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quarta-feira, 2 de março de 2022

INTERESSES ECONÓMICO-FINANCEIROS NAS REVOLUÇÕES E NAS GUERRAS




                                         Jogadas iniciais no xadrez da  2ª Guerra Fria 

O ambiente de histeria impede muitas pessoas de apreender «the big picture». O vento da propaganda traz o «nevoeiro da guerra», o qual é bastante espesso, agora. Mas, se a memória não me falha, não existiu nenhuma grande guerra, ou revolução, que não tenha tido, por detrás, interesses financeiros muito concretos.

Sobrevoando a Idade Moderna, podemos dizer que  as Guerras de Religião, iniciadas no século XVI com a ruptura teológica entre Lutero e o Papado, foram financiadas por banqueiros, quer do lado católico, quer do lado protestante. Depois, banqueiros judeus ou não, protestantes ou católicos, por igual, foram financiadores de muitas outras guerras: Por exemplo, da guerra de independência dos Estados Unidos. Financeiramente, a França depois de ter ajudado os rebeldes americanos, ficou em situação financeira mais precária. Terá sido um factor relevante para os acontecimentos de 1789? Uma boa pergunta, creio, para os historiadores económicos. Mas, alguns anos depois, a era napoleónica foi bastante ilustrativa da ligação entre grande banca e poder político. O golpe do 18 Brumário 1799, que instalou o Consulado, cujo primeiro-Cônsul era o general Bonaparte, foi levado a cabo com a colaboração de financeiros. Eles garantiram que Bonaparte e seus partidários tivessem pleno sucesso. Não admira que, também nessa época, tenham sido necessárias somas avultadas, para corromper diversos políticos e militares. Mas, pouco tempo depois, com a Europa toda em guerra, os diversos Estados tiveram de pedir emprestado aos banqueiros. A família de banqueiros Rothschild, com sucursais em vários países europeus, teve um sucesso enorme. Eles acabavam sempre por ganhar, quer tivessem apoiado financeiramente o lado ganhador ou o perdedor. Um século depois,  poderosos interesses financeiros (Industrialists Round Table, nomeadamente) jogaram a favor do eclodir da 1ª Guerra Mundial e da entrada dos EUA na mesma. O financiamento e o apoio concreto aos bolcheviks, antes e depois de 1917, por vários capitalistas, está hoje bem estabelecido: Trotsky conseguiu obter fundos e armas, junto de banqueiros e magnates nos EUA e no Canadá. Sem isso, o governo bolchevique talvez não tivesse sobrevivido, durante a longa e cruel gerra cvil.

No Ocidente, o fortalecimento do capital monopolista e da grande finança, colocaram as economias sob controlo dum punhado de ultra-ricos, com capacidade para apoiar a subversão do poder instituído. Tal financiamento e apoio foi sempre favorável aos golpes anti-democráticos, totalitários, sempre ao lado de Mussolini, Salazar ou Hitler. Eles desempenharam um papel-chave no derrube violento de governos legítimos, como o da República Espanhola em 1936

Mas, o pós IIª Guerra Mundial e, sobretudo, o pós Guerra Fria nºI, foram momentos da viragem definitiva, da transformação das «democracias liberais» em oligarquias, controladas discretamente por grandes banqueiros e governadas pelos seus homens-de-mão. 

Algumas situações imprevistas e desagradáveis - para a oligarquia - acontecem por vezes, visto que o sistema dito democrático implica a existência de sufrágio universal. Os países onde os resultados das eleições não sejam do agrado da elite, recebem duas formas de tratamento: Ou o golpe de Estado, ou a corrução da classe política

- Assim, no primeiro caso foi o que aconteceu, após a ascenção ao poder de Mossadegh no Irão, num golpe orquestrado pela CIA, e instalção do Xá. O triunfo da Frente Popular no Chile, foi seguido poucos anos depois pelo sangrento golpe de Pinochet. A subversão violenta da democracia ocorreu, também, no golpe do «Euromaidan» em 2013 na Ucrânia, golpe fomentado pelos EUA e pela UE.  

-Alternativamente, os resultados eleitorais são nulificados pela corrupção e pela traição, anteriores às eleições, mas só visíveis passado algum tempo, dos chefes e dos partidos. A corrupção acaba por ser mais poderosa do que as balas, pois há circunstâncias em que «a bala sai pela culatra», ou seja, os resultados esperados pelo fomentar da subversão violenta, falham (veja-se o caso recente do Casaquistão). No caso da subversão por instrumentos financeiros, é quase garantido o seu sucesso e - cinicamente falando - acaba até por ser menos dispendioso. 

Com efeito, a ruptura da vida política dum país, implica fazer correr sangue - embora os financeiros se importem pouco ou nada - mas também, a ruptura do tecido económico. Mas, a gravidade e extensão dessa ruptura é imprevisível. Por isso, o derrube violento do governo às vezes implica que as destruições são tais - pensem no Iraque, na Líbia, no Iémen e noutros Estados - que os golpes deixam de ser «rentáveis»: A economia desse pais deixa de estar em condições de fornecer os rendimentos esperados pelos financiadores do golpe para pagar os custos da operação.  

Um efeito da guerra mista que estamos a presenciar, com suas frentes militar e económica, assim como a da  informação ou propaganda, tem como resultado evidente, desde logo, que todos os intervenientes perdem. 

Basta pensarmos um pouco e observarmos a realidade: Portanto, podemos esperar perdas no domínio económico e financeiro, nos países mais envolvidos do lado Ocidental, nos países da NATO. Claro que a Rússia também irá sofrer perdas severas, mas as sanções possiveis foram, com certeza, avaliadas e foram tomadas as devidas precauções, com muita antecedência.  

De momento, é a China que está a «ganhar nos vários tabuleiros»: 

- Diplomático: Irá ajudar nas negociações entre as partes em conflito. Isto é uma vitória diplomática importante para a China, pelo facto de ser chamada para ajudar a resolver um conflito na Europa

- Economia e geoestratégia: A China fica com a Rússia (muito mais) dependente dela. Note-se que, antes, a Rússia podia equilibrar a influência ao nível comercial e económico, do grande parceiro do Oriente, com os parceiros do Ocidente. Agora, há um fosso profundo entre a Rússia e o Ocidente, que dificultará a retoma de relações económicas, mesmo depois desta crise passar. 

- Finalmente, os EUA, os inimigos principais da China que, aliás não o escondem,  saem diminuídos e desprestigiados. Depois de terem empurrado a Ucrânia, país seu aliado, para uma guerra, faltaram às suas promessas. Portanto, muitos países olham agora com maior prudência as alianças com o Tio Sam.  Mesmo os governos dos países europeus, por mais vassalizados que estejam, irão questionar-se: Vão entregar sua defesa coletiva à NATO, recheada de políticos e generais atlantistas, vassalos dos americanos, agressivos e incompetentes? Não seria melhor uma verdadeira estrutura de defesa europeia? Esta hipótese tem sido periodicamente levantada por europeus, desde os anos 1990, pelo menos, mas tem ficado «no papel», pois temem desagradar ao «Big Brother» Yankee.

NB: Alguns links para artigos recentes, abaixo, mostram como a oligarquia, as grandes corporações e bancos influem, discretamente, nos acontecimentos políticos, diplomáticos e militares. 

https://www.unz.com/article/jewish-subtexts-in-ukraine/

https://www.zerohedge.com/energy/big-oil-turning-its-back-russia

https://www.armstrongeconomics.com/international-news/politics/war-and-inflation-to-impact-us-midterm-elections/

https://www.zerohedge.com/news/2022-03-06/ukraine-and-ngo-archipelago


PS1: Neste momento (03/03/2022), quem deseja a paz e quem deseja a CONTINUAÇÃO da guerra?
Os primeiros são o povo ucraniano, incluindo as forças armadas; os segundos são os imperialistas americanos, os seus vassalos mais abjetos na Europa (como U. Van der Leyen) e sobretudo o capital financeiro, que cada dia que passa, tira mais vantagens e lucros, em resultado da especulação sobre os mercados, sobretudo, os mercados de capitais. Os russos estão numa situação paradoxal, cumprindo os objetivos do ponto de vista militar, mas isolados, com sanções económicas e fraco apoio diplomático. Mesmo a China não está a apoiá-los «de corpo e alma», mostra reticências muito evidentes quanto à fatídica decisão de invadir a Ucrânia. Acredito que os russos preferem um cessar-fogo, agora, que estão em boa posição no plano militar. Poderiam fazer mais pressão a favor da solução que eles pretendem alcançar com a guerra. Sei que o que escrevi acima, é muito evidente; apenas quero enfatizar que há demasiada propaganda nos media, fazem guerra psicológica, mas não ao povo russo, antes ao seu próprio povo!


domingo, 29 de novembro de 2020

PERIGO: FASCISMO TECNOCRÁTICO


 Perante a passividade ou sideração, resultante do choque - estratégia de «choque e pavor» tão bem descrita por Naomi Klein - os dirigentes globalistas avançam com propostas, que nunca se atreveriam a avançar, se não tivessem perfeita noção de que gozam de completa impunidade. 

Isto diz respeito a instituições, mas estas não vivem no vazio, têm pessoas que as dirigem, as orientam, as financiam: Bill Gates, George Soros, Klaus Schwab, Rothschild, Natanyahou e os Sionistas, o clã Bush, o clã Clinton, os Windsor etc.

Além dos nomes acima, existe gente que gravita em torno destes bilionários, nas múltiplas ONGs e Fundações, que funcionam como «braço armado» do globalismo. 

O chamado Grande Reset gira em torno destes indivíduos e das instituições que eles controlam. Note-se que tais instituições - como Bill & Melinda Gates Foundation, Rockefeller Foundation, Open Society Foundation, World Economic Forum, e outras - têm estatuto de «não-governamentais, caritativas e sem fins lucrativos».

Porém, são principalmente instrumentos de propagação dum programa de controlo mundial, perfeitamente delineado. 

O controlo dos media e - em particular - da nova galáxia das redes sociais, é permanente e total. Todos os dados têm de estar conformes com o que se considera «a verdade». Trata-se afinal, dum exercício inquisitório, que só tem paralelo nos regimes autoritários. A falácia de que se trata de entidades privadas, que têm direito de vigiar os conteúdos, é absurda e desmascara-se facilmente, se se tiver em atenção que discursos e informações falsas dos poderes nunca sofrem censura.

O controlo da média é essencial ao poderoso dispositivo do Grande Reset. Pois trata-se de persuadir as pessoas que as soluções avançadas pelos globalistas vão trazer alívio, saúde, bem-estar, crescimento sustentável, etc.

Mas, tudo indica tratar-se duma tentativa de «lavagem ao cérebro» de todos nós: basta ter em conta os múltiplos avisos que nos chegam, de variadas vozes, sobre quem são eles e o que pretendem fazer, realmente.

- Leiam, a este propósito, os seguintes artigos:

Paul Craig Roberts: «Covid  Is Not The Thread»

Peter Koenig: «The Post Covid World» 

Vejam o vídeo de «London Real»

E também o vídeo de L'Arnaque du Grand Reset
                                    
Poderia ser muito mais longa e conter nomes famosos, a lista de artigos e vídeos, mas não pretendi ser exaustivo; convido os leitores a fazerem suas próprias pesquisas.

Tudo o que já se sabe é muito assustador, ainda por cima quando são pessoas sérias e competentes que nos alertam para tais perigos, que não são exageros. 

Em todo o espectro político e ideológico, podem encontrar-se pessoas extremamente preocupadas, que argumentam com factos, com elementos disponíveis a qualquer um, que os queira procurar. 

Na minha opinião, o fácil acesso a muitos destes dados é um pequeno truque que faz com que as pessoas assumam como «não perigoso» aquilo que é do domínio público. 

«Não deve ser perigoso - pensam elas- pois não desencadeia uma reacção negativa dos poderes públicos». O problema, é que os poderes públicos, desde governos até às principais instituições globalistas - o FMI, a OMS e a própria ONU, com as suas agendas - são coniventes com a «revolução», levada a cabo pelos muito ricos e poderosos. 

Não devemos nos deixar iludir, nem neutralizar. 

Apelo à inteligência das pessoas que lêem isto: Procurem obter informações diversificadas, outros pontos de vista, diferentes dos que vos chegam pelo «mainstream». 

Isto é muito importante, porque o nosso futuro, o futuro dos nossos filhos e netos, está em causa. 

O fascismo - segundo Mussolini - é a fusão do governo com as corporações. O tecno-fascismo é esse mesmo programa aplicado aos dias de hoje, ou seja, deixa de haver fronteira entre governo e grandes corporações: 

- No domínio tecnológico/digital, as grandes indústrias procedem à «mineração digital» de dados (data mining), quer para benefício próprio, quer para venderem a outras empresas, quer para fornecer ao governo. 

- Os grandes da finança, da indústria de armamento, do agro-negócio, das farmacêuticas, etc. têm poderosos lobbys, especializados em corromper pessoas situadas em cargos de decisão, sejam elas membros do governo, deputados, juízes ou altos funcionários. 

- Isto anula quaisquer hipóteses de real democracia, mas eles estão interessados em manter a fachada. Os partidos são subsidiados e corrompidos por eles. Continua a haver eleições, embora fraudulentas, aos vários níveis ...

- Sobretudo, têm mil e um processos de condicionar a cidadania, através da combinação do medo, com algumas migalhas, para mantê-la na dependência completa, na «servidão voluntária».


domingo, 13 de janeiro de 2019

REFLEXÃO: «GLOBALIZAÇÃO DEMOCRÁTICA» OU VERDADEIRA DEMOCRACIA?

A globalização foi sempre - e continuará a ser - um processo desejado, posto em marcha e sustentado pelos grandes capitalistas mundiais. Os Rothschilds, os Rockfellers, os Gates, os Soros etc, etc, são os impulsionadores do globalismo. Não existe verdadeira «globalização alternativa»... Porquê? 
Porque a democracia, com todos os seus defeitos, só pode existir ao nível local ou, no máximo, ao nível nacional. Não existem  mecanismos de debate e TOMADA DE DECISÃO democráticos, ao nível internacional. 
Podem existir na cabeça de sonhadores, mas não vi nunca tal acontecer, verdadeiramente, no passado ou presente...As assembleias como a da ONU, ou no Parlamento Europeu, etc. não são verdadeiros locais de democracia, mas arenas onde se jogam as alianças entre potências (ONU), ou forças políticas europeias (Parlamento europeu), umas contra as outras. 
O povo está ausente dessa «democracia». Apenas irrompe na cena política dos países, quando se instala uma ruptura entre governo e governados, quando há algo como a actual insurreição dos «coletes amarelos» em França, ou noutras situações em que o poder é deslegitimado e onde existe uma construção de reivindicações, de propostas, que entram em colisão com a classe política instalada. 

As propostas de uma «outra» globalização são confusionistas no melhor dos casos ou, muito possível também, que façam parte das manobras de ONGs subsidiadas por George Soros* e outras, para desviar o potencial de subversão das pessoas descontentes: assim, canalizam energias para manifestações simbólicas, o folclore de «alter-mundialismo». 
Em Portugal essas manifestações têm servido apenas para auto-promoção dos que, depois, aparecem com roupagens partidárias, noutras ocasiões. 
Outras pessoas, ecologistas de coração, mas com pouca visão global, contentam-se com «projectos» de troca directa («barter», em inglês) ou de «comércio justo» (mas que mantêm a exploração, pois - senão - não seriam sustentáveis...), etc, etc. 
Enfim, o que caracteriza muito dessa «movida» é uma visão ultra-reformista, que se quer fazer passar por «revolucionária». Conseguem enganar (auto-enganar?) com isso um certo número de pessoas, desesperadas por «sentir que estão a fazer algo». 
No fundo, muitos projectos são desencadeados numa perspectiva de subida ao poder dum novo conjunto de pessoas. O objectivo, confesso ou não, é sempre o mesmo: o de tornar certas pessoas mais conhecidas, mais apreciadas e seguidas, por forma a alcançar lugares, ou como membros dum governo, ou do parlamento, ou da direcção dum partido, ou duma ONG. 
No fundo, são plataformas de poder, as que se instalam nessas ocasiões. Para mim, isso seria legítimo se as pessoas que aí participam dissessem - a quem os quer ouvir - que o que desejam é isso mesmo: obter um naco do poder, no pressuposto de que elas serão as defensoras dos oprimidos... Eu bem sei que, se tivessem coragem de dizer isto, seriam honestas, mas não teriam uma grande adesão das «massas». 
Como estas coisas fazem parte do «não dito», são necessariamente parte do equívoco frequente nas dinâmicas do tipo «ONG». 

Nada disto ajuda a causa dos oprimidos. 
Os que realmente precisam de tomar as coisas em suas próprias mãos, só o poderão fazer construindo novas vivências e novos instrumentos de democracia directa no calor da batalha de classe (afinal, o que é a revolta dos «coletes amarelos»,  que não se limita à França, mas tem inspirado outros europeus... belgas, britânicos e italianos e outros?).
O primeiro dever dos intelectuais (sem aspas) é o de saber bem de que estão a falar e explicarem com clareza e simplicidade o que sabem, sem demagogia, sem querer, com isso, arrastar outros para as suas posições. 
Ora, por muito que isso desagrade a certa gente, o que tenho visto em grande parte deste tipo de reuniões é estas serem meras tribunas para certas pessoas fazerem valer seus pontos de vista. A abertura ao debate é nula, ou é apenas uma cosmética... A cultura do diálogo é muito difícil de vingar neste país, mesmo por aqueles/as que têm genuíno desejo de a promover.
Então o que tem de mudar?
As pessoas que queiram realmente «comandar obedecendo» como dizem os zapatistas, têm de perder essa vinculação a um formato escolástico de debate, de discurso, que elas próprias receberam no ensino e depois na vida activa. Elas não têm consciência disso, porém não são más, nem idiotas, mas auto-derrotadas.
Um diálogo é sempre entre iguais, não há professor e aluno, mestre e discípulo, numa situação de diálogo verdadeira. A igualdade de acesso à palavra é preocupação real de todos os intervenientes, a atenção ao que cada pessoa tem para dizer deve ser uma constante, não ser apenas um pro-forma. 
Verifiquei que - em certas ocasiões - numa assembleia, alguém começa a falar (mesmo que seja cochichando) com o vizinho do lado; noutras ocasiões, a pessoa que recebe as inscrições na mesa, ignora (não vê?) certos braços levantados, pedindo a palavra. Ainda noutros casos, certas pessoas estão constantemente a intervir, não permitindo que as outras pessoas falem. 
É conhecido que as formas de democracia - sejam elas quais forem - passam sempre por os membros de uma mesma assembleia se respeitarem, darem atenção ao que dizem uns e outros, procurarem consensos, mas não os forçarem, aceitando que mais vale uma divergência saudavelmente afirmada do que um falso consenso, que afinal mais se parece com uma coação.
A democracia é - como sempre foi - algo que deve partir das pessoas, da base: elas próprias devem construir as suas assembleias, com poder para deliberar sobre questões que estejam ao seu alcance. 
Por exemplo: a retirada  coordenada do dinheiro das contas pelos seus titulares, numa campanha de boicote contra a banca terá um efeito muito grande se for efectuada ao nível nacional. Seria como uma «greve geral» de aviso à banca e ao «mundo financeiro». 
Sobretudo, importa que sejam coisas que as pessoas comuns, «com criancinhas pequeninas nos braços», possam fazer tranquilamente, sem correr riscos físicos, elas próprias, ou o seu agregado familiar. 
Existem gestos muito mais significativos do que votar em partidos «alternativos», ou mesmo votar em branco. 
Existe a possibilidade de desmascarar a pseudo-informação como propaganda do poder, de demonstrar as falsidades, de expor as campanhas de intoxicação, de «fake news» ou «falsas notícias», produzidas pelos media corporativos todos os dias, enquanto tentam desacreditar todo e qualquer sítio de informação da Internet ou de redes sociais, feito por cidadãos, sobretudo se estes têm uma postura contra os poderes.
Existe a possibilidade de divulgar os direitos das pessoas, dando-lhes a capacidade - se e quando ocorrerem situações em que estes direitos são espezinhados - de saberem defender-se de forma eficaz.
Enumerar todas as acções que as pessoas podem levar a cabo no sentido de se apoderarem e deslegitimarem os poderes, seria fastidioso e sem sentido. Isto, porque são as circunstâncias concretas que podem mostrar se tal ou tal acção é praticável, se é oportuna, etc.
O ACTIVISMO COSTUMA ESTAR ERRADO, NÃO NOS FINS OU OBJECTIVOS FINAIS QUE DEFENDE (AS CAUSAS), MAS SIM NOS MÉTODOS, NAS ESTRATÉGIAS, NAS TÁCTICAS, NOS MEIOS CONCRETOS DE AGIR. É a esse nível que as pessoas envolvidas no activismo se auto-derrotam. 
É nisso justamente - estratégias de comunicação, autonomia, sustentabilidade de campanhas, capacidade de suscitar simpatia na população em geral, espírito de unidade sem sectarismo, etc - que as pessoas envolvidas devem pensar, pois são questões difíceis e muitas falhas só transparecem demasiado tarde, quando a campanha ou acção já está lançada.
  
(* George Soros tem uma fundação, cujos tentáculos são muito longos, com uma série de ONGs que lhe estão subordinadas. Muitas pessoas, na sua melhor boa fé, podem estar envolvidas em tais ONGs sem saberem que estas recebem financiamento e trabalham para Soros!!!)