Mostrar mensagens com a etiqueta acções. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta acções. Mostrar todas as mensagens

segunda-feira, 8 de março de 2021

MERCADOS FINANCEIROS: O QUE NOS DIZEM, VERDADEIRAMENTE

                                


Na semana passada, assistiu-se a uma série de alterações, nos mercados de obrigações, a começar pelas «treasuries» (as obrigações a 10 anos, do Tesouro dos EUA), cujos juros subiram de 0.38 % em Março de 2020 a cerca 1.5 %. Até agora, pode-se dizer que seja um problema apenas das obrigações americanas, visto as obrigações japonesas a 10 anos terem um crescimento muito baixo dos juros e as obrigações alemãs - embora subam acentuadamente - ainda permanecem em terreno negativo (*). 


A importância do mercado obrigacionista, em particular das obrigações estatais, é que este fornece uma medida do custo do dinheiro (de emprestar dinheiro, de pedir um empréstimo, etc.). Os Estados, normalmente, são os actores institucionais mais confiáveis - salvo improvável bancarrota - pelo que as taxas de juro que oferecem, em relação aos empréstimos que contraem, são uma espécie de linha de base, que vai condicionar todo o mercado do crédito. 
Globalmente, o mercado das obrigações, ao nível mundial, é cerca de dez vezes maior que o mercado accionista. No entanto, nos noticiários de economia, as acções cotadas em bolsa são sempre apresentadas como o barómetro primário. 
Mas isto é redondamente falso, até porque muitas das subidas e descidas das bolsas são mera especulação. Nos últimos tempos são potenciadas por algoritmos, que compram e vendem centenas de vezes ao segundo, agindo assim em relação a toda a gama de acções, podendo surgir amplificações de movimentos para cima ou para baixo, inteiramente artificiais e que não correspondem a qualquer variação significativa da situação das empresas, cujas acções estão subindo ou descendo. 


No gráfico seguinte, vê-se claramente que se está a atingir um topo, no que toca às acções, nas bolsas do mundo inteiro.


                   


Estes movimentos, ditos de «compra de pânico», são - em geral - indicativos de que se está a atingir um topo. O mercado de acções tem sido accionado pela impressão monetária. Ela está a ser levada ao extremo pelos bancos centrais dos principais países ocidentais, a começar pela FED dos EUA mas, também, pelo ECB da Zona Euro; tudo em nome do «combate ao COVID», quando, na verdade, se trata de algo completamente diferente. 


De facto, na população dos países ocidentais, raros são os que possuem acções de qualquer espécie. De facto, as pessoas mais ricas - em geral - são as que possuem um portefólio significativo, com acções das bolsas mundiais. São essas pessoas que estão a ser subsidiadas, sob pretexto de «estimular a economia», com somas astronómicas, como o 1,9 trilião de dólares do recém-eleito Biden. Um comportamento semelhante passou-se e passa-se em todos os países ocidentais. 


A acumulação de dívida, mais cedo ou mais tarde, vai fazer ruir o próprio fundamento das economias. Se a dívida de um Estado equivale a 150% do PIB, isso quer dizer que toda a riqueza produzida durante um ano e meio, por esse país, teria de ser utilizada para saldar a dívida acumulada. 
Claro que nunca acontece assim, mas -pelo contrário - os Estados podem esperar saldar, a pouco e pouco, as suas dívidas, se os tempos melhorarem (uma visão muito optimista, no presente) e sobretudo, poderão reduzir a mesma, através da inflação, que faz com que o valor nominal da dívida a pagar seja o mesmo, porém o valor real em dívida desça, na mesma percentagem que a inflação: 
- Se a inflação atinge 20% ao ano, isso quer dizer que o valor do capital em dívida, ao fim do mesmo ano, vai ser 20% menos, em termos reais, embora seja nominalmente o mesmo.
A dívida dos Estados não é excepção: Se um Estado estiver a dever muito, uma inflação elevada torna mais fácil o pagamento das dívidas. Porém, nos mercados de obrigações, o que irá acontecer às dívidas/obrigações dos Estados? Os investidores vão exigir maior juro, para compensar a inflação observada, ou antecipada. Não apenas isso; verão com olhos críticos o sobre-endividamento dum Estado, exigindo portanto um juro maior para compensar o maior risco de «default», ou seja, da falha de pagamento da entidade devedora. 
Chega-se então ao ponto em que os Estados continuam a emitir dívida, mas são incapazes de o fazer sem sobrecarregar os orçamentos com excessivas verbas de juros da dívida pública. Não têm viabilidade, um Estado, uma economia, que entrem num tal processo. 
Embora o Estado possa - durante mais algum tempo - pagar as suas dívidas, os custos disso não serão sustentáveis: Não será capaz de efectuar os investimentos necessários para as suas infraestruturas; a economia perderá capacidade produtiva, de criação de riqueza, pela punção excessiva de dinheiro dos impostos para pagar os juros da dívida pública. Estas somas, se não tivessem de ser canalizadas para pagar juros, poderiam ser investidas, poderiam ser geradoras de riqueza. Entra-se numa espiral descendente. O cenário conduz à estagnação/inflação (a «estagflação»). Isto corresponde ao empobrecimento da sociedade e economia desse país. 

É neste ponto em que se encontram as economias da América do Norte e da Europa. Qualquer aumento dos juros da dívida pública, vai traduzir-se pelo agravamento da inflação, porque os agentes económicos vão ter em conta estes juros como referência, quando negoceiam, quando estabelecem os preços das mercadorias, etc. Vai haver aumento da inflação de preços ao consumidor. Por sua vez, uma inflação acrescida significa uma diminuição do poder de compra das pessoas, um empobrecimento geral e logo, a diminuição da actividade económica (no Ocidente, o PIB depende em ~ 70%, do consumo). O ciclo vicioso está plenamente instalado!
Mais vale as pessoas estarem resguardadas, neste período de destruição massiva das divisas. Note-se que o dinheiro pode «desaparecer» ou «deixar de valer» mas, a «riqueza» é outra coisa. Assim, os ricos podem estar a encher-se ainda mais, a ficar mais ricos, apesar do empobrecimento geral.
Na Alemanha de 1923, uns cem dólares USA eram suficientes para compra dum andar de luxo, em Berlim. Houve pessoas espertas que compraram, com marcos alemães, que valiam cada vez menos, imobiliário, empresas, terrenos, etc... tudo o que não era activo financeiro. À saída da crise, estavam imensamente ricas. Outras, conservaram acções, obrigações, ou «cash» e ficaram falidas, na miséria. 
Não digo que a situação se vá repetir. Porém, é de reflectir sobre ela, estudá-la. Porque o mecanismo do desencadear da inflação, através da impressão monetária, é o mesmo. 

Recorde-se a definição de loucura de Albert Einstein: «Esperar um efeito diferente duma acção repetidamente falhada, é um sinal de loucura». Se os dirigentes dos Estados mais poderosos «esperam» um desenlace diferente («desta vez vai ser diferente» dizem eles...), nós não temos de acreditar neles. Aliás, seria loucura ainda maior, acreditarmos em loucos ou aldrabões, que nos vêm «com falinhas mansas»!

--------------
*NB: O valor de uma obrigação é tanto maior, quanto o juro é mais baixo, porque, nestas circunstâncias, se supõe que há muitos compradores para essa dívida. Sendo assim, o emissor da dívida pode oferecer um juro mais baixo e terá, no entanto, suficientes compradores da mesma. Inversamente, se os juros sobem, isso quer dizer que o emissor da dívida só consegue colocar a mesma caso ofereça um juro maior, só assim obterá investidores que lhe emprestem dinheiro, comprando as suas obrigações.

quarta-feira, 28 de agosto de 2019

DOIS GRÁFICOS RESUMEM A SITUAÇÃO FINANCEIRA PRESENTE

 Retirei ambos os gráficos do excelente artigo de Stewart Thomson
No primeiro, vê-se a evolução do índice Dow Jones. 
Está patente uma situação de rebentamento da bolha das acções, a qual já começou, aliás, mas ainda está no princípio duma descida vertiginosa...


                                 


A segunda imagem é um gráfico de um ano, do índice GDX, que permite visualizar a subida espectacular, nos últimos tempos, do ouro.

                                       


Fica clara, como água de nascente, a visão da crise financeira que estava anunciada pelo menos desde 2011, mas que os malabarismos dos bancos centrais e governos ocidentais preveniram que se desenrolasse. 

Não devemos estar-lhes gratos por isso, pois esta crise será cem vezes pior que a de 2008, visto que toda a situação global é pior do que na véspera desse primeiro colapso.

Não pensem que estou muito contente por ter razão: não estou, pois sei que as pessoas modestas, os mais fracos na sociedade é que irão (injustamente) pagar o preço da hiperinflação, da perda completa do poder de compra das pensões e dos salários, do aumento brusco do desemprego e de todas as consequências sociais, incluindo revoltas, que uma tal catástrofe irá trazer, na maior parte do chamado «Ocidente». 

Depois, os loucos e corruptos dirigentes dos nossos países  terão a tentação de desencadear uma guerra (provavelmente contra a Rússia, ou a China, ou ambas as nações). 

Vai ser preciso coragem e sangue frio, das pessoas com capacidade de liderança, mas sem aquela estúpida ganância pelo poder, para «aguentar a situação».

quinta-feira, 6 de julho de 2017

O PROBLEMA COM AS ALDEIAS POTEMKIN


Potemkin era primeiro-ministro da Tsarina Catarina da Rússia, que reinou na segunda metade do século XVIII.
 As aldeias Potemkin eram estruturas de madeira, pintadas com cores vistosas, reproduzindo as fachadas de casas, ao longo das estradas que atravessavam aldeias, pelas quais a Tsarina e sua comitiva passavam, de coche ou de trenó. Eram apenas cenários postiços, não deixando ver a miséria das choupanas por detrás, escondendo a realidade da vida nos campos.
A partir desse momento, começou a utilizar-se a expressão «aldeia Potemkin» para designar, num sentido mais ou menos metafórico, quaisquer esquemas mediáticos que pintem de cores risonhas as realidades da sociedade e sobretudo da economia, num determinado país.
Isto vem a propósito da constante degradação em termos económicos reais da situação de vários países ditos do «Ocidente» (nos quais se inclui também o Japão) acompanhada de uma barragem de propaganda pelos diversos media convencionais, a propalar o mito de que existe um «crescimento» económico, de que há significativa diminuição do desemprego, tanto nos EUA como na Europa, que os problemas com a dívida, não são inultrapassáveis, etc. etc.

A realidade, porém, é outra:
- O «Quantitive Easing»(QE), ou seja, a impressão monetária, que os diversos bancos centrais do «campo ocidental» têm realizado, tem estado a distorcer toda a estrutura do crédito: os países mais endividados e com problemas económicos estruturais, graças à compra sistemática da sua dívida pelos bancos centrais (nomeadamente, os países do sul da Europa, cujas emissões de dívida são compradas em larga escala pelo ECB) beneficiam de um juro baixo, irrealmente baixo.
- Os países mais fortes emitem obrigações com taxa de juro NEGATIVAS (cerca de 30% DO MERCADO EUROPEU), coisa nunca vista: emprestar dinheiro e pagar à entidade devedora…e não ao contrário!
- A compra discreta de acções, é efectuada pelos bancos centrais (os maiores compradores são o Japão e a Suíça). Esta importante e constante compra pelos bancos centrais de acções, que antes apenas eram transaccionadas entre privados, mantém e aumenta a enorme bolha especulativa nas principais bolsas mundiais. O maior accionista da «Facebook» … é o Banco Nacional Suíço!
- As companhias de seguros, os fundos de pensões, os bancos, são - muito justamente -obrigados pelas legislações e por regras internas a possuírem uma dada percentagem dos seus activos em produtos financeiros com baixo risco. Sendo assim e dada a supressão quase total de rendimento nestes activos, têm de arriscar mais e mais nas bolsas e nos mercados de derivados, para manterem a sua rentabilidade global, o que aumenta exponencialmente o seu risco de falência. Ela já se perfila em vários fundos de pensões, do outro lado do Atlântico.
- Os países ocidentais acordaram em 2014, em Brisbane (Austrália), numa série de procedimentos prevendo a «resolução» de bancos endividados, em que as entidades públicas apenas em última instância têm de entrar com o dinheiro dos contribuintes, sendo estabelecido uma hierarquia de credores. Nesta, os depositantes ficam nos últimos lugares, pois são considerados «credores não garantidos». A existir uma crise, ela será mundial e sistémica, vários bancos entrarão em falência, em simultâneo. Os ditos fundos de «garantia» do Estado para nada servirão: não chegam a cobrir 5% do montante total de contas bancárias.
- As estatísticas estão falseadas, como se pode ver muito claramente no caso dos números do desemprego: se subtrair a população com emprego à população total em idade de trabalhar, dos respectivos países, verá que cerca de metade dessa população (50%!) não trabalha. Isto não se deve a uma opção deliberada destas pessoas, na sua imensa maioria: muitas são pessoas que foram despedidas do seu trabalho, não conseguem novo emprego e acabam por desistir de o procurar. O desemprego jovem atinge níveis de rotura social, pondo mesmo em causa a continuidade das gerações (os casais jovens, não tendo estabilidade financeira mínima, não querem ter filhos, o que é lógico).
- Vários índices que poderiam ser úteis para os atores económicos (caso do VIX) não dão o alerta como deveriam, pois há um excesso de confiança nos mercados, nas bolsas. Pelo contrário, as cotações do ouro e da prata, que são valores-refúgio tradicionais e cuja cotação aumenta quando a situação financeira é menos boa, são suprimidos por agentes dos bancos centrais através da venda em vazio (naked-short-selling) de contratos futuros (biliões de dólares de contratos vertidos instantaneamente, nas horas mortas dos mercados), anulando assim a sua potencialidade de «canário na mina» destes metais.



- O nível de endividamento dos Estados (ver quadro acima), das corporações e das famílias é absolutamente ingerível. A única maneira que banqueiros e governos têm de «resolver» esta situação – além de declarar falência, claro! – é atirar os problemas, que se vão avolumando, para as futuras gerações, ao mesmo tempo que vão desvalorizando a sua própria divisa, emitindo tanta quanto for necessário para fazer «rolar» a dívida, para pagar os juros, etc.  Julgam que, com o tempo, a desvaloziração da moeda reduz a quase nada o valor do capital em dívida… Têm conseguido manter a ilusão de normalidade, mas é impossível fazê-lo sempre pois os juros e o próprio capital em dívida se têm vindo a acumular; basta um «cisne negro» para deitar tudo a perder.
- Entretanto, os que vivem dum salário ou pensão de reforma (a imensa maioria) serão castigados pela inflação: salários e pensões têm (nominalmente) ficado constantes nas últimas duas décadas, no melhor dos casos; porém, a inflação verdadeira, não os valores fictícios dos governos, ronda os 10% nos EUA e na Europa.
- Os contrastes entre ricos e pobres não param de crescer, em especial nos países mais afluentes, o que prova a total falência do modelo económico e social do liberalismo, para o qual não haveria nenhuma alternativa (dizem) dum qualquer tipo de socialismo ou social-democracia.
- Mesmo as propostas menos arrojadas são imediatamente sabotadas, difamadas, o que torna ainda mais prováveis as insurrecções: os governos sabem-no bem, pois têm equipado as polícias de choque, como se se tratasse de verdadeiros exércitos e paulatinamente decretam legislação liberticida,  eliminando todas as garantias de defesa dos cidadãos contra o arbítrio do poder.  

- Tudo o que a casta política - ajudada pela media prostituta - tem feito perante o agravar da crise terminal do capitalismo é erguer novas «aldeias Potemkin» ou, nas já existentes, reforçar os cenários de tela e repintá-los com cores mais vistosas, para que a plebe não-consciente,  alienada e conformada…    permaneça na escravidão.


O problema com as «aldeias Potemkin» é que, ao menor choque, se abrem buracos nas telas de cartão prensado, deixando ver a paisagem verdadeira. 
Aliás, de pouco serve remendar tais buracos: uma rabanada de vento mais forte acaba sempre por derrubar o cenário todo!



terça-feira, 16 de maio de 2017

OS DERIVADOS... OU WARREN BUFFETT SABE O QUE FAZ, COM CERTEZA.

Um «derivado» é um activo com preço dependente ou derivado de um ou mais bens subjacentes. O derivado propriamente é um contrato entre duas ou mais partes baseado nesse bem ou grupo de activos. O seu valor é determinado pelas flutuações do activo, que pode ser acções, obrigações, matérias primas, divisas, taxas de juro ou índices de mercados. Quem negoceia derivados está essencialmente a efectuar uma espécie de jogo de apostas legalizado. Muitos nomes sonantes dos meios financeiros têm dado avisos sobre a possibilidade potencialmente destrutiva deste tipo de instrumentos, no longo prazo.
Numa carta escrita aos detentores de participações do fundo Berkshire Hathaway, em 2003, Warren Buffett chegou a referir os derivados como «instrumentos financeiros de destruição maciça»…

O «génio» saído da garrafa irá com certeza multiplicar-se e expandir-se até que um acontecimento torne a sua toxicidade evidente. Não foi encontrado, quer pelos bancos centrais, quer pelos governos, meio de controlar ou mesmo de monitorizar os riscos que colocam estes contratos.  Penso que os derivados são instrumentos financeiros de destruição maciça, portadores de perigos que, embora latentes agora, são potencialmente letais.

Warren Buffett tinha razão – sabia do que estava a falar – e claro que hoje a bolha dos derivados é muito maior do que na altura em que lançou o aviso.
Com efeito, considera-se que exista um total superior a 500 triliões de dólares envolvidos em derivados, neste momento.
Os efeitos em cadeia de um não pagamento (um «default») num sector qualquer, mesmo algo muito pequeno em comparação com a economia global, serão potenciados por esta incrível alavancagem.
Por isso, faz todo o sentido que grandes investidores, como Buffett, se posicionem em função da inevitabilidade do grande «crash».
De acordo com o perito financeiro Jim Rickards, a companhia de Buffett, Berkshire Hathaway, acumulou uma pilha de 86 biliões de dólares em «cash» (dinheiro liquido) porque prevê uma acentuada diminuição do mercado de acções.
Este facto, a acumulação de cash por Buffett, é o contrário duma indicação de alta dos mercados: este comportamento só tem explicação como preparação para um crash dos mercados financeiros. Quando o crash tiver ocorrido, Buffett poderá deambular pelos destroços e comprar as companhias por um preço muito inferior ao seu valor real.

Warren Buffett não se tornou um dos homens mais ricos do mundo… sendo estúpido. Ele sabe como os valores das acções estão ridiculamente sobrevalorizados neste momento e está preparado para agir quando o pêndulo se deslocar para o outro extremo.
Os mercados financeiros continuam a flutuar num mundo irreal, completamente desconectado da economia real que - pesem embora as estatísticas falseadas e os cantos de sereia da media ao serviço dos grandes interesses - dá sinais inequívocos. Desde os EUA à China, passando pela Europa e mesmo nas economias emergentes, não se pode dizer que houve verdadeira recuperação da crise de 2008, em termos de economia real.
Mesmo um Warren Buffett está claramente preparado para enfrentar a crise vindoura.

É bastante trágico que o comum dos mortais, que vão sofrer na pele o pior dessa crise, não estejam conscientes dela e não se preparem, como se fossem um povo de cegos e surdos…