From Comment section in https://www.moonofalabama.org/2024/03/deterrence-by-savagery.html#more

The savagery is a losing card. By playing it the US and the West are undercutting every ideological, normative and institutional modality of legitimacy and influence. It is a sign that they couldn't even win militarily, as Hamas, Ansarallah and Hezbollah have won by surviving and waging strategies of denial and guerilla warfare. Israeli objectives have not been realized, and the US looks more isolated and extreme than ever. It won't be forgotten and there are now alternatives.
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quarta-feira, 26 de agosto de 2020

CLIMA DE GUERRA CIVIL NOS EUA: o «Estado Profundo» não recua perante nada.

          Arson and riots in main US cities as Wisconsin police shoot a black man in  the back — MercoPress

https://en.mercopress.com/2020/08/26/arson-and-riots-in-main-us-cities-as-wisconsin-police-shoot-a-black-man-in-the-back

Com efeito, parece-me impossível que os distúrbios de Kenosha, Wisconsin não tenham sido provocados, deliberadamente. 

O polícia que alvejou com sete balas disparadas à queima roupa e pelas costas o jovem negro, Jacob Blacke, sabia o que estava a fazer. Ele sabia que existe impunidade na prática, para a polícia (como detalhado num importante artigo de Eric Zuesse), perante actos como este, sendo certo que, uns 2 meses antes, a morte por estrangulamento de George Floyd às mãos de um outro polícia, tinha desencadeado uma onda de protestos e violências, em vários Estados.

Se, os que controlam as polícias, quisessem impedir que estas tivessem tais actuações, tinham poder para o fazer. Mesmo que algum polícia descontrolado tivesse um comportamento destes, ele seria prontamente reprimido, não havendo hipótese de outros lhe tomarem o exemplo e agirem do mesmo modo.

O pano de fundo é a Convenção Democrata, seguida pela Convenção Republicana. Os assassínios de George Floyd e de Jacob Blacke, são temporalmente coincidentes com estes dois acontecimentos. O que está em jogo é, portanto, «demonstrar», ao eleitor médio americano, completamente ignorante da manipulação, que Trump não domina as polícias, que não é capaz de impor um mínimo de «lei e ordem» e que as eleições, se resultarem numa vitória de Trump, serão seguidas por uma onda de violência ainda maior. É esta a mensagem que a media e os políticos democratas têm feito passar, pois o medo do eleitorado é o seu grande trunfo

As pessoas que se revoltam não o sabem, porém estão a ser instrumentalizadas por poderes obscuros que irão reprimi-las, com a maior dureza, assim que tiverem atingido o seu objectivo: O de retirarem Trump da presidência. Fala-se mesmo de Nancy Pelosi - democrata, «speaker» da Câmara dos Representantes - substituir o senil Biden, garantindo assim o funcionamento das estruturas do Estado. 

A escolha de Biden/Kamala Harris, forçada na Convenção Democrata pelos detentores do controlo da mesma, ou seja, o clã Clinton/Obama, tinha como objectivo primeiro afastar qualquer hipótese de nomeação de um candidato com um laivo de «socialismo», ou seja, na linguagem política americana, uma social-democracia muito moderada... Bernie Sanders, ou mesmo Elizabeth Warren foram considerados perigosos, por serem demasiado «socialistas», segundo o establishment do Partido Democrata.

A batalha pelo controlo da Casa Branca arrisca tornar-se uma guerra civil, porque os apoiantes de Trump e outros, independentes, não-simpatizantes do Partido Republicano, estão plenamente conscientes das manobras do Estado Profundo (das instâncias que controlam o poder de Estado, quaisquer que sejam os presidentes e os seus partidos). 

É muito provável que o nível de violência atinja um paroxismo, à medida que se aproxima a data das eleições presidenciais de Novembro. Uma hipótese que não está fora de questão, é o estado de emergência ser decretado, em consequência de distúrbios antes da realização das referidas eleições, adiando-as por tempo indefinido. 

Ninguém pode ficar tranquilo com os acontecimentos, porque os EUA são a potência maior do planeta, com um enorme arsenal nuclear, uma força militar que se projecta em mais de 800 bases, espalhadas pelo Globo, tendo também controlo sobre os mercados financeiros e de divisas, graças ao privilégio do dólar ser, simultaneamente, a divisa mais usada nas trocas comerciais internacionais e a principal divisa de reserva dos bancos centrais dos diversos países.