From Comment section in https://www.moonofalabama.org/2024/03/deterrence-by-savagery.html#more

The savagery is a losing card. By playing it the US and the West are undercutting every ideological, normative and institutional modality of legitimacy and influence. It is a sign that they couldn't even win militarily, as Hamas, Ansarallah and Hezbollah have won by surviving and waging strategies of denial and guerilla warfare. Israeli objectives have not been realized, and the US looks more isolated and extreme than ever. It won't be forgotten and there are now alternatives.
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sábado, 7 de outubro de 2023

LEMBRA-TE ...

 Lembra-te quando te informavas através de uma multiplicidade de fontes de informação. Os quotidianos em papel, eram - pelo menos - 6 de  ampla circulação, na região da capital e entorno. Estes incluíam matutinos: "Diário de Notícias", "Jornal de Notícias" e "O Diário", assim como vespertinos: "Diário Popular", "Diário de Lisboa", "A Capital". Uma pessoa de baixo salário podia facilmente comprar um jornal por dia, algumas compravam mais do que um. Havia vários canais de TV , não por rede de cabo, mas pelas ondas eletromagnéticas. Não se tinha de pagar para receber um canal TV (eram canais abertos). 



A Lei da imprensa, da rádio e do audiovisual, obrigava a respeitar o pluralismo de informação. Cada meio de comunicação era obrigado a dar espaço a várias correntes políticas e ideológicas, em tempo «normal», por rotina. Nas campanhas eleitorais, além do espaço reservado aos concorrentes, havia obrigatoriedade de relatar  - de forma equilibrada - os diversos acontecimentos das campanhas e seus diversos protagonistas. As rádios, mesmo as locais, tinham serviços noticiosos próprios. Havia programas culturais em todos os media: pessoas de renome nas letras, na música, na ciência, etc. tinham programas regulares num canal de TV, numa rádio, num jornal diário ou num semanário. 

As  pessoas, quer fossem ilustres, quer anónimas, tinham direito a exprimir a sua opinião. Os casos de difamação, de ataque pessoal, de insultos, não eram frequentes: A dissuasão funcionava, pela possibilidade de ser levantado processo em tribunal, por difamação,  ou insultos em público. 

A vida em sociedade era muito mais intensa e desinibida, havia múltiplos sítios de convívio. Os bares, cafés e outros locais públicos tinham tertúlias informais, onde as pessoas costumavam reunir-se e falar do que lhes apetecesse. 

A era da Internet e do «smartphone» roubou às pessoas a noção da liberdade de expressão. As pessoas começaram a viver fechadas em círculos (presenciais ou virtuais) cada vez mais estreitos. A tolerância (em termos sociais) para com as ideias e defeitos dos outros, é agora muito menor. 

O leque de opiniões políticas e ideológicas, que são audíveis nos media de grande circulação, é cada vez mais estreito e as opiniões de uns (autointitulados) «especialistas», substitui-se à real opinião pública. 

A «vox populi» («voz do povo»), considerada -no passado - como uma força a ter em conta , mesmo no tempo os imperadores de Roma, desapareceu. Agora temos mil e uma maneiras de fabricação artificial da «opinião», mas isso não se pode considerar verdadeira opinião pública. Esta, pressupõe que as pessoas sejam informadas com verdade e recebam informação sobre qualquer assunto, através de várias fontes. Hoje, há uma situação de monopólio no acesso à media de massa. A concorrência comercial não significa variedade de opiniões, nem pluralidade de fontes informativas. A democracia (seja qual for a definição desta) não pode viver sem liberdade de  informação. 

sábado, 25 de agosto de 2018

sábado, 5 de maio de 2018

A MEDIA E A CONSTRUÇÃO DO PODER GLOBALISTA


O «1984» DE ORWELL É AGORA

Resultado de imagem para orwell ignorance is strength

Quando o «Guardian» se põe a fazer de porta-voz do governo britânico, demonizando a Rússia, Putin como «o mal absoluto», abandonando completamente a postura de crítico do poder, de revelador de jogadas ocultas, desmontando a propaganda governamental, ele está a fazer um papel desprezível e ambíguo, bem conhecido das pessoas que viveram (ou vivem) sob regimes fascistas, totalitários. 
Eu lembro-me bem de como, antes do 25 de Abril de 74, a maioria dos órgãos de comunicação social portugueses, com especial destaque para a TV, eram (ou se tinham transformado) em meras plataformas de propaganda governamental. Poucos jornais resistiam; mesmo estes, recorriam a uma constante auto-censura, para não serem completamente abafados. 
Noutros países, nomeadamente os de totalitarismo vermelho (como a ex-URSS e a RP da China), a utilização dos meios de comunicação como mero instrumento de propaganda eram/são um dado adquirido, por todos.  
Mas, no chamado «mundo livre», considerava-se que a imprensa e a comunicação social em geral, deviam ser ferozmente independentes dos governos e das grandes corporações económicas, pois só assim se podia esperar que tivessem coragem e independência suficientes para defender o público contra as investidas desses mesmos poderes. 
Claro que isto nunca foi assim, rigorosamente; porém, para fazer com que este mito tivesse alguma verosimilhança, tinham de dar mostras de independência face aos poderes, nalgumas ocasiões. 

Mas isto é o passado. O presente é o do mundo totalitário imaginado por Orwell no seu grande romance de antecipação sócio-política, «1984».

Assusta verificar que o totalitarismo «soft» se instalou, pela preguiça e cobardia das pessoas, dos cidadãos comuns muito satisfeitos afinal com o sistema, não precisando mais em termos de «democracia», que de poder ouvir frases ribombantes ou sentimentais dos seus dirigentes políticos preferidos, acorrendo a votar neles de quatro em quatro anos... 
Quanto ao resto, são como as crianças que dizem (estas, têm mil desculpas...) «É verdade! Vi na TêVê!*» (*ou, mais recentemente ...«vi na Internet»!)
O mundo imaginado por Orwell está aqui e atinge um grau de sofisticação na sua perversidade, que este grande autor de ficção política não pode imaginar!