From Comment section in https://www.moonofalabama.org/2024/03/deterrence-by-savagery.html#more

The savagery is a losing card. By playing it the US and the West are undercutting every ideological, normative and institutional modality of legitimacy and influence. It is a sign that they couldn't even win militarily, as Hamas, Ansarallah and Hezbollah have won by surviving and waging strategies of denial and guerilla warfare. Israeli objectives have not been realized, and the US looks more isolated and extreme than ever. It won't be forgotten and there are now alternatives.
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segunda-feira, 6 de março de 2017

SOLUÇÕES MALTHUSIANAS E HUMANAS Á CRISE SISTÉMICA

O reino da mercadoria (o capitalismo) foi sofrendo mutações que o adaptaram aos novos tempos, onde a automatização se substituiu ao trabalho biológico, de humanos e animais.
Assim se forma e se mantém um exército de desempregados, já não o proletariado «lumpen» dos séculos XIX e XX, mas com semelhante marginalidade em relação ao processo produtivo, onde simplesmente não têm lugar (nem como produtores, nem como consumidores).

A curto prazo, vai continuar a haver necessidade de manter esse novo lumpen numa falsa economia, em que pensam estar a contribuir para sua sustentação económica. Muitas das actividades na era pós-industrial são, na verdade, de utilidade marginal ou nula em termos de produção e acumulação de capital. Porém, esta organização social é conveniente, quer aos magnates, quer aos Estados, que estão ao abrigo de explosões sociais, insurreições e revoluções.
É - no entanto - um mercado artificial, criado à medida de uma sociedade decadente, vivendo do capital acumulado no passado e de novas acumulações, obtidas pela sobreexploração de países ex-coloniais ou neocoloniais*.

No longo prazo, haverá duas soluções possíveis:

A solução malthusiana (Thomas Malthus) consiste em fomentar guerras, fomes, catástrofes de toda a ordem, que dizimem a população supranumerária, para que os recursos terrestres cheguem para os restantes. Penso que tem sido, até agora, a orientação predominante.

A outra solução é a redistribuição da riqueza e do poder, mas não de maneira autoritária, como no «socialismo» ou «comunismo» estatista. Antes num novo paradigma, em que autonomia, autodeterminação e autogestão sejam - de facto - os princípios constitutivos das comunidades.
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[*Portugal é uma neocolónia dos países ricos da UE, ela própria uma província-protectorado da superpotência EUA.]