought I knew the answer
Well, I knew what I could not say
And so I quit the police department
And got myself a steady job
Although she tried her best to help me
She could steal, but she could not rob
Didn't anybody tell her?
Didn't anybody see?
Sunday's on the phone to Monday
Tuesday's on the phone to me
Oh, yeah

Once there was a way
To get back homeward
Once there was a way to get back home
Sleep, pretty darling; do not cry
And I will sing a lullaby

Golden Slumbers fill your eyes
Smiles awake you when you rise
Sleep. pretty darling, do not cry
And I will sing a lullaby.

Once there was a way
To get back homeward
Once there was a way to get back home
Sleep, pretty darling; do not cry
And I will sing a lullaby

Boy, you're gonna Carry That Weight
Carry That Weight a long time
Boy, you're gonna Carry That Weight
Carry That Weight a long time

I never give you my pillow
I only give you my invitations
And in the middle of the celebrations
I break down

Boy, you're gonna Darry That Weight
Carry That Weight a long time
Boy, you're gonna Carry That Weight
Carry That Weight a long time

Oh yeah!
All right!
Are you going to be in my dreams tonight?

Love you, love you, love you, love you, love you, love you
Love you, love you, love you, love you, love you, love you
Love you, love you, love you, love you, love you, love you
Love you, love you, love you, love you, love you, love you
Love you, love you, love you, love you, love you, love you

And, in The End
The love you take
Is equal to the love you make




sexta-feira, 21 de fevereiro de 2020

MEU TOP TEN DA MÚSICA POP DOS ANOS SETENTA

Claro que esta lista tem a ver comigo, com o meu gosto, com as minhas escolhas... Mas resulta de uma sedimentação e maturação de décadas, como os bons vinhos... 
Agora, é a música que prefiro. Mas, amanhã sou capaz de mudar esta lista de dez, intencionalmente restrita, selectiva e, com certeza, injusta. 
A sequência escolhida não significa preferência crescente ou decrescente. Para mim, são todos nº1, ex-aequo!
Não estou aqui na disposição de distribuir prémios da «melhor» música, ou do «melhor» grupo, ou intérprete. Como disse, é tudo muito pessoal e subjectivo.
Em todo o caso, para os menos jovens, aqui vai o meu piscar de olho. Quanto aos mais jovens, espero que façam a descoberta de algo muito diferente (ou talvez não) do que costumam ouvir

    Meu top ten dos anos setenta:    SEVENTIES

domingo, 9 de fevereiro de 2020

BEE GEES / DIONNE WARWICK - HEARTBREAKER

                                         https://www.youtube.com/watch?v=f-H6N5xQQik                                 

Foi esta canção especialmente escrita para Dione Warwick, aqui interpretada pelos originais compositores. 

 

Tal como a célebre cantora americana, eles têm uma longa carreira, com imensos sucessos. Curiosamente, parecem muito menos apreciados, hoje em dia, que outros grupos, que emergiram também nos anos sessenta e ainda «mexem».
Considero esta canção das melhores, do abundante reportório do célebre grupo, que vendeu mais de 220 milhões de discos ao nível mundial. 
Por isso, considero que se pode ser original e ter um sucesso fulgurante!

sábado, 8 de fevereiro de 2020

DIONNE WARWICK / BURT BACHARACH - ANYONE WHO HAD A HEART

Este vídeo é uma homenagem aos inesquecíveis Dionne Warwick e Burt Bacharach:

Burt Bacharach escreveu esta canção para Dionne, uma das canções que marcam a longa e frutuosa colaboração artística entre a interprete e o compositor. 
Este sucesso de longas semanas no «top 10» de 1964, em muitos países, inteiramente merecido, projecta-nos para outra época, onde as qualidades musical e vocal se conjugam, para proporcionar obras primas originais e cheias de surpresas. 
Uma das surpresas musicais, é esta composição utilizar poliritmia, uma raridade na música pop, pelo menos dessa época. Outra qualidade rara, é a excelente adequação do estilo interpretativo de Dionne ao conteúdo da peça.

Alguns outros sucessos maiores de Dionne Warwick / Burt Bacharach (e quem tiver ouvidos, que oiça!!!):
«I say a little prayer»

«I'll never fall in love again» https://www.youtube.com/watch?v=FzQBOBoPg04

«What The World Needs Now Is Love»

https://www.youtube.com/watch?v=2cW8Alo_5uI